O grande vilão foi
o grupo Saúde, com alta de 1,92%
Reinaldo Coelho
A dona de
casa Lucidalva Assunção é quem faz a feira da família que mora no Buritizal.
Ela conta que a cada mês é mais difícil se alimentar bem. A culpa na opinião da
dona de casa é do aumento dos preços e o que chama de “congelamento do
salário”. Mãe de dois filhos, ela é casada com o pedreiro José Agripino Costa.
“A feira que eu fazia com 400 reais por mês já custou R$ 700 e agora acho que
ultrapassa isso”, revelou.
Dona Joana
tem razão, a inflação que assusta o brasileiro já é sentida no bolso do
consumidor amapaense. O Custo de Cesta Básica Macapaense é de R$ 1.274,66 em
base ao orçamento de uma família composta por cinco pessoas e com ganhos de até
seis salários mínimos e ainda comprar produtos de higiene e limpeza doméstica.
Voltamos a
dona de casa Lucidalva que recebe junto com o marido R$ 724,00. “Faço bico de
diarista por R$ 25,00 e não é toda semana que tem alguém chamando, pois eles
estão também sem dinheiro”.
O ESMALTE FOI UM DOS VILÃO DA INFLAÇAO |
Os dados
são da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), que é responsável pela
apuração, cálculo e divulgação mensal do índice inflacionário da cidade de
Macapá. Dos sete grupos que compõem o IPC, o de Transportes e Despesas e
Serviços Pessoas obtiveram deflação de (-1,00%) e de (-0,59%), respectivamente.
açaí apresentou alta de 10,64%. |
queda dos preços médios da venda de comidas prontas (quentinhas) |
Apesar de
setembro anteceder o mês do Dia das Crianças, no grupo Vestuário, as roupas de
crianças, entre zero e 14 anos, apresentou deflação de (-4,40). Itens como
camisa e blusas infantis registraram queda na variação média dos preços de (-14,99%). A maior variação
ocorreu nas bijuterias, com alta de 11,90%.
A taxa
acumulada nos últimos 12 meses (de setembro de 2014 a agosto de 2013) do
IPC/Seplan foi de 9,06%, no ano registra 3,55% e em seis meses, 5,61%. O IPCA
(índice de Preços ao Consumidor Amplo), que analisa o comportamento da inflação
voltado para as pessoas com ganhos até 40 salários mínimos, apesar de apresentar um variação positiva em
setembro de 0,53%, ficou 0.08 p.p menor em relação a agosto.
Cesta Básica Regional
Dos três
grupos que compõem a Cesta Básica Regional, o de Higiene Pessoa registrou queda
nos preços dos produtos neste período de (-2,64%). O de Alimentação obteve
variação positiva de 1,21% e o de Limpeza e Manutenção de Domicílio, a taxa foi
de 2,38%, o que impulsionou em 0,90% a alta dos preços médios dos produtos e
serviços mais consumidos pela população de Macapá.
Em
setembro, a Cesta Básica Regional custou R$ 1.274,66 em base ao orçamento de
uma família composta por cinco pessoas e com ganhos de até seis salários
mínimos, R$ 11,36 mais cara que em agosto, quando a mesma ficou estabelecida em
R$ 1.263,30.
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Quanto
custa uma cesta básica no Brasil?
A cesta Básica é um conjunto de produtos
disponibilizados para uma família durante o mês. Nessa cesta possuem em geral
alimentos, produtos de higiene pessoal, além de produtos de limpeza.
Apesar de não existir um consenso sobre os produtos
que formam a cesta básica, a lista pode sofrer variação de acordo com a
finalidade na qual ela é definida, além do acordo com o distribuidor. Em alguns
estados brasileiros, existem leis que proporcionam isenção de impostos sobre os
produtos da cesta básica.
Itens da cesta básica
O DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos), no Brasil, propõe que a Cesta Básica Nacional, ou
Ração Essencial Mínima, possua treze gêneros alimentícios.
No entanto a quantidade dos gêneros na cesta pode
variar de acordo com cada região. Os produtos presentes na cesta são:
Leite
Feijão
Arroz
Farinha
Batata
Tomate
Pão Francês ou de Forma
Café em Pó
Açúcar
Óleo ou banha
Manteiga
Frutas/Banana / Maçã
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