CDL
Divulga
balanço sobre inadimplência dos amapaenses
Kerllyo Barbosa
Da Reportagem
A Câmara de Dirigentes Lojistas do Amapá
(CDL) divulgou balanço sobre inadimplência dos amapaenses no mês de dezembro de
2014. Os dados apresentados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC–Brasil).
Os números estão divididos em três
categorias: A primeira é com referencia ao número de dívidas em atraso; A
segunda é o número de pessoas inadimplentes
a terceira categoria e quanto as dívidas em atraso por inadimplências.
Os dados oficiais mostram que apesar do
aumento em um dado momento, o Estado do Amapá ainda depende, sobretudo, do
funcionalismo público e do comércio, ou seja, a economia do contracheque.
Analisemos os dados
Na
1ª categoria, os dados mostram que em dezembro de 2014 o número de dívidas em
atraso cresceu 0,22% em relação a dezembro de 2013. Esse percentual ficou
abaixo da média nacional. O Amapá foi ainda o 24° Estado com maior aumento
anual da quantidade de dívidas em atraso. Já na categoria dois, que trata dos
números de inadimplentes, o Amapá caiu 1,89% em dezembro de 2014 em relação a
dezembro de 2013. E ficou também abaixo da média nacional, que foi de 3,45%.
Nessa perspectiva, o Estado ficou com o 26° maior aumento anual do número de
inadimplentes.
E
finalmente, na última categoria, que faz referência às dívidas em atraso por
inadimplente, o consumidor amapaense tinha em média 2,007 de dívidas em atraso.
Esse dado ficou abaixo da média nacional registrada no mês de dezembro de 2014,
que foi de 2,076.
Segundo o presidente da CDL Amapá, Marcos
Cardoso, a inadimplência dos amapaenses se dá por falta de consciência na hora
das compras.
“O Amapá continua sendo um dos Estados
onde há um dos maiores números de inadimplentes. Porque aqui o maior número de
consumidores provém do funcionalismo público, e é onde existe a maior parte dos
endividados. Logo, isso vai refletir nos dados de inadimplência do Estado. E
esse quadro só vai mudar quando o consumidor tiver a consciência de que ele
somente deve comprar o que cabe no seu orçamento.”
“Em termos econômicos nós ainda vivemos
a época do território federal, e digo ainda, que é até pior que na época do
território. Hoje quase metade do do PIB do estado é gerada polo serviço
público. O fato de nós termos um setor
produtivo, sobretudo, da indústria e agropecuária que quase não representa nada
no setor de riqueza. Faz com que o estado não se desenvolva. Nós precisamos
mudar a matriz econômica do estado, precisamos que a iniciativa privada seja
assistida com mais atenção, assim como o agronegócio, a agricultura, a
indústria tenham mais incentivos. Dessa forma, nós vamos gerar mais riqueza,
mais empregos e a economia terá um círculo virtuoso.”
A
expectativa para a economia do ano de 2015, segundos os olhares atentos de
Jurandil Juarez e Marcos Cardoso, não é de muito otimismo. Apesar da troca de
comando de gestão estadual, o estado ainda continuará dependendo do contra-cheque
dos servidores públicos e do movimento do comércio. O maior desafio do governo
do estado é, sem dúvida, fomentar a economia, seja por meio de incentivo aos
micros e médios empresários, seja por criação de atrativos para indústrias
adentrarem a esta unidade da federação. A população anseia por dias melhores, e
certamente cobrará por isso.
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