sábado, 28 de março de 2015

DE TUDO UM POUCO

DE TUDO UM POUCO
Nº 9/2015
        

       EM BUSCA DO “HOMO PROFISSIONALIS” PÚBLICO

            Parece não haver nada tão importante para a definição do panorama sócio-econômico de um País, quanto a participação do elemento humano.

            A química do desenvolvimento, com todos os seus sub-produtos, não poderia ser descrita somente em termos de investimento ou de matéria-prima – não há dúvida de que esses elementos pouco representariam, se da fórmula não participasse uma boa dose de gente capaz.

            Também não é preciso recorrer-se ao tecnicismo terminológico do “ economês “, para saber-se que o Amapá tem urgência em formar mão-de-obra qualificada. Para este fim, muita gente dedica o seu trabalho, muito dinheiro se emprega, muitos projetos se executam em todo o Amapá. E o resultado?

            Especificamente, hoje, o Governo do Estado do Amapá lança oficialmente a AGENDA DO SERVIDOR, que é considerado o Norte da Administração Pública, dando ênfase a qualificação do Servidor Público em todos os níveis da hierarquia administrativa, mostrando a todos que a responsabilidade do servidor Recepcionista é da mesma grandeza que a do Governador do Estado.

            O Servidor Público a partir de agora tem um compromisso consigo mesmo- o de buscar a qualificação, tornando-se, assim, um PROFISSIONAL DO SERVIÇO PÚBLICO á serviço do público, isto é, da sociedade chamada POVO, Essa relação Servidor-Povo, deve estreitar-se pelo fiel cumprimento das obrigações daquele, ao inteiro dispor deste, que é a única razão da existência desse novo profissional chamado de SERVIDOR PÚBLICO, mais qualificado, respeitado e respeitador, partícipe da construção da nova mentalidade de “ trabalhar e produzir sorrindo “, satisfeito consigo mesmo e com o que faz, atendendo aos que o procuram e sendo bem atendido quando precisar ser atendido.

            A quebra do antigo paradigma de que o serviço público garante somente a estabilidade funcional e a remuneração ao final de cada mês e nada mais, deve ser abolido como instância finita de uma carreira profissional. Deve o postulante ao serviço público, conscientizar-se de que seus talentos e conhecimentos serão trabalhados a fim de que, ajustados à máquina administrativo, tornem-se um elo dessa corrente produtiva. Àqueles já integrantes ou integrados no serviço público, devem a partir de agora, despertar da letargia a que foram submetidos e partir para um no aprendizado, uma nova qualificação de seu potencial de conhecimentos, saberes e sabedoria, dividindo-os com todos para que haja multiplicação de resultados em favor da sociedade.

            É preciso que nos lembremos de que somos companheiros nessa jornada e colegas de profissão, independentemente da especialização de cada um, pois nosso empregador é único e nosso mister é servir a sociedade. Nessa relação de convivência diária deve prevalecer a empatia, onde todos buscamos colocarmo-nos um a serviço do outro e todos a serviço do Estado. Nesse relacionamento de serviço público,  nossas qualificações profissionais perdem o sentido pessoal do “ o que eu sou “ para imbuir-se do “quem eu sou” neste momento em que desenvolvo minhas atividades no serviço público. A hierarquia é necessária para que haja ordem e comando, mas nunca deve haver subordinação pessoal, isto é, prevalecer-se do cargo ou função para submeter o servidor imediatamente inferior na escala hierárquica, à submissão pela frase tão estupidamente esbravejada pelo déspota travestido de autoridade – “ você sabe com quem está falando “ ou “ faça isto ou aquilo porque estou mandando “.

            Sempre disse e muitas vezes  escrevi sobre o serviço público e,particularmente, sobre o servidor público, tentando chamá-lo a real importância de sua presença no serviço público como coadjuvante do desenvolvimento do Estado e do crescimento social emprestado à sociedade. O servidor público tem de conscientizar-se de que o Estado precisa do seu Patrimônio Intelectual para somar-se a tantos outros e assim formar uma rede de profissionais capazes e competentes, e acima de tudo, responsáveis pelo desenvolvimento econômico e social da sociedade.

            Em alguns momentos deste artigo citei o artigo “ nós “ servidores, incluindo-me na categoria por que estou no serviço público há três meses de 2015, a serviço na Rádio Difusora do Estado do Amapá; servi 17 anos na extinta Legião Brasileira de Assistência – LBA, de 1960 a 1977; no Tribunal de Justiça do Amapá, 4 anos, de 1991 a 1994; mais 4 anos na SEMA, de 2003 a 2006, totalizando 25 anos e três meses de serviço público. Logo, não mais um na classe, sou um que continua  aprendendo e dividindo conhecimentos e sabedoria, o que torna-me orgulhoso do que sou e não do que tenho.

Para reflexão semanal : Disse Davi à Golias- “ tamanho é diferença, mas o que nos torna diferentes e o conhecimento e a sabedoria “.



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