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ESTÁ CHEGANDO A HORA DA LIBERTAÇÃO.
O povo amapaense está prestes a
defrontar-se novamente com uma das características mais contundentes que
afligem o ser humano – a escolha, pois que, dentre tantas opções que a vida se
nos oferece, temos que, algumas vezes, fazer nossa escolha. Algumas vezes nossa
escolha encontra eco com nossos sonhos ou com nossas esperanças, fazendo a
realidade aflorar certa e finita.Outras
vezes, ela, a escolha, bate na porta errada e arrebenta nossas esperanças de
uma realidade viçosa, real e confiante. Essa dicotomia, que nos leva a
incredulidade, alicerça-se no axioma do certo que dá errado e do errado que dá
certo. Esta é a grande infinitude da credibilidade entre os seres humanos, a de
acreditar desconfiando.
A libertação a que me refiro não
está entre pessoas, pois estas são produto do meio em que vivem e atuam, na
proporção da responsabilidade de cada uma no exercício de funções públicas ou
privadas, voluntárias ou profissionais, pagas ou de graça, sem levar-se em
conta cor, credo, ideologias, clube de futebol, partido político, rico ou
pobre, morador de rua ou de palacetes residenciais, cultura, intelectualidade,
conhecido ou desconhecido....
Os adjetivos acima e outros tantos,
deveriam estar na ordem intrínsica do ser de cada pessoa, pois são
personalísticos, intransferíveis, tem valor mas não tem preço. A libertação que
proponho é a de poder transforma-los em escudo protetor da DEMOCRACIA
LIBERTADORA dos grilhões da estupidez, da corrupção, da pressão pessoal e
física, do assédio moral de garantir a manutenção do salário, do vencimento, do
soldo, da gratificação financeira, enfim, de todas as formas de dependência que
se possa imaginar.
A DEMOCRACIA LIBERTADORA enobrece
àqueles que têm por ela admiração e por ela decidem honra-la qualquer que seja
o campo de batalha; por ela decidem manter-se impolutos diante das ameaças vis
e perniciosas dos governantes ou dos poderosos; por ela, desfraldam o
estandarte da liberdade pessoal, intelectual, profissional, cultural; por ela,
buscam ajudar-se mutuamente em busca de soluções que amenizem ou façam cessar
os males que os afligem; por ela, ainda que impotentes e sob qualquer tirania,
deixam ecoar um grito de vitória, porque sua voz foi calada, mas seu espírito
vive e fortifica os que o ouviram; por ela, mesmo que seu corpo físico tenha
tombado no solo, banhado em sangue, deixou seu corpo ser enterrado mas deu
liberdade as suas convicções e deixou suas esperanças ás gerações futuras para
que delas pudessem servir-se e, assim, continuar lutando pela DEMOCRACIA
LIBERTADORA.
A escolha que breve faremos, está a
deixar nossa consciência em processo de julgamento, vez que, parentes
consangüíneos estão entre os que serão escolhidos, amigos e conhecidos de
longas datas passarão pelo crivo de nossa escolha. Então, quais atributos nos
levarão a escolher nossos candidatos? Será o da consangüinidade, mesmo que não
preencha os requisitos essenciais de minha escolha? Será o amigo ou conhecido,
que tem destaque na sociedade, tem posses patrimoniais, influências diversas,
mas também não está entre os critérios de minha escolha? Ou será que devemos
aplicar o velho ditado do favor recebido e, em troca, devo retribuir o favor?
Ah! A DEMOCRACIA LIBERTADORA nos
atormenta a consciência, impondo-nos uma carga muito grande de
responsabilidade, vez que não vou decidir ou escolher por mim, para mim, como
individuo isolado, mas por toda uma SOCIEDADE que espera que cada um decida por
ela, com ela e para ela. Esta decisão da escolha é individual, mas seu reflexo
é coletivo. É o bem de TODOS que devemos sopesar na nossa escolha. Não sejamos
egoístas escolhendo por interesses pessoais ou familiares, mas no interesse da
COLETIVIDADE, porque aqui não aplica-se o velho bordão do “ pau que bate em Chico
é o mesmo que bate em Francisco “. Parte da sociedade pode pensar assim, de que
é justa a mensagem do jargão. Mas não o é numa parte da sociedade pluralista,
egoísta, individualista, corrupta, que vive e reina no poder, mesmo que efêmero
ou temporário. É a lei do “ manda quem pode, obedece quem tem juízo “.
Nas várias leituras que faço
diariamente em busca de saberes condizentes com minha formação profissional ou
mesmo àquelas as quais dedico-me por deleite, trago hoje para enriquecer este
artigo os sábios dizeres de Adan Smith, em The Teory of Moral Sentiments ( Londes, 1759 ),
incrustado no livro DIREITO, LEGISLAÇÃO E LIBERDADE, de Friedrich A. Hayek : O homem de sistema (...) imagina poder
manejar os membros de uma grande sociedade com a mesma facilidade com que
dispõe as diferentes peças sobre um tabuleiro de xadrez. Não leva em conta que
as peças não possuem nenhum princípio de movimento além daquele que a mão lhe imprime; enquanto,
no grande tabuleiro de xadrez da sociedade humana, cada peça tem um princípio
de movimento que lhe é próprio, completamente diferente daquele que o
legislativo ou o executivo resolva imprimir-lhe. Se esses dois princípios
coincidirem e atuarem na mesma direção, o jogo da sociedade humana prosseguirá
desembaraçada e harmoniosamente, contando com muita probabilidade de ser
próspero e chegar a bom termo. Se forem opostos ou diferentes, o jogo envolverá
enorme sofrimento e a sociedade viverá constantemente no mais alto grau de
desordem.
Para reflexão semanal : “ A GRATIDÃO é
um fardo muito pesado para carregar-se todo dia o dia todo “. ( José Sarney,
Senador pelo Amapá ).
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