sexta-feira, 8 de maio de 2015

Infraero II e Parque dos Buritis

INFRAEREO II
PARQUE DOS BURITIS
Infraero II e Parque dos Buritis
Vizinhos dividem o mesmo problema: DESCASO

 Eu gostaria de saber onde está o prefeito Clécio, esse moço nos prometeu melhorias, queríamos que ele executasse ao menos um pouco do que prometeu, já seria menos mal. Prefeito venha dar uma olhada na Zona Norte de Macapá e principalmente mostrar serviço...” – Dona Jurema Anaice, de 77 anos, aposentada pelo INSS.




Reinaldo Coelho
Da Editoria

O macapaense está cantando assim:
(Postado por: Alcinéa Cavalcante em 20/04/2014)

Era uma rua muito engraçada
que de asfalto não tinha nada
Ninguém podia andar nela não
Porque buraco tinha um montão
Ninguém podia dirigir ali
Porque o carro ia sumir
Mas era feita com muito esmero
Pelos políticos do Marco Zero



Todos os anos, com o período chuvoso, as ruas e avenidas em situação precária na capital amapaense ficam ainda pior. Os buracos, às vezes pequenos, com as chuvas e o tráfego intenso, se transformam em “crateras”. O resultado da falta de infraestrutura urbana é o aumento do prejuízo para os sofridos motoristas.
Trânsito caótico, ruas esburacadas e desprovidas de iluminação pública, insegurança, enfim, estamos todos os dias aumentando o estresse, nervosismo, ansiedade, infartos, hipertensão e, outros males causados pela festa da "fartura" de tudo nas vias de Macapá.
A universitária Luandra Valmor teve, no início deste ano, um prejuízo de R$ 400 reais, com o pneu do carro estourado devido a um buraco em uma das principais avenidas de Macapá. “Meu namorado estava com o carro na Avenida Ataíde Teive e havia um buraco no meio da rua, coberto com água. Não havia como perceber se era um buraco, então ele passou o pneu do carro estourou. A ‘cratera’ ainda entortou a roda”, comentou a universitária.
A biomédica Ivani Furtado também sofreu prejuízos com a situação precária das ruas de Macapá. “Não dava para ver que tinha um buraco porque a rua estava alagada. O prejuízo foi alto, por volta de uns R$ 600 reais em peças, mais a mão de obra do mecânico”, afirmou a jornalista.
Esses relatos são constantes e inúmeros, Macapá está abandonada e os macapaenses pedem socorro ao gestor municipal. Nem os ‘tapa buracos’ têm funcionado, pois o material asfáltico usado é de péssima qualidade, mal são colocados e logo são dissolvidos pelas águas da chuva, é o famoso “sonrisal”. Porém, se os moradores dos bairros considerados centrais estão a reclamar, imagine a situação dos moradores dos setores periféricos.

Bairros Periféricos

Prefeito de Macapá não tem dado atenção aos bairros que ficam longe do centro. A prova disso são os bairros da Zona Norte de Macapá. Na semana passada demos uma olhada nos bairros Renascer I, II e Pantanal (leia na edição 453 – ou acesse www.tribunaamapaense.blogspot.com). Esta semana fomos aos bairros Infraero II e Parques dos Buritis, esses dois bairros são interligados pelas próprias avenidas e sofrem da mesma doença crônica, a falta de trafegabilidade, seja no verão ou no inverno.
Dona Jurema Anaice, de 87 anos, aposentada pelo INSS, e que ajuda a criar os netos, diz que pela idade não consegue se equilibrar sobre as tábuas colocadas sobre os piscinões que se transformaram as vias do seu bairro – o Parque dos Buritis. “Eu gostaria de saber onde está o prefeito Clécio, esse moço nos prometeu melhorias, queríamos que ele executasse ao menos um pouco do que prometeu, já seria menos mal. Prefeito venha dar uma olhada na Zona Norte de Macapá e principalmente mostrar serviço”.




Convênio Eleitoreiro



O convênio entre a prefeitura e a gestão estadual do ex-governador Camilo Capiberibe, para a recuperação asfáltica de ruas e avenidas de mais de 30 bairros, foi interrompido automaticamente, quando saiu o resultado das eleições de 2014.
De acordo com o convênio – seriam mais de 150 km de artérias pavimentadas, cujos trabalhos aguardam somente o cessar das chuvas. Agosto seria o tempo da Operação Verão, garantindo a execução do Plano de Mobilidade Urbana promovido pelas duas esferas governamentais.
O convênio assinado tinha o valor de pouco mais de R$ 27 milhões, que garantiriam um total superior a 50 km de vias recuperadas, compreendendo serviços de terraplenagem, pavimentação e drenagem.
Entre os bairros contemplados estavam Brasil Novo, Beirol, Buritizal, Congós, Infraero II, Jardim Felicidade, Laurindo Banha, Marabaixo III, Muca, Novo Buritizal, Perpétuo Socorro, Zerão, Pacoval, Trem e Cuba de Asfalto. E o que se está vendo, nove meses depois, é que os serviços foram “abortados”.





Bairro Infraero II

Rua Carlos Lins Cortez, principal corredor do bairro é a pior possível.

Rua Carlos Lins Cortez, principal corredor do bairro é a pior possível.

TERMINAL IMPROVISADO

TERMINAL ABANDONADO 

A situação no Bairro Infraero II, na Rua Carlos Lins Cortez, principal corredor do bairro é a pior possível. – A rua está tão esburacada que, apesar de ter colocado ônibus novos para atender o bairro, a empresa Siãothur tem contabilizado inúmeros prejuízos e a quebra quase diária de veículos. O trajeto total da linha que ocorria entre 1h50min às 2h, agora está demorando até 3 horas para ser concluído.
O terminal construído para atender os usuários de coletivos está abandonado e servindo de covil para a bandidagem. Os passageiros utilizam um comércio da Ilha Mirim para abrigo.
De acordo com o senhor Ronaldo Augusto dos Santos, 55 anos, morador a 12 anos e vizinho do terminal afirma que o mesmo funcionou durante 3 anos, foi abandonado e hoje funciona na Ilha Mirim.
Infelizmente o Infraero II se encontra na mesma condição do restante da cidade, é vergonhosa a situação, ruas esburacadas e muita sujeira nas ruas”, define o morador Nielsen Rodrigues.
Já Elzo Netto define que “Bairro muito bom pra se morar! Porém a Avenida Carlos Lins Cortes, que é a principal do bairro está uma buraqueira só! De resto, temos lojas, mercados... Não precisa ir ao Centro para fazer as coisas”.


Parque dos Buritis


Rua Alice Nascimento Pimentel



Os moradores do Bairro Parque dos Buritis, localizado na Zona Norte da capital, passam por um verdadeiro tormento para se locomoverem. Com o estado precário das vias, problemas de diversas naturezas afligem os moradores.

Rua Maria de Fátima Picanço
A principal delas é a falta de transporte coletivo. Por conta das ruas intrafegáveis, estudantes e trabalhadores caminham até o bairro vizinho, Infraero II, para pegarem ônibus. “Caminho muito para poder ir ao meu trabalho, que fica no centro. Andar pelo nosso bairro é muito difícil, pois quase todas as ruas estão alagadas, com buracos ou cheias de mato. Quase nenhum carro tem acesso”, reclama a vendedora Alice Santana.

Rua Santarem
Outro problema dos moradores é com referência a iluminação pública no bairro –, a maioria sem lâmpadas ou queimadas, favorecendo os assaltos aos moradores que chegam das escolas e universidades. As mulheres são as principais vítimas desses atos, muitas já foram até estupradas.
No terminal do Infraereo II é perigoso você chegar tarde da noite, pois não tem policiamento, esta às escuras e os assaltantes proliferam”, reclama Luiz Pedro Vasques, aluno do IFAP.


x


Doenças causadas pelas vias esburacadas
Essa situação de abandono das vias de Macapá repercute na vida do cidadão macapaense. O prejuízo financeiro causado pela incompetência dos auxiliares e do próprio prefeito Clécio Luís, em executar o mínimo que é necessário para administrar a cidade, está causando problemas de saúde nos munícipes.
Além do estresse sofrido, por quem enfrenta um trânsito pesado a semana inteira, e tem que dirigir todos os dias em ruas cheias de ondulações e buracos, faz mal à saúde. O motorista que faz esse verdadeiro rali pela cidade pode sofrer graves problemas físicos, principalmente na coluna. Além deles, os passageiros de ônibus também se expõem a esses riscos, por causa do asfalto sem manutenção.
O diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET), Dirceu Rodrigues Alves Jr., explica em uma entrevista, na TV Bandeirantes, que "A vibração de corpo inteiro recai mais sobre a coluna vertebral, que é o eixo do corpo, fazendo com que a as vértebras se toquem, comprimam o disco intervertebral, e isso leva a um desgaste dessa coluna, produzindo artrose, bico de papagaio e hérnia de disco", explicou o diretor da ABRAMET.
Esse é outro ponto crítico da falta de conservação das vias urbanas de Macapá, a saúde do trabalhador do transporte coletivo, mototaxistas e motoristas em geral. O prefeito de Macapá deveria ser alertado que ele contribui para os acidentes de trânsito e pela saúde do seu eleitor.




Alto risco de infestação pela dengue na Zona Norte

De acordo com o relatório do segundo ciclo do Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo ‘Aedes aegypti’ (LIRAa) – divulgado no fim de março, elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA). A Zona Norte continua classificada como alto risco para infestação. De acordo com o levantamento, dos 58 bairros visitados 42 apresentaram baixo e médio risco de infestação do mosquito, que é transmissor tanto da dengue como da febre chikungunya. O relatório apontou que 50% dos criadouros estão no lixo domiciliar e outros resíduos sólidos, como garrafas PET. Com base nessas informações, as ações de combate e controle foram intensificadas em bairros da Zona Norte, como Morada das Palmeiras, Parque dos Buritis. Haverá também ações no cemitério São José, no Bairro Santa Rita, onde serão feitas a eliminação de criadouros, borrifação e busca ativa de larvas. O que tem assustado os moradores!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...