segunda-feira, 13 de abril de 2015

EDITORIAL




Os ratos de luxo


Mais uma vez uma semana se passa com o desfile do desfecho de escândalos petistas. Na berlinda ainda a “Operação Lava Jato”, que colocou a Petrobrás negativamente no topo dos noticiários do mundo inteiro. De uma hora para a outra, a empresa mais rentável e segura do País em termos de ações transformou-se em uma “canoa furada” evitada por investidores mundo afora.

Para dona Dilma, a Petrobrás continua firme e forte e vai continuar assim, pois, segundo ela, o que tinha que ser cortado lá dentro já foi e quem tinha que ser banido, também já foi. Será??? O pronunciamento cansado e de uma nota só foi feito durante a entrega de casas do Programa Minha Casa Minha Vida na Baixada Fluminense. A “presidenta”, como gosta de ser chamada discursou para a classe média baixa que está acostumada a votar no PT em troca desse tipo de benefício, o paternalismo assistencialista bem à maneira do Partido dos Trabalhadores. A prática foi inaugurada por Lula que descobriu no “dando que se recebe” a melhor maneira de se manter no poder. E lá se vão 16 anos no governo às custas de bolsa isso e aquilo.

O PT especializou-se em formar uma legião de preguiçosos prontos a retribuir favores com votos. É uma forma nova de “voto do cabresto”. O eleitor se vê obrigado a votar porque algo lhe foi dado e ele melhorou de vida sem ter que fazer nada, apenas tem que digitar o 13 no dia da eleição. E assim tem sido feito e tome PT e tome “mensalão”, “propinoduto”, dinheiro na cueca, “petrolão” e tantos afins que a memória já não comporta.

O que fazer? CPI? Que nada, mera formalidade. Comissões parlamentares de inquérito no Brasil podem ser definidas assim: Um grupo de deputados faz de conta que investiga, outro grupo faz de conta que é investigado. Todo dia se faz de conta que se interroga e os interrogados fazem de conta que respondem. A opinião pública faz de conta que acredita e no fim das contas não haverá provas para condenar ninguém. Bom, digamos que quando fica na muito na vista se pega um ou dois “bois de piranha” para o sacrifício e pronto, se fez justiça sobre os “zilhões” surrupiados.


Enquanto isso tudo é espetáculo. Interrogar e depor em CPI é vitrine para promoção. Tudo bem que para uns é mais positiva que para os outros. Mas todos querem os holofotes. Até mesmo os ratinhos jogados na sessão que ouviu um dos homens fortes do PT. O autor do ato de protesto foi um funcionário da Câmara já demitido por conta disso. E como tudo é absoluto glamour, os ratos não eram quaisquer roedores vagabundos de esgoto não. A repórter global se preocupou até mesmo em detalhar do que se tratava os bichos. Não eram simples ratos, eram hamsters e um ratinho da Mongólia. Coisa chique... afinal, no meio de tanto glamour não ficaria bem para um rato comum aparecer ao lado de tantas excelências. Os ratos tinham que ser de luxo.

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