Educação: Calendário Escolar 2015
Volta às aulas - dia 02 de março
Reinaldo Coelho
Aproximadamente 18 mil novos alunos na rede estadual de ensino,
distribuídos em 383 escolas -147 urbanas e 236 rurais - retornarão às aulas no
dia 2 de março. O Calendário Escolar 2015 está definido, com previsão das
férias para julho e final de dezembro.
Serão 215 dias de aulas e as escolas deverão cumprir um mínimo de 200 dias letivos, como estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A Secretaria de Estado da Educação (Seed), desde o início do ano, disponibilizou técnicos para fazer o cadastro reserva para os alunos que não conseguiram se matricular. O posto de atendimento foi montado na Escola Estadual Gabriel de Almeida Café, onde os pais ou responsáveis dos alunos do ensino médio puderam ser recebidos.
A
secretária de Estado da Educação, Conceição Medeiros, disse que é ordem do
governador Waldez Góes que as escolas estaduais estejam prontas para o início
do ano letivo. "Todas as nossas escolas estarão organizadas a contento.
Cada profissional em seu posto de trabalho. Estarão envolvidos professores,
técnicos, serventes, merendeiras e toda a comunidade escolar, voltados para
acolher os alunos", destacou.
A
Seed está convocando os pais ou responsáveis dos que ainda não estão
matriculados e já fizeram o cadastro para comparecerem ao prédio da
instituição, localizado na Avenida FAB, nº 96, Centro, no horário comercial,
munidos de documento de identidade e a reserva do aluno para encaminhamento da
matrícula. O calendário escolar já foi encaminhado para o Conselho Estadual de
Educação para homologação.
Municipalização do ensino e seus
gargalos
O município de Macapá está entre os municípios de médio
porte, que vêm enfrentado problemas para a conclusão da municipalização do
ensino fundamental. Além da estrutura física, o maior gargalo é os recursos
para investir e manter as escolas.
Num país em que 72% dos municípios possuem menos de 20 mil
habitantes e pouca vitalidade econômica, dependendo muito de repasses do
governo federal, a municipalização do ensino surge como saída para alguns
impasses. Além da pressão de muitos estados para que a cidade assuma o ensino
fundamental, o município passa a receber pelo menos R$ 2 mil por aluno/ano
atendido e vê crescer sua área de influência política. Isso impulsionou o
processo de municipalização do ensino brasileiro desde a década de 1990. Os
dados do Censo Escolar 2011 mostram que 54,4% dos alunos do ensino fundamental
estão sob responsabilidade de redes municipais, bem como 74% das crianças
matriculadas em pré-escolas.
Saídas apontam para mudanças na
distribuição dos recursos, regulamentação da colaboração e arranjos entre
redes. Este arranjo este ano aconteceu entre o Estado e o Município de Macapá.
A capital amapaense é o único dos 16 municípios amapaenses que iniciou a
municipalização e não está concluída. A municipalização
do ensino público no Amapá retomado pela Secretaria de Estado da Educação
(Seed) em 2011 tem causado prejuízo aos estudantes amapaenses. O processo
consiste em transferir a responsabilidade de oferta do ensino infantil e
fundamental para os municípios como prevê a Emenda Constitucional 14/1996.
O
mesmo arcabouço legal que induziu a municipalização e atribuiu aos municípios a
preferência na gestão da rede de educação infantil e ensino fundamental também
previa a existência de um regime de colaboração, um princípio segundo o qual os
entes federativos conversariam para suprir deficiências e trabalhar em
conjunto.
Uma
novidade, este ano, é que a rede estadual de ensino fundamental irá absorver os
alunos da rede municipal, que em média contabiliza 1.200 pessoas. O assunto foi
tratado durante reunião realizada no início de fevereiro, com representantes
das secretarias afins e do Ministério Público. A deliberação se deu por conta
da carência de vagas no município de Macapá.
Segundo
o coordenador de Desenvolvimento e Normatização das Políticas Educacionais
(Codnope), Marco Baleiro, serão disponibilizadas sete escolas para receber os
alunos do município de Macapá, com possibilidade de estender o número de
escolas.
Ele
afirma também que, em alguns casos, além da estrutura física, 12 professores
foram disponibilizados para ministrar aulas para o ensino fundamental. Eles
atuarão no Centro de Música Municipal Amilar Brenha, localizado no bairro
Brasil Novo, zona Norte da cidade.


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