CFM
DENUNCIA PRECARIZAÇÃO E CRISE NAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS 1
Retornamos ao assunto da precarização do setor de saúde e do
SUS que foi tema de artigo no mês de fevereiro/2015. Decorrente das medidas tomadas pelo governo
federal, contrariando os discursos anunciadas em campanha, as perdas de garantias
trabalhistas, através de alterações de direitos constitucionais já consagrados
na CLT, repercute diretamente em perdas para a classe trabalhadora.
Numa análise conjuntural, as alterações atingem a grande
massa trabalhadora, mas também repercute nas classes e profissionais mais
qualificados, profissionais liberais e servidores públicos de saúde. No setor
da saúde as medidas atingem desde a atenção básica, com redução das verbas
orçamentárias, até as áreas de média e alta complexidade, como as urgências e
emergências.
Tratando desse setor o Conselho Federal de Medicina- CFM, no
final de 2014, emitiu duas resoluções de números 2.077/14 e 2.079/14, que
exigem dos gestores a garantia de melhoria nas urgências e emergências, leitos
para pacientes internados, inclusive na UTIs, regulamenta a classificação de
risco na admissão dos pacientes nos pronto-socorros e tece regras e normas aos
profissionais médicos no acompanhamento e evolução dos pacientes graves dentro
da rede pública.
A grande questão da execução dessas resoluções é justamente o
problema da precarização dos serviços de saúde e do SUS, pois o que adianta o
órgão fiscalizador exigir dos Médicos e da equipe de saúde o pronto-atendimento
dos pacientes graves e internados, se a gestão pública estatal não viabiliza e
nem dá as condições necessárias e a infraestrutura para uma assistência eficaz
e de qualidade! Que adianta normatizar e estabelecer fluxos, se a administração
pública se omite e reduz cada vez mais os recursos para essas áreas em crise!!
É justamente esse o
conteúdo do relatório do CFM que trata da crise porque passa a Medicina de
Urgência e Emergência no Brasil, onde analisa os vários fatores que determinam
as carências no setor, entre os quais: 1. Dificuldade dos pacientes ao acesso
primário de assistência médica; 2. Grande número de encaminhamentos para
hospitais de referência; 3. Atendimento Pré-Hospitalar; 4. Atendimento
Hospitalar de Urgência. 23/4/15
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Combate a Dengue
Poder
público e cidadãos juntos contra a ‘endemia’
Reinaldo Coelho
Fumacês e borrifadores de inseticida estão espalhados por
todo o Amapá, o motivo? Enfrentar um dos maiores inimigos dos últimos tempos, o
mosquito da dengue e seu primo o chikungunya. O estado segue em alerta, com
epidemias em algumas regiões.
O município do Oiapoque tem 1.911 pessoas contaminadas com o
vírus da febre chikungunya no município de Oiapoque, a 590 quilômetros de
Macapá. O número corresponde ao período entre setembro de 2014, quando foi
detectado o primeiro caso interno do vírus na cidade, até 21 de fevereiro de
2015, quase todos os moradores já foram diagnosticados com a doença, inclusive
os profissionais da saúde.
Macapá teve 123 casos confirmados de dengue nos três
primeiros meses de 2015, um aumento de 300% em comparação ao mesmo período de
2014 que registro 35 casos, de acordo com o relatório preliminar da Secretaria
Municipal de Saúde (SEMSA), esse aumento se deve a procura pelas unidades de
saúde do município.
Essa procura, de acordo com a SEMSA, se deve a divulgação do
surto da febre chikungunya no extremo norte do Amapá, que também é transmitida
pelo mosquito causador da dengue, o Aedes aegypti, isso fez a população da
capital se conscientizar sobre a importância do tratamento da doença.
A partir dessa constatação a rede municipal de saúde através
dos agentes de endemia têm entregado panfletos para a população e orientado a
procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS), caso sinta febre ou dor de cabeça.
Mais Lixo mais dengue
Outro fator é a sujeira na cidade que persiste sendo a causa
da proliferação do mosquito. Segundo o município, as ações de limpeza foram
retomadas. Os trabalhos iniciaram no Bairro Novo Horizonte, na Zona Norte, e
devem se estender para outras áreas da capital.
Lixo é responsável por quase metade da infestação da dengue
em Macapá, os dados do município apontam que 47% dos criadouros estão no lixo
doméstico. Prefeitura diz que vai intensificar ações em bairros com risco de
infestação, a exemplo de garrafas plásticas. Porém se faz necessário a
colaboração, que é essencial, dos macapaenses.
Além de evitar o acumulo de lixo nos quintais, fiscalizar sua
rua e procurar detectar possíveis criadouros e denunciar a Vigilância municipal
ou estadual. As lixeiras viciadas são outro ponto nevrálgico dessa luta. O
município recolhe e o cidadão logo em seguida cumula o lixo.
Outro fator responsável pela infestação do mosquito, que é o
abandono de pneus em borracharias, correspondendo a 20% dos criadouros na
capital amapaense. O LIRAa ainda apontou que dos 58 bairros visitados em
Macapá, 38 apresentaram resultado de baixo risco para infestação do mosquito
Aedes aegypti. Doze bairros receberam
avaliação de médio risco, e oito de alto risco de infestação.
De acordo com o diretor da Vigilância Sanitária de Macapá,
Josean Silva, já foi traçado estratégias para combater o mosquito, transmissor
da dengue e chikungunya. Uma ação será realizada nos bairros com maiores
índices de casos com apoio do Exército Brasileiro e da Defesa Civil do Estado.
"Vamos
intensificar os trabalhos de conscientização com a população porque a maioria
dos criadouros está no próprio quintal do morador. A partir da metade da
segunda quinzena de janeiro vamos partir para os bairros com maiores
infestações", disse Silva.
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