Judiciário e Ministério
Público prosseguem na formação de agentes de círculos restaurativos
DA EDITORIA
A Central de Mediação,
Conciliação e Práticas Restaurativas, integrada por equipes multiprofissionais
do Juizado de Violência Doméstica, da Vara da Infância e Juventude de Macapá e
Santana, e também do Ministério Público, iniciou nesta segunda (23), o 3º
módulo curso de formação de agentes de círculos restaurativos.
A qualificação acontece na
Escola Judicial do Amapá (EJAP) até sexta-feira (27) pela manhã e tarde. No
módulo serão avaliados os passos que os participantes das formações anteriores
deram, quanto à aplicação do aprendizado e os efeitos produzidos, além de
estudos direcionados com o objetivo de corrigir os rumos futuros.
De acordo com a juíza Michelle
Farias, da Vara de Violência Doméstica de Santana, o momento é de revisão das
estratégias utilizadas. “Os facilitadores que participaram anteriormente dos
cursos de capacitação foram convidados para essa etapa, com o propósito de colocar
em comum suas experiências, o que foi positivo, e, sobretudo, as dificuldades
nos círculos já realizados”.
Nesta 3ª fase do projeto
“Círculos Restaurativos: reconstruindo afetos, pacificando relações
familiares”, participam agentes de secretarias estaduais e municipais,
profissionais da rede de enfrentamento à violência familiar, delegacia de crime
contra a mulher, polícia militar, pastoral carcerária, hospital São Camilo,
Casa Betânia, voluntários e outras entidades.
Especialista na área, a
palestrante Violeta Daou destacou a necessidade de capacitação de facilitadores
e afirmou que “a atualização sempre traz bons resultados”. Reforçou, ainda, que
os alunos que fizeram as etapas anteriores passarão por uma revisão dos
atendimentos que já realizaram e, dessa forma, chegar-se ao aprimoramento dos
trabalhos.
O projeto Círculo Restaurativo
é uma prática integrada ao Direito que pode ser aplicada em diversas áreas. A
palestrante, Vânia Yasbek, destacou essa abrangência. “O método pode ser
aplicado tanto em casa, nas relações intrafamiliares, na prevenção de casos
onde a situação de violência ocorre com frequência; no local de trabalho; no
âmbito escolar; todos podem se envolver, como se percebe nas pessoas das
diversas entidades que estão em busca desse conhecimento, sendo mais um agente
pacificador”.
Todo esse esforço é resultado
de acordo firmado entre a Justiça do Amapá e o Ministério Público para a
implantação do projeto. “Essa parceria tem sido bastante produtiva, sobretudo,
com a disseminação da cultura de paz por meio desse instrumento chamado
círculos restaurativos”, garante a promotora de Justiça Silva Canela.
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