DE TUDO UM POUCO
Nº 9/2015
EM BUSCA DO “HOMO
PROFISSIONALIS” PÚBLICO
Parece não haver nada tão importante
para a definição do panorama sócio-econômico de um País, quanto a participação
do elemento humano.
A química do desenvolvimento, com
todos os seus sub-produtos, não poderia ser descrita somente em termos de
investimento ou de matéria-prima – não há dúvida de que esses elementos pouco
representariam, se da fórmula não participasse uma boa dose de gente capaz.
Também não é preciso recorrer-se ao
tecnicismo terminológico do “ economês “, para saber-se que o Amapá tem
urgência em formar mão-de-obra qualificada. Para este fim, muita gente dedica o
seu trabalho, muito dinheiro se emprega, muitos projetos se executam em todo o
Amapá. E o resultado?
Especificamente, hoje, o Governo do
Estado do Amapá lança oficialmente a AGENDA DO SERVIDOR, que é considerado o
Norte da Administração Pública, dando ênfase a qualificação do Servidor Público
em todos os níveis da hierarquia administrativa, mostrando a todos que a
responsabilidade do servidor Recepcionista é da mesma grandeza que a do
Governador do Estado.
O Servidor Público a partir de agora
tem um compromisso consigo mesmo- o de buscar a qualificação, tornando-se,
assim, um PROFISSIONAL DO SERVIÇO PÚBLICO á serviço do público, isto é, da
sociedade chamada POVO, Essa relação Servidor-Povo, deve estreitar-se pelo fiel
cumprimento das obrigações daquele, ao inteiro dispor deste, que é a única
razão da existência desse novo profissional chamado de SERVIDOR PÚBLICO, mais
qualificado, respeitado e respeitador, partícipe da construção da nova
mentalidade de “ trabalhar e produzir sorrindo “, satisfeito consigo mesmo e
com o que faz, atendendo aos que o procuram e sendo bem atendido quando
precisar ser atendido.
A quebra do antigo paradigma de que
o serviço público garante somente a estabilidade funcional e a remuneração ao
final de cada mês e nada mais, deve ser abolido como instância finita de uma
carreira profissional. Deve o postulante ao serviço público, conscientizar-se
de que seus talentos e conhecimentos serão trabalhados a fim de que, ajustados
à máquina administrativo, tornem-se um elo dessa corrente produtiva. Àqueles já
integrantes ou integrados no serviço público, devem a partir de agora,
despertar da letargia a que foram submetidos e partir para um no aprendizado,
uma nova qualificação de seu potencial de conhecimentos, saberes e sabedoria,
dividindo-os com todos para que haja multiplicação de resultados em favor da
sociedade.
É preciso que nos lembremos de que
somos companheiros nessa jornada e colegas de profissão, independentemente da
especialização de cada um, pois nosso empregador é único e nosso mister é
servir a sociedade. Nessa relação de convivência diária deve prevalecer a
empatia, onde todos buscamos colocarmo-nos um a serviço do outro e todos a
serviço do Estado. Nesse relacionamento de serviço público, nossas qualificações profissionais perdem o
sentido pessoal do “ o que eu sou “ para imbuir-se do “quem eu sou” neste
momento em que desenvolvo minhas atividades no serviço público. A hierarquia é
necessária para que haja ordem e comando, mas nunca deve haver subordinação
pessoal, isto é, prevalecer-se do cargo ou função para submeter o servidor
imediatamente inferior na escala hierárquica, à submissão pela frase tão
estupidamente esbravejada pelo déspota travestido de autoridade – “ você sabe
com quem está falando “ ou “ faça isto ou aquilo porque estou mandando “.
Sempre disse e muitas vezes escrevi sobre o serviço público
e,particularmente, sobre o servidor público, tentando chamá-lo a real
importância de sua presença no serviço público como coadjuvante do
desenvolvimento do Estado e do crescimento social emprestado à sociedade. O
servidor público tem de conscientizar-se de que o Estado precisa do seu
Patrimônio Intelectual para somar-se a tantos outros e assim formar uma rede de
profissionais capazes e competentes, e acima de tudo, responsáveis pelo desenvolvimento
econômico e social da sociedade.
Em alguns momentos deste artigo
citei o artigo “ nós “ servidores, incluindo-me na categoria por que estou no
serviço público há três meses de 2015, a serviço na Rádio Difusora do Estado do
Amapá; servi 17 anos na extinta Legião Brasileira de Assistência – LBA, de 1960
a 1977; no Tribunal de Justiça do Amapá, 4 anos, de 1991 a 1994; mais 4 anos na
SEMA, de 2003 a 2006, totalizando 25 anos e três meses de serviço público.
Logo, não mais um na classe, sou um que continua aprendendo e dividindo conhecimentos e sabedoria,
o que torna-me orgulhoso do que sou e não do que tenho.
Para reflexão semanal : Disse Davi à
Golias- “ tamanho é diferença, mas o que nos torna diferentes e o conhecimento e
a sabedoria “.
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