Os ratos de luxo
Mais uma vez uma semana
se passa com o desfile do desfecho de escândalos petistas. Na berlinda ainda a
“Operação Lava Jato”, que colocou a Petrobrás negativamente no topo dos
noticiários do mundo inteiro. De uma hora para a outra, a empresa mais rentável
e segura do País em termos de ações transformou-se em uma “canoa furada”
evitada por investidores mundo afora.
Para dona Dilma, a
Petrobrás continua firme e forte e vai continuar assim, pois, segundo ela, o
que tinha que ser cortado lá dentro já foi e quem tinha que ser banido, também
já foi. Será??? O pronunciamento cansado e de uma nota só foi feito durante a
entrega de casas do Programa Minha Casa Minha Vida na Baixada Fluminense. A
“presidenta”, como gosta de ser chamada discursou para a classe média baixa que
está acostumada a votar no PT em troca desse tipo de benefício, o paternalismo
assistencialista bem à maneira do Partido dos Trabalhadores. A prática foi
inaugurada por Lula que descobriu no “dando que se recebe” a melhor maneira de
se manter no poder. E lá se vão 16 anos no governo às custas de bolsa isso e
aquilo.
O PT especializou-se em
formar uma legião de preguiçosos prontos a retribuir favores com votos. É uma
forma nova de “voto do cabresto”. O eleitor se vê obrigado a votar porque algo
lhe foi dado e ele melhorou de vida sem ter que fazer nada, apenas tem que
digitar o 13 no dia da eleição. E assim tem sido feito e tome PT e tome
“mensalão”, “propinoduto”, dinheiro na cueca, “petrolão” e tantos afins que a
memória já não comporta.
O que fazer? CPI? Que
nada, mera formalidade. Comissões parlamentares de inquérito no Brasil podem
ser definidas assim: Um grupo de deputados faz de conta que investiga, outro
grupo faz de conta que é investigado. Todo dia se faz de conta que se interroga
e os interrogados fazem de conta que respondem. A opinião pública faz de conta
que acredita e no fim das contas não haverá provas para condenar ninguém. Bom,
digamos que quando fica na muito na vista se pega um ou dois “bois de piranha”
para o sacrifício e pronto, se fez justiça sobre os “zilhões” surrupiados.
Enquanto isso tudo é
espetáculo. Interrogar e depor em CPI é vitrine para promoção. Tudo bem que
para uns é mais positiva que para os outros. Mas todos querem os holofotes. Até
mesmo os ratinhos jogados na sessão que ouviu um dos homens fortes do PT. O
autor do ato de protesto foi um funcionário da Câmara já demitido por conta
disso. E como tudo é absoluto glamour, os ratos não eram quaisquer roedores
vagabundos de esgoto não. A repórter global se preocupou até mesmo em detalhar
do que se tratava os bichos. Não eram simples ratos, eram hamsters e um ratinho
da Mongólia. Coisa chique... afinal, no meio de tanto glamour não ficaria bem
para um rato comum aparecer ao lado de tantas excelências. Os ratos tinham que
ser de luxo.
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