sexta-feira, 26 de junho de 2015

ATLETA DE PONTA








“A partir de quando comecei a praticar o ciclismo, dali surgiu uma paixão, e eu já não conseguia mais ficar sem as corridas. Vi que era possível ir de bike para onde eu quisesse. Porém o que mais me marcou, foram as pessoas que ali estão: a humildade delas está sendo o meu combustível. Ganhei muitos amigos, admiradores e incentivadores”.





Jadson Abreu de Alencar – Ciclista




Reinaldo Coelho

Qual o sabor da vitória? Ela existe em todos os momentos do dia: pequenas, grandes e fantásticas. As pequenas estão nas nossas conquistas diárias, de conseguir sucesso nas pequenas coisas como, por exemplo, fechar um bom contrato ou conseguir um elogio. As grandes costumam vir na forma prática de conseguir um grande emprego ou uma promoção. Alguns dizem que é uma sensação passageira, não acho. Mesmo as pequenas conquistas costumam vir de forma natural. E marcam.

Quando pensamos em algo maior que isso, imaginamos um atleta ganhando uma medalha em um evento desportivo. Gosto da ideia de pensar que aquele que subiu no pódio lutou muito para chegar lá. Conforta-me saber que dedicação e suor foram os instrumentos para a conquista de um título. Os vitoriosos construíram histórias de sucesso baseadas em disciplina, dedicação e além de tudo: perseverança. São gênios por isso. Esse é o real sentido da vitória: colher grandiosamente aquilo que plantou.

O ciclista Jadson Abreu de Alencar (15 anos) vem descobrindo essa máxima na iniciante trajetória dentro do ciclismo amapaense, dentro da categoria juvenil. “Eu comecei este ano a praticar o ciclismo, fui convidado por um amigo e passei a gostar e logo comecei a disputar os eventos estaduais e em seguida fui para eventos regionais e comecei a medalhar”.


O atleta do pedal, Jadson Abreu, pratica o ciclismo estrada, é um desporto bastante popular no mundo inteiro, disputada em estradas utilizando de bicicletas próprias para a disputa que, no Brasil, são conhecidas por Speed. “Estou disputando o ciclismo pela Equipe Tumucumaque Bikers e tenho o registro nº. 26.26218.15, da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC)”.
Jadson é macapaense, filho de Jackson Kleito de Alencar e Michelle Madureira Abreu, morador do bairro mais tradicional e cultural da capital amapaense, o Bairro do Laguinho. “Estou cursando o 1º ano do Ensino Médio, na Escola Estadual Augusto dos Anjos”.

Trajetória de um iniciante
Mostrando que a nova safra do ciclismo amapaense está com todo o gás, temos mais um macapaense entre os melhores do ciclismo amapaense. Tudo começou em 2015 e nestes seis meses de ciclismo, Jadson Abreu, já conquistou em fevereiro na Categoria Juvenil, da 37ª Corrida Ciclística Antônio Assmar, o 1ª lugar.
Também acabou sendo o momento de maior orgulho da minha vida conquistei um título inédito em todos os sentidos, para mim e quando a ficha caiu, honrei minha equipe e meu Estado”.
E não ficou ai não, pedalou até Belém e abocanhou a VII Copa SEEL de ciclismo –, “Fiquei muito feliz, pois foi uma prova válida pelo ranking nacional, comecei bem a disputa regional”.


Após a vitória no evento paraense o foco passa a ser a 9ª Copa Metropolitana, programada para maio. “Não conquistei o titulo na minha categoria, mas subi no pódio mais uma vez, fiquei em segundo lugar, assim como conquistei o 2° lugar na volta ciclística do Pará, mas somei pontos para o ranking nacional”.

Aprendizado
Tudo na vida começa com um primeiro passo e na bike começa com uma única pedalada. Para o ciclista Jadson Abreu – “A partir de quando comecei a praticar o ciclismo, dali surgiu uma paixão, e eu já não conseguia mais ficar sem as corridas. Vi que era possível ir de bike para onde eu quisesse. Porém o que mais me marcou foram as pessoas que ali estão: a humildade delas está sendo o meu combustível. Ganhei muitos amigos, admiradores e incentivadores”.


Problemas também existem
A falta de patrocínio é o nó crucial na vida de um atleta, em qualquer modalidade. Com o objetivo de trazer mais medalha para no ciclismo, na categoria estrada, o ciclista Jadson Abreu busca patrocínio para poder participar dos eventos estadual, regional e nacional. “Além de ser problemático ficar sem treinar e fixar uma meta para uma disputa e ficar estressado com a preocupação em conseguir recursos para passagens, hospedagem, alimentação, é difícil, isso atrapalha a desempenho do ciclista. Outro problema é a alimentação adequada e a aquisição de suprimentos para garantir a saúde física, isso gera despesas. O meu pai está desempregado e eu não tenho de onde conseguir os recursos. Espero que apareça algum empresário que me ajude”.

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