quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Sejusp

Sejusp divulga diagnóstico da precariedade nos órgãos de segurança




Coronel Gastão Calandrine, secretário de Segurança e Justiça Social, afirmou que seguindo a nova linha de gestão do GEA, não há tempo para desanimar mesmo em frente as dificuldades, e que todos os esforços serão para a resolução dos problemas encontrados.

Nesta terça-feira, 6, o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública do Amapá, coronel Gastão Calandrini, convidou a imprensa para apresentar sua equipe de trabalho. Na ocasião, cada gestor expôs as atuais condições dos órgãos sob seu comando e o plano emergencial para os três primeiros meses de 2015.
Estiveram presentes, além do secretário Gastão Calandrini, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, major Huelton Medeiros; o diretor do Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciodes), delegado Paulo César; o comandante da Polícia Militar, coronel José Carlos Corrêa; o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Marcelo Bispo; o diretor-presidente da Polícia Técnico-Científica do Amapá, Salatiel Guimarães e a delegada-geral de Polícia Civil, Maria de Lourdes.
Todos os gestores foram unânimes em afirmar que as informações prestadas pela gestão anterior, no período de transição, não foram suficientes para que tivessem o real conhecimento das condições dos órgãos, bem como para preparar com antecedência um plano de ação efetivo. Agora, verificando as situações in loco os gestores divulgaram seus diagnósticos iniciais, e, a partir deles, será elaborado o Plano Estadual de Segurança Pública do Amapá, com ações, metas e diretrizes a curto, médio e longo prazo.
"É palavra de ordem do governador Waldez que, mesmo com as dificuldades encontradas, nós enfrentemos e resolvamos os problemas. Nós sabemos das muitas dificuldades, mas não podemos esmorecer", afirmou o secretário Calandrini.
Confira o diagnóstico e as providências a serem tomadas:
Ciodes
Situação atual:
• O órgão precisa ser atualizado com a tecnologia de segurança pública necessária.
• Serviços de comunicação precário entre as delegacias e viaturas.
• Estatísticas de segurança pública defasadas, inviabilizando qualquer planejamento para a segurança pública.
Ações emergenciais:
• Reforçar a tecnologia usada pelo órgão para atender a população e se comunicar com viaturas e delegacias de polícia.
• Através da atualização tecnológica, produzir estatísticas precisas sobre os índices de violência e ocorrências para suprir os planejamentos das polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, serviços de emergência em saúde e Defesa Civil.
Gabinete de Segurança Institucional
Situação Atual:
• Carência de informações a respeito dos servidores e infraestrutura.
• Sucateamento de material, a exemplo da lancha Ananconda, que está sem a menor condição de uso.
Ações emergenciais:
• Devolver à Polícia Militar 107 policiais para serem empregados no policiamento ostensivo.
• Colocar o efetivo do GSI à disposição da Polícia Militar para ações de segurança pública, para potencializar a operacionalidade da PM.
• Categorizar e arquivar as informações do GSI, pondo as informações à disposição dos demais órgãos de segurança.
Politec
Situação atual:
• Estrutura sucateada.
• Das 30 viaturas do órgão, apenas uma está funcionando para atender todas as ocorrências.
• Unidades sucateadas em outros municípios do Estado, a exemplo da unidade de Laranjal do Jari.
• Equipamentos recebidos do Estratégia Nacional de Fronteiras estão parados por falta de insumos para a utilização.
• Laboratório defasado, inviabilizando uma série de exames e procedimentos.
• Apenas 12 médicos em atividade no órgão, sendo que cinco já possuem mais de 70 anos, o que demanda a realização de um concurso público emergencialmente.
Ações emergenciais:
• Estudar a realização de concurso público para o órgão.
• Equipar melhor as unidades fora de Macapá.
• Atualizar os equipamentos da Politec em Macapá.
• Restaurar a frota de viaturas.
Polícia Militar
Situação atual:
• Passivo de R$ 2,5 milhões em contratos de aluguel de viaturas (sete meses atrasados), fornecimento de combustível, venda de equipamentos como armamento e munição para o treinamento dos policiais, entre outros.
• Desoperacionalização da Polícia Militar.
• 2014 obteve o pior índice de roubos dos últimos dez anos.
Ações emergenciais:
• Reincorporar os policiais devolvidos pelo GSI (107 policiais) ao policiamento ostensivo.
• Potencializar os batalhões de área.
• Utilizar todo o efetivo no policiamento ostensivo, inclusive o Batalhão de Operações Especiais.
• Implantar rígido policiamento em praças e demais logradouros públicos até as 23 horas. A partir desse horário, as unidades especializadas entram com o trabalho repressivo, como a atuação do batalhão de trânsito, por exemplo.
• Intensificar a operação Lei Seca aos finais de semana.
Corpo de Bombeiros.
Situação atual:
• Efetivo insuficiente na parte operacional, especialmente agora, no período chuvoso, em que alagamentos são mais passíveis de ocorrer.
• Viaturas de apoio e de combate a incêndios sucateadas.
Ações emergenciais:
• Distribuição do efetivo nas ruas para averiguar possíveis pontos de alagamento.
• Auxiliar na limpeza de canais e desobstrução de bueiros para evitar alagamentos.
• Viabilizar processo licitatório para o reparo das viaturas.
Polícia Civil
Situação atual:
• Delegacias sucateadas.
• Infraestrutura precária das delegacias.
• Unidades de polícia desativadas.
• Índice de latrocínios elevado em 2014.
Ações emergenciais:
• Colocar um delegado de polícia na Unidade de Polícia Comunitária do bairro Araxá.
• Trabalhar a aproximação da Polícia Civil com a população, estimulando a colaboração popular.
• Fortalecer o núcleo de operações de inteligência para dar suporte às delegacias de roubos, homicídios e entorpecentes.
• Reequipar as delegacias de polícia.

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