Volta às aulas
Abusos nos
preços do material escolar intensifica fiscalização do PROCON
Disparidades
entre produtos escolares e abusos nos preços marcam de maneira negativa volta
ás aulas em Macapá – o Instituto de Defesa do Consumidor do Amapá (PROCON) faz
sua parte.
Keullyr
Barbosa
Na volta às aulas há sempre uma
mobilização grande nas famílias brasileiras, principalmente por se tratar de
algumas palavras-chave, pesquisa e economia na aquisição do material escolar.
Não é diferente aqui no extremo norte do país. Os amapaenses também fazem seus
malabarismos para economizar na hora de comprar. É perceptível nesse período
que boa parte do comércio abusa no aumento dos preços dessa linha de produto. Os
consumidores então precisam ser protegidos, e o Estado é quem tem essa
prerrogativa.
Em uma cultura
econômica de dependência do serviço público e da área de livre comércio, muitos
comerciantes tentam tirar vantagem expondo preços exorbitantes. O órgão
competente por fiscalizar esses desmandos aqui no Amapá é Instituto de Defesa
do Consumidor do Amapá, o Procon.
No espaço de tempo que
antecede a volta às aulas o Instituto recebe muitas denúncias por conta do
abuso nos preços. A partir dessa demanda é feita a constatação e apuração nas
próprias lojas denunciadas pelos agentes de fiscalização do Procon. As
primeiras operações são educativas, ou quando necessárias, de notificações.
Como ocorre todos os
anos, o Núcleo de Fiscalização do Instituto de Defesa do Consumidor foi ao
centro comercial de Macapá para verificar e fazer um levantamento da lista de
todo material escolar que será necessário para um estudante durante o ano
letivo de 2015.
De acordo com o Diretor-Presidente do PROCON/AP, Vicente Cruz o resultado desse trabalho é a lista completa item por item, especificado com o preço unitário, nome e endereço da empresa que comercializa o produto. A lista pode ser adquirida por qualquer pessoa no prédio do Procon. "Esselevantamento foi feito no mês de janeiro. De fato essa iniciativa não resolve por completo os problemas dos consumidores menos abastados, mas sem dúvida contribui bastante na hora de ir às compras". ressaltou Vicente Cruz
Vicente Cruz, diretor do Procon Amapá |
De acordo com o Diretor-Presidente do PROCON/AP, Vicente Cruz o resultado desse trabalho é a lista completa item por item, especificado com o preço unitário, nome e endereço da empresa que comercializa o produto. A lista pode ser adquirida por qualquer pessoa no prédio do Procon. "Esselevantamento foi feito no mês de janeiro. De fato essa iniciativa não resolve por completo os problemas dos consumidores menos abastados, mas sem dúvida contribui bastante na hora de ir às compras". ressaltou Vicente Cruz
O
comerciante tem responsabilidade
A gerente de Loja,
Helena Brito, afirma que os preços estão acessíveis à população. E convida os
pais a virem conferir de perto e constatar as promoções da linha de produtos
escolares.
“Nosso movimento não
está ruim, alguns itens inclusive já acabaram do nosso estoque, mas já estamos
providenciando o reabastecimento devido a grande demanda da volta às aulas. Logo
vamos estar com o estoque completo novamente. É bom ressaltar ainda que temos
capas de chuva atendendo ao nosso atual clima de inverno. O movimento só não
está melhor por conta das constantes chuvas na capital. Estojos, garrafas,
mochilas, canetas, cadernos, lápis de cor, pastas fazem parte da nossa
variedade de produtos”, explica com otimismo a gerente.
Disparidade de preços
entre lojas
A variedade de produtos
para os estudantes é grande realmente, mas é grande também a disparidade de
preços entre um item e outro de marca diferente. A diferença é absurda em
alguns casos, chega a 600%. Segundo a pesquisa do PROCON, o produto que
registrou a maior variação foi o apontador, encontrado por R$ 0,10 e R$ 0,70 em
duas lojas distintas, variando em 600%. Não muito elevado, mas ainda em alta, o
item “cola glitter com purpurina” foi encontrado com preços entre R$ 2,00 e R$
6,00 na capital, um aumento de 300%. Com a mesma taxa de variação, a borracha
bicolor apresentou preços que variaram de R$ 0,20 e R$ 0,60. Representando os
consumidores, quem fala sobre essas variações nos preços dos materiais
escolares é a dona de casa Maria Rodrigues.
“Estamos entrando nas
lojas, pesquisando onde é o melhor lugar para comprar. A esperança é que os
preços abaixem um pouco. Eu particularmente percebi um absurdo os valores dos
calçados e roupas em geral para as crianças. E o que parece é que cada vez que
a gente entra em uma loja o preço é maior ainda. Tem alguns produtos que
parecem a cada ano mais caro, como a mochila, por exemplo, a gente não encontra
por menos de R$ 100,00. É um absurdo. Tá cada vez mais inacessível. Para quem
ganha pouco é muito difícil realmente.” Lamenta a dona de casa.
O PROCON está atuando
no sentido de proteger o consumidor, no entanto, é necessário que os
consumidores pesquisem de maneira a não sair lesado das compras. É importante
também que os pais denunciem os abusos dos comerciantes que insistem em
aumentar os preços dos produtos escolares de forma criminosa. Cada um fazendo
sua parte certamente não haverá tantos casos de abusos na classe que mais
contribui para a economia do Estado. O povo trabalhador.
O Procon disponibilizou
um disque-denúncia, (96) 3312-1023, para o consumidor denunciar preços que
considere abusivo.
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