sexta-feira, 26 de setembro de 2014

DE TUDO UM POUCO


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            ESTÁ CHEGANDO A HORA DA LIBERTAÇÃO.

            O povo amapaense está prestes a defrontar-se novamente com uma das características mais contundentes que afligem o ser humano – a escolha, pois que, dentre tantas opções que a vida se nos oferece, temos que, algumas vezes, fazer nossa escolha. Algumas vezes nossa escolha encontra eco com nossos sonhos ou com nossas esperanças, fazendo a realidade  aflorar certa e finita.Outras vezes, ela, a escolha, bate na porta errada e arrebenta nossas esperanças de uma realidade viçosa, real e confiante. Essa dicotomia, que nos leva a incredulidade, alicerça-se no axioma do certo que dá errado e do errado que dá certo. Esta é a grande infinitude da credibilidade entre os seres humanos, a de acreditar desconfiando.
            A libertação a que me refiro não está entre pessoas, pois estas são produto do meio em que vivem e atuam, na proporção da responsabilidade de cada uma no exercício de funções públicas ou privadas, voluntárias ou profissionais, pagas ou de graça, sem levar-se em conta cor, credo, ideologias, clube de futebol, partido político, rico ou pobre, morador de rua ou de palacetes residenciais, cultura, intelectualidade, conhecido ou desconhecido....
            Os adjetivos acima e outros tantos, deveriam estar na ordem intrínsica do ser de cada pessoa, pois são personalísticos, intransferíveis, tem valor mas não tem preço. A libertação que proponho é a de poder transforma-los em escudo protetor da DEMOCRACIA LIBERTADORA dos grilhões da estupidez, da corrupção, da pressão pessoal e física, do assédio moral de garantir a manutenção do salário, do vencimento, do soldo, da gratificação financeira, enfim, de todas as formas de dependência que se possa imaginar.
            A DEMOCRACIA LIBERTADORA enobrece àqueles que têm por ela admiração e por ela decidem honra-la qualquer que seja o campo de batalha; por ela decidem manter-se impolutos diante das ameaças vis e perniciosas dos governantes ou dos poderosos; por ela, desfraldam o estandarte da liberdade pessoal, intelectual, profissional, cultural; por ela, buscam ajudar-se mutuamente em busca de soluções que amenizem ou façam cessar os males que os afligem; por ela, ainda que impotentes e sob qualquer tirania, deixam ecoar um grito de vitória, porque sua voz foi calada, mas seu espírito vive e fortifica os que o ouviram; por ela, mesmo que seu corpo físico tenha tombado no solo, banhado em sangue, deixou seu corpo ser enterrado mas deu liberdade as suas convicções e deixou suas esperanças ás gerações futuras para que delas pudessem servir-se e, assim, continuar lutando pela DEMOCRACIA LIBERTADORA.
            A escolha que breve faremos, está a deixar nossa consciência em processo de julgamento, vez que, parentes consangüíneos estão entre os que serão escolhidos, amigos e conhecidos de longas datas passarão pelo crivo de nossa escolha. Então, quais atributos nos levarão a escolher nossos candidatos? Será o da consangüinidade, mesmo que não preencha os requisitos essenciais de minha escolha? Será o amigo ou conhecido, que tem destaque na sociedade, tem posses patrimoniais, influências diversas, mas também não está entre os critérios de minha escolha? Ou será que devemos aplicar o velho ditado do favor recebido e, em troca, devo  retribuir o favor?
            Ah! A DEMOCRACIA LIBERTADORA nos atormenta a consciência, impondo-nos uma carga muito grande de responsabilidade, vez que não vou decidir ou escolher por mim, para mim, como individuo isolado, mas por toda uma SOCIEDADE que espera que cada um decida por ela, com ela e para ela. Esta decisão da escolha é individual, mas seu reflexo é coletivo. É o bem de TODOS que devemos sopesar na nossa escolha. Não sejamos egoístas escolhendo por interesses pessoais ou familiares, mas no interesse da COLETIVIDADE, porque aqui não aplica-se o velho bordão do “ pau que bate em Chico é o mesmo que bate em Francisco “. Parte da sociedade pode pensar assim, de que é justa a mensagem do jargão. Mas não o é numa parte da sociedade pluralista, egoísta, individualista, corrupta, que vive e reina no poder, mesmo que efêmero ou temporário. É a lei do “ manda quem pode, obedece quem tem juízo “.
            Nas várias leituras que faço diariamente em busca de saberes condizentes com minha formação profissional ou mesmo àquelas as quais dedico-me por deleite, trago hoje para enriquecer este artigo os sábios dizeres de Adan Smith, em The Teory of Moral Sentiments ( Londes, 1759 ), incrustado no livro DIREITO, LEGISLAÇÃO E LIBERDADE, de Friedrich A. Hayek : O homem de sistema (...) imagina poder manejar os membros de uma grande sociedade com a mesma facilidade com que dispõe as diferentes peças sobre um tabuleiro de xadrez. Não leva em conta que as peças não possuem nenhum princípio de movimento  além daquele que a mão lhe imprime; enquanto, no grande tabuleiro de xadrez da sociedade humana, cada peça tem um princípio de movimento que lhe é próprio, completamente diferente daquele que o legislativo ou o executivo resolva imprimir-lhe. Se esses dois princípios coincidirem e atuarem na mesma direção, o jogo da sociedade humana prosseguirá desembaraçada e harmoniosamente, contando com muita probabilidade de ser próspero e chegar a bom termo. Se forem opostos ou diferentes, o jogo envolverá enorme sofrimento e a sociedade viverá constantemente no mais alto grau de desordem.
Para reflexão semanal : “ A GRATIDÃO é um fardo muito pesado para carregar-se todo dia o dia todo “. ( José Sarney, Senador pelo Amapá ).
 

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