Nem tão gratuito
assim
O HEG - Horário Eleitoral Gratuito é o ponto de partida para
enganação do populacho. Daí pra frente é necessário uma atenção redobrada para
que o resto do processo não seja um festival “de conto do pato.”
É que quando o Tribunal Superior Eleitoral denomina o espaço
concedido aos candidatos para conversarem com os eleitores no Horário Eleitoral
Gratuito, ele empana a verdade, pois as empresas de televisão de canais abertos
e as emissoras de rádio recebem isenção de tributos pelo período em que abriram
espaço em suas respectivas grades de programação para que os nobres candidatos deitem falação em direção aos
ouvidos dos cidadãos brasileiros. Ora, primeiro era necessário estabelecer
parâmetros para utilização do espaço, parâmetros sérios, e, vocacionados a
atender de forma objetiva o que se destina o HEG.
O problema que a descredibilidade dos políticos perante a
opinião pública é tamanha que o povo acaba dando vazão e encarando com
naturalidade a participação de pessoas despossuídas de predicados de
conhecimento sobre a engrenagem que faz movimentar a República e, coisas do
tipo: você sabe o que um deputado federal faz? Não! Nem eu, vote em mim que
quando eu souber te conto. Com essa piada, o Palhaço Tiririca recebeu uma
votação expressiva no Estado de São Paulo, mais de 1,3 milhão de votos o que
permitiu que políticos corruptos como Waldemar da Costa Neto, José Genuino e
outros, fossem arrastado pelo colarinho para o Congresso Nacional em função das
regras da proporcionalidade.
No Amapá o candidato do PT, Rocha do Sucatão com o bordão
1380 1380 arrocha e não afrouxa, entrou na Câmara de Vereadores e o que se
percebeu foi um mandato risível. E agora ataca de super herói. Lamentável que a
eleição, ato que legítima a democracia representativa não seja encarada com a
seriedade e a responsabilidade que deveria, mas o que esperar de um País que
não prioriza a educação?
Reconheço que a palhaçada não é o único mal da política
nacional, a corrupção é um dos principais fatores para que tenhamos um País
malhado pela desigualdade social e com uma grande, digo, maior parcela da
sociedade brasileira vivendo em situação de pobreza e extrema pobreza.
Verdadeiramente é necessário que passemos por profundas
transformações e isso não será possível para essa ração, mas não é proibido
acalentarmos o sonho de que as gerações futuras atinjam esse grau de maturidade
social e o Brasil se transforme num País mais justo e mais plural, com
oportunidades para todos.
Porque o que temos para o momento é apenas uma solicitação
de que cada um dos cidadãos conscientes fale dentro da permissão do outro sobre
política e quão é importante realizarmos uma escolha centrada nos valores
morais e éticos dos candidatos. É difícil, mas vale a lenda do Beija Flor que
ao tentar debelar um sinistro na floresta, foi criticado pelo Rei dos Animais
(Leão) que questionou sua vã tentativa e recebeu como resposta: estou fazendo
minha parte se cada um fizesse a sua, com certeza obteríamos êxito. Seja você o
Beija Flor dessa eleição, não vote em palhaço, em mentiroso, em quem disse que
tinha dinheiro e faltava gestão e nem em ladrão.

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