sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Volta às aulas


Volta às aulas

Abusos nos preços do material escolar intensifica fiscalização do PROCON





Disparidades entre produtos escolares e abusos nos preços marcam de maneira negativa volta ás aulas em Macapá – o Instituto de Defesa do Consumidor do Amapá (PROCON) faz sua parte.


Keullyr Barbosa



Na volta às aulas há sempre uma mobilização grande nas famílias brasileiras, principalmente por se tratar de algumas palavras-chave, pesquisa e economia na aquisição do material escolar. Não é diferente aqui no extremo norte do país. Os amapaenses também fazem seus malabarismos para economizar na hora de comprar. É perceptível nesse período que boa parte do comércio abusa no aumento dos preços dessa linha de produto. Os consumidores então precisam ser protegidos, e o Estado é quem tem essa prerrogativa.


Em uma cultura econômica de dependência do serviço público e da área de livre comércio, muitos comerciantes tentam tirar vantagem expondo preços exorbitantes. O órgão competente por fiscalizar esses desmandos aqui no Amapá é Instituto de Defesa do Consumidor do Amapá, o Procon.

No espaço de tempo que antecede a volta às aulas o Instituto recebe muitas denúncias por conta do abuso nos preços. A partir dessa demanda é feita a constatação e apuração nas próprias lojas denunciadas pelos agentes de fiscalização do Procon. As primeiras operações são educativas, ou quando necessárias, de notificações.

Como ocorre todos os anos, o Núcleo de Fiscalização do Instituto de Defesa do Consumidor foi ao centro comercial de Macapá para verificar e fazer um levantamento da lista de todo material escolar que será necessário para um estudante durante o ano letivo de 2015. 
Vicente Cruz, diretor do Procon Amapá


De acordo com o Diretor-Presidente do PROCON/AP, Vicente Cruz o resultado desse trabalho é a lista completa item por item, especificado com o preço unitário, nome e endereço da empresa que comercializa o produto. A lista pode ser adquirida por qualquer pessoa no prédio do Procon. "Esselevantamento foi feito no mês de janeiro. De fato essa iniciativa não resolve por completo os problemas dos consumidores menos abastados, mas sem dúvida contribui bastante na hora de ir às compras". ressaltou Vicente Cruz


O comerciante tem responsabilidade
A gerente de Loja, Helena Brito, afirma que os preços estão acessíveis à população. E convida os pais a virem conferir de perto e constatar as promoções da linha de produtos escolares.

“Nosso movimento não está ruim, alguns itens inclusive já acabaram do nosso estoque, mas já estamos providenciando o reabastecimento devido a grande demanda da volta às aulas. Logo vamos estar com o estoque completo novamente. É bom ressaltar ainda que temos capas de chuva atendendo ao nosso atual clima de inverno. O movimento só não está melhor por conta das constantes chuvas na capital. Estojos, garrafas, mochilas, canetas, cadernos, lápis de cor, pastas fazem parte da nossa variedade de produtos”, explica com otimismo a gerente.

Disparidade de preços entre lojas
A variedade de produtos para os estudantes é grande realmente, mas é grande também a disparidade de preços entre um item e outro de marca diferente. A diferença é absurda em alguns casos, chega a 600%. Segundo a pesquisa do PROCON, o produto que registrou a maior variação foi o apontador, encontrado por R$ 0,10 e R$ 0,70 em duas lojas distintas, variando em 600%. Não muito elevado, mas ainda em alta, o item “cola glitter com purpurina” foi encontrado com preços entre R$ 2,00 e R$ 6,00 na capital, um aumento de 300%. Com a mesma taxa de variação, a borracha bicolor apresentou preços que variaram de R$ 0,20 e R$ 0,60. Representando os consumidores, quem fala sobre essas variações nos preços dos materiais escolares é a dona de casa Maria Rodrigues.
“Estamos entrando nas lojas, pesquisando onde é o melhor lugar para comprar. A esperança é que os preços abaixem um pouco. Eu particularmente percebi um absurdo os valores dos calçados e roupas em geral para as crianças. E o que parece é que cada vez que a gente entra em uma loja o preço é maior ainda. Tem alguns produtos que parecem a cada ano mais caro, como a mochila, por exemplo, a gente não encontra por menos de R$ 100,00. É um absurdo. Tá cada vez mais inacessível. Para quem ganha pouco é muito difícil realmente.” Lamenta a dona de casa.
O PROCON está atuando no sentido de proteger o consumidor, no entanto, é necessário que os consumidores pesquisem de maneira a não sair lesado das compras. É importante também que os pais denunciem os abusos dos comerciantes que insistem em aumentar os preços dos produtos escolares de forma criminosa. Cada um fazendo sua parte certamente não haverá tantos casos de abusos na classe que mais contribui para a economia do Estado. O povo trabalhador.

  


O Procon disponibilizou um disque-denúncia, (96) 3312-1023, para o consumidor denunciar preços que considere abusivo.

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