Integração é a
solução?
No
último encontro do governo do Estado com os prefeitos do Amapá, no chamado
Fórum das Cidades, ato que encerrou as discussões do Plano Plurianual
Interativo com a comunidade, ficou estabelecido, numa carta compromisso, onze
metas a serem cumpridas. A criação da Secretaria de Estado do Desenvolvimento
das Cidades foi uma dessas metas. Esse ato denota a preocupação do governador
Waldez Góes com o desenvolvimento das cidades a partir da elaboração de um
planejamento sócio econômico integrado com as necessidades das sedes municipais
e seus interiores. É o Estado em busca do desenvolvimento nos municípios também.
A
Amazônia é urbana. É fato. O professor Antônio Tostes já havia feito essa
constatação desde sua ida a Manaus, capital do Amazonas, quando lá participara
de um encontro de criação do Conselho Nacional de Arquitetura. O Amapá nesse
contexto. No último artigo do grande mestre Antônio Tostes ele assevera que 60%
da população do Estado reside em Macapá. Os motivos do êxodo intenso não é
outro senão a falta de infraestrutura dos interiores da Amazônia. Falta
planejamento, senhoras e senhores.
Dentro
da lógica de raciocínio da falta de planejamento, falta planejadores e em
muitos casos falta vontade política do prefeito de priorizar a sua comunidade.
A falta de técnicos nos município, aliado aos parcos orçamentos são sim também
motivo para que exista essa inapetência ao planejamento dos municípios, porém a
integração proposta no Fórum das Cidades dará aos prefeitos a oportunidade de
fazer a “interface” com a Secretaria de Desenvolvimento das Cidades para trazer
para esse ambiente suas necessidades e elaborar os projetos necessários para
solucionar, planejadamente, os problemas.
O
assunto Pacto Federativo cabe bem nesse contexto. É fato que os municípios
foram fragorosamente prejudicados nessa visão centralizadora do governo federal
na distribuição da riqueza nacional, porém foi generosa na distribuição de
obrigações. No entanto um prefeito bem articulado com a bancada federal e com
essa possibilidade de interlocução com Estado no sentido da elaboração dos
projetos técnicos para captação de recursos federais, se não solucionar 100% a
questão, com certeza será um grande avanço.
O
governador Waldez Góes em que pese a nebulosa atmosfera que vivencia o País e o
Amapá por ser um Estado pobre, sente muito mais a crise econômica instalada no
Brasil, vem dentro do possível e do impossível cumprindo o que prometeu em
campanha. Cuidar bem das pessoas e das cidades. Essa uma decisão de governo
importante, deixa claro aos municípios que podem contar com o Estado, afinal o
Estado existe porque os municípios o formam. Nada mais justo dar esse
equilíbrio ao Amapá, descentralizar as ações e permitir que o nosso cidadão do interlã
fique na sua localidade e que não migre para a capital por absoluta necessidade
– saúde/educação – principalmente. Não demora e o Amapá inverte essa lógica. Eu
creio na competência e vontade política desse governo.
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