sexta-feira, 25 de julho de 2014

cerrado amapaense



Cerrado amapaense
Última das fronteiras agrícolas do Brasil



Jamille Nascimento
Da Redação

A terra vermelha do cerrado está mais produtiva do que nunca. Até décadas passadas era irrelevante para os negócios hoje está se transformando em mais uma  fronteiras agrícolas do país, depois do sul onde não há mais condições de expandir; do Centro-oeste já consolidada e no nordeste na região chamada de Mapitoba – área que compreende Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia – que vem tendo um aumento significativa na suas safras. 

Agora esta realidade do agronegócio chegou ao Amapá (e já está chegando tarde), que está se tornando mais uma nova fronteira agrícola brasileira. Esse ciclo vem se expandindo em várias regiões. Suas mudanças aconteceram ao longo da história em virtude da situação política e econômica de cada período.

O primeiro estágio da fronteira agrícola do Brasil localizava-se no litoral do país, com a extração do Pau-Brasil, em seguida, utilizaram essa área para o plantio da cana-de-açúcar. Posteriormente, atividades mineradoras e a realização de outras práticas agrícolas expandiram ainda mais essa fronteira.

Novas fronteiras
Com o passar dos anos, a fronteira agrícola foi avançando para o interior do nosso território. Na metade do século XX, ela alcançou a floresta do Cerrado, que se localiza, em sua maior parte, na região do Centro-Oeste Brasileiro.

Atualmente, a fronteira agrícola encontra-se na Floresta Amazônica, mais especificamente nos estados do Pará, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão e agora o Amapá fará parte deste grupo. 

Realidade amapaense

O Cerrado amapaense é uma das últimas fronteiras de expansão agrícola do Brasil. As áreas de Cerrado do Estado do Amapá correspondem a 6,9% do território amapaense. De acordo com o levantamento da Embrapa Amapá, a área da BR-156, que liga Macapá ao município de Oiapoque, é “abraçada” pelo bioma Cerrado e esta área está fora da abrangência dos 72%da área protegida do estado do Amapá (Unidades de Conservação ou Área indígena).  Atualmente são cultivados cerca de 20 mil hectares de arroz, feijão-caupi, milho e soja no Cerrado amapaense.

A participação do cerrado amapaense na expansão da nova fronteira agrícola se deu através de um prolongado estudo realizado pelo um grupo de trabalho que teve na Embrapa o eixo central desse trabalho.

O ZEE do Cerrado amapaense é coordenado por diversas secretarias estaduais e com a parceria técnica da Embrapa Amapá e da Embrapa Amazônia Oriental (Pará),  que resultaram no mapeamento da aptidão agrícola dos solos do Cerrado amapaense.
De acordo com o titular da Setec, os levantamentos foram divididos em várias unidades, sendo que o Iepa e a Embrapa ficaram responsáveis pelo levantamento de solo e relatórios completos da aptidão agrícola dos cerrados.

O ZEE do Cerrado do Amapá é um estudo que vai definir a vocação econômica de toda a área do cerrado amapaense. Assim, servirá de instrumento para licenciamentos e investimentos do Governo do Estado, dos produtores, dos órgãos de pesquisas e outros segmentos da cadeia produtiva. Para virar lei, é necessário o Executivo Estadual enviá-lo à Assembleia Legislativa para aprovação.

Os dados finais foram entregues pela Embrapa ao Governo do Estado na última segunda-feira, (21) a partir das 16 horas, durante audiência entre o governador do Amapá e os Chefes da Embrapa Amapá (Jorge Yared)  e da Embrapa do Pará (Adriano Venturieri), no Palácio do Setentrião.













Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...