Proposta cria cotas para candidatos negros em concursos públicos
Reinaldo Coelho
As
cotas para negros em universidades e agora em concursos públicos federais já é
lei, pois foi aprovado pela Câmara e Senado Federal e foi sancionada pela
presidente Dilma Rousseff.
A
lei federal nº 12.990/14, reserva aos negros 20% das vagas oferecidas nos
concursos públicos Federais. A norma terá vigência pelo prazo de 10 anos.
O
Amapá estará participando do movimento através da iniciativa da deputada
estadual pedetista Marilia Góes. Atualmente, quatro estados têm leis que reservam
vagas para candidatos negros. Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato
Grosso do Sul têm cotas em seus concursos, e alguns incluem vagas para
indígenas.
No
Estado do Amapá a iniciativa também reserva 20% de vagas para negros em
concurso público através do Projeto de Lei Ordinária nº. 0109/15-AL – Dispõe
sobre a reserva de vagas às pessoas de etnia negra ou parda de 20% (vinte por
cento) das vagas oferecidas nos concursos pública para provimento de cargos
efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública estadual, das
autarquias, das fundações públicas, das empresas públicos e das sociedades de
economia mista, controladas pelo Estado –.
Trâmite
A
proposta foi lida em plenário na última quarta-feira (13) após passar nas
comissões que emitiram parecer sobre a legalidade do texto e está incluído em
pauta da 38ª sessão Ordinária do dia 18/05/2015 - Segunda-feira.
A
parlamentar Marilia Góes justificou o projeto falando sobre o índice da parcela
da população amapaense autodeclarada negra, e pela prática do sistema de cotas
em universidades públicas no Estado.
"Pressupõe que diversas outras ações
fomentadas pelo Estatuto da Igualdade Racial, algumas já implantadas, como é o
caso da reserva de vagas em universidades do Estado, impactarão também no
ingresso de negros pela ampla concorrência constituindo a reserva de vagas
propostas, um avanço significativo, na efetivação da igualdade de oportunidade
entre as raças, garantindo que os quadros do poder executivo estadual reflitam
de forma mais realista, a diversidade racial existente na população amapaense",
justificou a deputada, no referido projeto de lei.
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