sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

IJOMA:: UM PROJETO DE DEUS




IJOMA:: UM PROJETO DE DEUS

Pª PAULO ROBERTO ACOMPANHANDO DOENTE DE CÂNCER

Na atual conjuntura da saúde pública no Brasil, alguns precisam sair do palanque e das paixões partidárias para dialogar de uma forma transparente, jurídica e social com relação à saúde no Amapá. Aproveito do discurso do Ministro Joaquim Barbosa no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para fazer algumas reflexões.  Passo a citar partes do discurso em que Joaquim Barbosa faz uma análise da conjuntura brasileira com relação à saúde pública:
 “É preciso avançar na concretização do direito à saúde. É isso que a sociedade espera. É isso o que a Constituição brasileira determina. O Estado brasileiro precisa responder às expectativas dos cidadãos quanto à efetivação desse seu direito fundamental.”
Joaquim Barbosa afirmou que o direito à saúde é uma obrigação solidária, já que deve ser garantido não apenas pela União, mas igualmente pelos estados e municípios. “O desafio nessa área é tão superlativo que o STF tem decidido que o Estado brasileiro não se pode furtar ao dever que lhe incumbe de propiciar aos cidadãos hipossuficientes os meios necessários ao gozo do direito à saúde.”
Na palestra, o ministro afirmou que, num cenário de limitações orçamentárias, não se pode impor ao Estado a concessão ilimitada de todo e qualquer tratamento ou medicamento, entretanto, “essa circunstância não pode ser apresentada como cláusula geral de isenção ao cumprimento das normas constitucionais e, principalmente, à concretização do direito fundamental à saúde”.
Ao final de seu discurso, o presidente do STF frisou que, se a República Federativa do Brasil tem por objetivos a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, e a promoção do bem-estar de todos, esse ideal somente será alcançado se todo cidadão tiver condições de ver assegurado o seu direito à saúde.
Portanto, não entendo por que alguns insistem em politizar a luta intransigente do Ijoma na defesa dos doentes de câncer. Nossa luta não é contra pessoas ou governos. Tentam por todos os meios macular o nosso trabalho. Em nenhum momento buscamos desqualificar o trabalho de todo o corpo técnico da Unacon. Pelo contrário, sempre que podemos, exaltamos o comprometimento de todos os funcionários que ali procuram heroicamente salvar vidas.
Entendemos que na função de salvar vidas, ninguém é de direita ou de esquerda, a favor ou contra o governo. Se alguém age dessa forma, o problema não é nosso. Ninguém pode falar daquilo que não conhece. O Ijoma é uma instituição independente, não é ligada a nenhum partido político e, não depende da Secretaria de Saúde ou da Unacon para existir. Não recebemos recursos federais, estaduais ou municipais. Somos mantidos pelo povo, alguns empresários e um convênio assinado no valor de R$ 20.000,00 com a Assembleia Legislativa do estado. Se no futuro alguma parceria for firmada será diretamente com os gestores da Sesa.
Reafirmamos que todo cidadão tem o direito de apoiar quem quer que seja. O Ijoma, porém, não trabalha dessa forma. Nós apoiamos projetos e não pessoas ou partidos. Respeitamos quem age de forma diferente.
O discurso do ministro Joaquim Barbosa expressa muito bem como pensamos. Querer nos imputar outra conduta é ser tendencioso ou desenformado. O Ijoma, desde abril de 2010, quando foi criado, denuncia o abandono dos doentes de câncer. Querer nos acusar de omissão, ou de estarmos a serviço de algum grupo, é desconhecer totalmente a realidade crítica da saúde no Brasil e de forma especial no Amapá. Não aceitamos o jogo dos que pensam pequeno. Saúde é um direito de todos.
Padre Paulo Roberto - Ijoma


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