sexta-feira, 2 de maio de 2014

DE TUDO UM POUCO

JURACY FREITAS

AS AGRURAS E ANGÚSTIAS DO COTIDIANO


Estamos findando o primeiro quadrimestre do ano 2014 e nesse período muitas foram as vicissitudes, agruras e angústias pessoais e, por extensão social e comunitária, extensivas à coletividade amapaense. No último mês desse quadrimestre, o mês de Abril, os cristãos prostaram-se em reflexão sobre a crucificação de Jesus, traído pelos judeus e assassinado pelos romanos. Deve-se levar em conta que Jesus escolheu 12 homens de várias tribos e os denominou "Apóstolos". Jesus conhecia a índole de cada um, mas mesmo assim, foi traído por Judas; negado três vezes por Pedro; incredulizado por Tomé, que só acreditaria na ressurreição de Jesus se O visse pessoalmente após a morte. Todo grupamento humano é assim, nunca há heterogeneidade de comportamento, de fidelidade e de compromisso, entre outros.
No cotidiano infernal pela sobrevivência física, moral, espiritual, patrimonial e financeira, buscamos vários caminhos, na busca de melhorar um pouco o astral pessoal. Para isso, busco refletir no seguinte pensamento : " Sem esforço de nossa parte, jamais atingiremos o alto da montanha. Não desanime no meio da estrada; siga em frente, porque os horizontes se tornarão amplos e maravilhosos à medida que for subindo. Mas não se iluda, pois só atingirá o cimo da montanha se estiver decidido a enfrentar o esforço da caminhada " ( do livro Minutos de Sabedoria, de C. Torres Pastorino ). 
Se tivermos essa mensagem à nossa frente sempre que iniciarmos uma caminhada, mesmo que seja o mesmo percurso todo dia, devemos ter sempre em mente que os obstáculos lá estarão e nos mesmos lugares. Por exemplo: todo dia enfrento, de automóvel,  um percurso de 14 km, indo de Macapá à Vila do Coração ou vindo de lá para cá. O fato é que tenho que escolher os horários mais flexíveis para efetuá-lo, E aí, faço minha opção : pela manhã, saio as 7,5 h e chego na rodovia Duca Serra as 8 h. O tráfego, nesse horário é menos intenso, mas mesmo assim, traz consigo algumas conseqüências e dentre elas, tangente aos condutores ( haja vista que o veículo não tem culpa ) a má preparação psicológica, falta de educação ( cortesia, humanismo, falta de solidariedade...), a imprudência, a imperícia, a pressa, o egoísmo daquele que dirige veículo de porte médio e grande ( pick ups, caminhões, caçambas, baús, ônibus ... ). Na pressa por causa do congestionamento, fazem ultrapassagens perigosas e indevidas, usam o acostamento como pista complementar, não obedecem a sinalização, imprimem velocidade  incompatível com a pista. É uma farra total. E pior, não há em todo o trajeto, fiscalização do trânsito. A volta, à tarde, é o mesmo deus nos acuda e o melhor horário é antes das 18 h, porque daí pra frente e até as 20 h, haja paciência, principalmente àqueles que mantêm-se no cumprimento e respeito as leis do trânsito.
Fico imaginando o transtorno dos que moram, por exemplo, na Zona Norte, saindo do centro da cidade após o expediente de trabalho. Certamente que devem ter histórias semelhantes a minha, vez que dirigem o próprio veículo. Agora imagine os que dependem do transporte público, no caso, os ônibus, quando passam no "ponto" já estão lotados, e os passageiros exprimidos como sardinha em lata. Os que não conseguem entrar, ficarão esperando por mais algumas horas.
É angustiante deparar-se todo dia com situações deprimentes que têm como causa a omissão dos serviços públicos que teimam em não conhecê-los. São ruas que se transformaram em riachos; são ruas que estão apelidadas de " tábua de pirulito " porque os buracos mais antigos estão alugando espaço para os mais novos; é a constante falta de energia elétrica; é a insistente falta de água nas torneiras das casas e prédios da cidade; é a insegurança pública em razão dos assaltos à luz do dia e dos furtos e roubos noturnos nas residências, etc., etc... Chega-se a dizer que em Macapá tem tudo, não " farta " nada. Só falta gestão, ética, honradez, disciplina e honestidade, no serviço público estadual e municipal de Macapá.
Trago como reforço desta angústia cotidiana, um trecho do artigo " Arte de enganar pobres ", de Ferreira Gullar, publicado na Folha de São Paulo, de 27 deste mês, referindo-se ao populismo do petista Lula, então Presidente do Brasil : " A preocupação, portanto, não era, e não é, governar visando o bem-estar na Nação como um todo, mas, sim, usar a máquina do Estado para crescer politicamente. O neo-populismo é isso: distribuir benesses às camadas mais pobres da população para ganhar-lhe os votos e manter-se definitivamente no poder ". Se neste trecho há semelhanças com as administrações do Estado do Amapá, em todos os níveis, então é mera coincidência.
Este artigo está protegido pelo inciso IX do artigo 5° da Constituição Federal do Brasil.
Para reflexão semanal : Trabalhador amapaense. Se não tens motivação para comemorar o 1° de maio, ao menos agradece a Deus por estar com vida.

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