quinta-feira, 30 de julho de 2015

DE TUDO UM POUCO



PROFISSÃO: PROFESSOR – ATIVIDADE: ENSINAR


Juracy Freitas

Pode parecer estranho o título deste artigo, mas há muito desejava falar sobre ele, até como forma de complementar as várias afirmações e deduções ou interpretações que faz-se a respeito dessa figura emblemática e de sua atividade substantiva.
Preliminarmente desejo expressar minha absoluta contestação sobre a designação dada às Secretarias de Educação, vez que não está em sintonia com seus reais objetivos, tomando-se como raiz a terminologia da palavra “educar”. Ao meu sentir, a nomenclatura mais apropriada seria Secretaria de Coordenação de Ensino, por exemplo.
Ainda lembro da época do curso de alfabetização, em Soure, quando meus pais referiam-se a duas personalidades extremamente importantes na vida das crianças: o padrinho (a), a quem era atribuída a obrigatoriedade da obediência irrestrita, com tomada de bênçãos, conselhos e tudo o mais. Eram como se fossem nossos pais; a outra, o professor (a) a quem fora atribuída a responsabilidade de ensinar-nos, dar-nos conhecimentos técnicos e científicos, aliados aos nossos conhecimentos empíricos e atávicos. Afirmavam que o primeiro professos (a) seria aquele que nós nos lembraríamos para sempre. Sábia previsão, porque lembro até hoje da Professora Maria José, do Grupo Prof. Alexandrino Batista da Silva.
Disse que esse profissional (veja o termo aplicado), pelas muitas qualidades que possui, é uma figura emblemática. Justifico assim para ser coerente com a titulação dada à Secretaria de Ensino: EDUCADOR – Individuo que promove no educando (aluno, discípulo) o desenvolvimento harmônico de sua capacidade física, intelectual e moral. Lembram-se de Jesus, o Messias, que aos seus discípulos ensinava as maravilhas do Evangelho. Esse profissional tem qualificações específicas de atuação no campo da educação completa, particularizando, evidentemente, contemporizar harmonicamente suas aptidões intelectuais empíricas com os ensinamentos a serem ministrados. MESTRE – individuo conhecedor ou perito que ensina. Logo, esse profissional tem que ser detentor de conhecimentos técnicos para que possa ensinar sua arte à alguém: aluno, discípulo, aprendiz.
Trago ao parágrafo, em destaque, o termo PROFESSOR, pelas várias nuances que lhe são pertinentes: 1) – É profissão, identificada pelo Ministério do Trabalho, como o individuo que está tecnicamente preparado para ENSINAR (o Mestre); 2) É Mestre, por que compartilha seus conhecimentos com seus alunos, com seus discípulos; 3) É Artífice, porque usa a técnica e o conhecimento quando da transmissão desses saberes.
Algumas ou muitas pessoas denominam o exercício dessa profissão (Professor) como um SACERDÓCIO, cujo emprego não está diretamente vinculado à profissão, mas indiretamente á atividade por ele exercida, pois é missão nobre, honrosa e muitas vezes sacrificada pelas péssimas condições materiais que lhes são impostas.
Também, arvoro-me a afirmar que não é MISSÃO, vez que o exercício profissional não requer uma diretriz, um objetivo único ou principal, como o do soldado que tem como missão defender a Pátria.
Enfim, também não é VOCAÇÃO, porque não é chamamento pessoal, não escolhemos ser Professor, Educador, Mestre. Mas se essa for a escolha, deve imbuir-se desse privilégio de poder transformar, modificar e preparar futuros cidadãos e cidadãos.
Lembremo-nos dos nossos primeiros Educadores, Professores e Mestres, nossos Pais. Esses sim são os legítimos detentores desse maravilhoso tripé da formação intelectual do Ser Humano.
Eu não exerço a profissão de Educador nem de Professor. Sou CONTADOR profissional, formado em Ciências Contábeis. EU SÓ QUERO ENSINAR, se deixarem, pois não tenho diploma de Mestrado, nem Doutorado.

Para reflexão semanal: “Um discípulo perguntou a Jesus: de onde tens tanto conhecimento? – respondeu-lhe o Mestre – ‘Meu pai deu a mim esse dever – o de ensinar’’.



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