sexta-feira, 20 de março de 2015

ARTIGO DO GATO



 A democracia não me incomoda



Adicionar legenda
As relações humanas sempre foram permeadas pela correlação de força, seja física ou intelectual, mas, o fato é que foi e sempre será a questão de quem manda e de quem obedece. A tirania, falta de liberdade, cerceamento do direito de expressão e de opiniões sobre o “status quo” é um mecanismo secular para a manutenção do poder. O poder, não neguem, dá uma sensação de que você é aristocrata. Calma! Eu explico: aristo, em grego, significa os melhores, e cracia, poder. Aristocracia, senhores e senhoras é o poder dos melhores.

Mas eu vim do demos, significa povo pobre no grego. E amigos, quem vem de baixo lutando contra preconceito de ser filho de mãe solteira na década de 60 e 70, não tem medo de crítica e nem de críticos. Até porque a crítica também deve ser criticada e quanto mais o crítico. Quando você dá uma opinião sobre algo, imediatamente duas fileiras se formam. Uma que concorda e a outra dos que discordam. A terceira? Existe sim. Os que não se interessam pelo assunto, por tanto, tanto faz.

O que é comum são oportunistas, pseudomoralistas apressarem-se em fazer crítica. São válidas, mas isso não lhes empresta credibilidade ou densidade. Minha vida no jornalismo é um livro aberto. Com erros e acertos naturais aos humanos. Jesus Cristo ao deparar-se com uma cena comum aos dias atuais, onde uma minoria de hipócritas atiravam pedras em Maria Madalena, abraçou-a e dirigiu-se aos falsos moralistas lhes dizendo: “quem de vós não cometeu pecado que atire a primeira pedra!” A turba volveu-se e abandonou a mulher aos prantos amparada pelos braços fraternos e caridosos de Jesus. Aquela mulher era julgada por adultério por um bando de adúlteros.

Democracia significa povo no poder e os princípios que norteiam esse modo de relação humana é a isonomia, ou seja, igualdade de todos os cidadãos perante a Lei; isegoria: igualdade de todos falarem, terem liberdade de expressão e Isocracia, igualdade de todos no poder. Senhores incautos e obtusos. O povo está no poder. Nós, o povo, que votamos e escolhemos nossos representantes. Portanto, critiquem-me, avaliem-me. Isso não me incomoda. Mas eu, onde estiver vou imprimir minha marca. Seriedade, responsabilidade e compromisso com minha sociedade. Trabalho e trabalho duro para alcançar as metas traçadas dentro de qualquer projeto que eu esteja envolvido, embora isso incomode muita gente, minha meta na Difusora e resgatar a audiência e a credibilidade da Rádio mais antiga do Amapá. Porém, não a mais velha, pois o tempo não para, ah...esse não para.

Vivemos numa sociedade em movimento. As coisas mudam com a velocidade da luz e não sobre-existirá veículo de comunicação que não estiver antenado com o seu tempo. Chegou a era digital. Há muito saímos da idade da pedra lascada, da idade dos metais, do feudalismo. Vivemos tempos outros onde a crítica não pode ser encarada como algo negativo ou pessoal, mas como uma ponderação responsável que deva ser utilizada como reflexão para quem quer acertar.

O nível da crítica vai depender de quem a faz. Na mesma proporção sua credibilidade. Quem faz a crítica tem que ter senso crítico e antes de julgar que faça uma introspecção e veja o que está fazendo pela sociedade na qual está inserido. Senão corre um sério risco de virar apenas uma voz descredibilizada num universo sem fim que não encontrará nem uma parede para produzir eco e reverberar o que soltou ao vento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...