PROFISSÃO: PROFESSOR –
ATIVIDADE: ENSINAR
Juracy Freitas
Pode parecer estranho o
título deste artigo, mas há muito desejava falar sobre ele, até como forma de
complementar as várias afirmações e deduções ou interpretações que faz-se a
respeito dessa figura emblemática e de sua atividade substantiva.
Preliminarmente desejo
expressar minha absoluta contestação sobre a designação dada às Secretarias de
Educação, vez que não está em sintonia com seus reais objetivos, tomando-se
como raiz a terminologia da palavra “educar”. Ao meu sentir, a nomenclatura
mais apropriada seria Secretaria de Coordenação de Ensino, por exemplo.
Ainda lembro da época do
curso de alfabetização, em Soure, quando meus pais referiam-se a duas
personalidades extremamente importantes na vida das crianças: o padrinho (a), a
quem era atribuída a obrigatoriedade da obediência irrestrita, com tomada de
bênçãos, conselhos e tudo o mais. Eram como se fossem nossos pais; a outra, o
professor (a) a quem fora atribuída a responsabilidade de ensinar-nos, dar-nos
conhecimentos técnicos e científicos, aliados aos nossos conhecimentos
empíricos e atávicos. Afirmavam que o primeiro professos (a) seria aquele que
nós nos lembraríamos para sempre. Sábia previsão, porque lembro até hoje da
Professora Maria José, do Grupo Prof. Alexandrino Batista da Silva.
Disse que esse profissional
(veja o termo aplicado), pelas muitas qualidades que possui, é uma figura
emblemática. Justifico assim para ser coerente com a titulação dada à
Secretaria de Ensino: EDUCADOR – Individuo que promove no educando (aluno, discípulo)
o desenvolvimento harmônico de sua capacidade física, intelectual e moral.
Lembram-se de Jesus, o Messias, que aos seus discípulos ensinava as maravilhas
do Evangelho. Esse profissional tem qualificações específicas de atuação no
campo da educação completa, particularizando, evidentemente, contemporizar
harmonicamente suas aptidões intelectuais empíricas com os ensinamentos a serem
ministrados. MESTRE – individuo conhecedor ou perito que ensina. Logo, esse
profissional tem que ser detentor de conhecimentos técnicos para que possa
ensinar sua arte à alguém: aluno, discípulo, aprendiz.
Trago ao parágrafo, em
destaque, o termo PROFESSOR, pelas várias nuances que lhe são pertinentes: 1) –
É profissão, identificada pelo Ministério do Trabalho, como o individuo que
está tecnicamente preparado para ENSINAR (o Mestre); 2) É Mestre, por que
compartilha seus conhecimentos com seus alunos, com seus discípulos; 3) É
Artífice, porque usa a técnica e o conhecimento quando da transmissão desses
saberes.
Algumas ou muitas pessoas
denominam o exercício dessa profissão (Professor) como um SACERDÓCIO, cujo
emprego não está diretamente vinculado à profissão, mas indiretamente á atividade
por ele exercida, pois é missão nobre, honrosa e muitas vezes sacrificada pelas
péssimas condições materiais que lhes são impostas.
Também, arvoro-me a afirmar
que não é MISSÃO, vez que o exercício profissional não requer uma diretriz, um
objetivo único ou principal, como o do soldado que tem como missão defender a
Pátria.
Enfim, também não é VOCAÇÃO,
porque não é chamamento pessoal, não escolhemos ser Professor, Educador,
Mestre. Mas se essa for a escolha, deve imbuir-se desse privilégio de poder
transformar, modificar e preparar futuros cidadãos e cidadãos.
Lembremo-nos dos nossos
primeiros Educadores, Professores e Mestres, nossos Pais. Esses sim são os legítimos
detentores desse maravilhoso tripé da formação intelectual do Ser Humano.
Eu não exerço a profissão de
Educador nem de Professor. Sou CONTADOR profissional, formado em Ciências
Contábeis. EU SÓ QUERO ENSINAR, se deixarem, pois não tenho diploma de Mestrado,
nem Doutorado.
Para
reflexão semanal: “Um discípulo perguntou a Jesus: de onde tens tanto
conhecimento? – respondeu-lhe o Mestre – ‘Meu pai deu a mim esse dever – o de
ensinar’’.
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