Outubro Rosa – Câncer
infantil
Perdi meu anjo para o Senhor
Deus!
— Tio, disse-me ela —, às
vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores… Quando eu
morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de
morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Reinaldo Coelho
O texto acima consta do texto “A
morte explicada por uma criança com câncer terminal”, do Dr. Rogério
Brandão, oncologista que tinha como paciente terminal uma menina de 11 anos. “(...) calejada por dois longos anos de tratamentos
diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos
programas químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar (...)
Lei completa no link http://thesecret.tv.br/2015/03/a-morte-explicada-por-uma-crianca-com-cancer-terminal/
O Câncer não espera, e é silencioso e também é silenciosa sua divulgação
para a sociedade. O câncer já é a principal causa de morte por doença de
adolescentes e crianças com mais de cinco anos. As informações foram divulgadas
ontem pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), que prevê 351.720 novos casos
até o final deste ano. Destes, 9.890 afetarão crianças e adolescentes.
Nestes números temos diversos amapaenses, nem números oficiais temos
para divulgar, pois o óbito em sua maioria está acontecendo fora da Rede de
Saúde do Estado que ainda, infelizmente, não está aparelhado para atender e
tentar salvar nossos anjos desse maleficio.
Oficialmente de acordo com o Ministério da Saúde a perspectiva de vida
da criança com a doença mudou de eixo, passando de 85% de mortalidade para 85%
de chances de cura.
Um dos motivos da melhoria é o diagnóstico precoce. Pois o câncer nessa
faixa etária pode ocorrer por predisposições genéticas e a aquisição de hábitos
menos saudáveis. Mais no Amapá esse diagnostico é demorado e burocrático,
deixando a vida de nossas crianças serem ceifadas pelo câncer.
Divulgação
No Amapá a divulgação e movimentação da sociedade para o combate ao
câncer, teve iniciativa de uma ONG fundada pelo religioso Paulo Roberto, o
Instituto Joel Magalhães, que criou uma Casa Abrigo para os portadores e foi
mais além acionou as autoridades e cobra a melhoria da Rede Pública para o
atendimento oncológico.
Muitos são os voluntários e através das redes sociais, internet temos
visualizado e compartilhados as dores de dezenas de familiares que procuram
ajuda ou desabafam suas dores contra o descaso do poder público em ajudar a
quem está sofrendo.
O Hospital de Câncer de Barretos tem recebido centenas de amapaenses,
que ali vão com a esperança de receberem atendimento adequado e, sedentos pelos
remédios da cura. Aqui ficam os familiares rezando e pedindo que a vida
continue para aqueles que sofrem.
Lutando pela cura
Mesmo perdendo uma luta contra o Câncer, onde teve retirado do seu
convívio físico o filho Carlos Daniel, durante tratamento no Hospital Santa
Marcelina, em São Paulo, o professor Agenilson Silva partir para ajudar outras 38 crianças diagnosticadas com
a doença e que estavam em tratamento na mesma unidade de saúde que tratou do
Daniel.
Junto com amigos ia realizar um bingo para conseguir recursos para o
tratamento do filho, que veio a óbito antes do evento, porém a meta continuou e
foi direcionada para as outras crianças ali internadas.
E foi mais além, resolveu enfrentar o ‘monstro’ e deu inicio a sua “Luta
contra o câncer”. Além de organizar um bingo beneficente e um forrozão,
Agenilson criou uma Organização Não Governamental (ONG), a Fundação Carlos Daniel.
A ONG foi formalizada e obteve o registro legal em 26 de junho. A
entidade pretende atuar de forma permanente no apoio a crianças e adolescentes
com câncer.
“A ONG vai dar suporte com
advogados e psicólogos para as famílias de pacientes que estão em tratamento
fora do Estado, porque tem muitas pessoas que buscam procedimentos médicos, mas
não têm conhecimento sobre os direitos”, comentou o pai que conseguiu o
auxílio do TFD após processo judicial.
Corrida contra câncer
infantil
No Amapá, corrida de rua vai reforçar a luta e combate ao câncer
infantil.
Prova terá largada do Complexo Meio do Mundo e
chegada no Parque do Forte. Vencedores de todas as categorias terão premiação
em dinheiro e troféus, que acontecerá no dia 1º de novembro.
A
primeira edição da Corrida Contra o Câncer terá percurso de 5.400 quilômetros,
com saída do Complexo Turístico do Meio do Mundo – área que engloba o monumento
Marco Zero do Equador, Sambódromo o Estádio Zerão – passando pela orla da
cidade até a área do Parque do Forte, no entorno da Fortaleza de São José de
Macapá.
A
prova está sendo organizada pela ONG Carlos Daniel, em parceria com a Federação
Amapaense de Atletismo (FAAP). Serão disponibilizadas mil vagas, para as
categorias, masculino, feminino, cadeirante, deficiente visual e por faixa
etária. O valor da taxa é de R$ 25 para cadeirantes e deficientes visuais e R$
40 para as demais categorias.
Agenilson
Silva, organizador da corrida, conta que o principal objetivo da prova é chamar
a atenção para o problema e reforçar a prevenção e a luta contra o câncer
infantil. A ideia surgiu depois que ele participou da corrida do Grupo de Apoio
ao Adolescente e à Criança com Câncer (GRAAC), em São Paulo.
Serviço
As
inscrições podem ser feitas pela internet, através do site da empresa
organizadora. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone: (96)
99165-4007.
ANJO GUERREIRO
Esta semana mais uma triste notícia. O
adolescente Wanderson Lima veio a óbito nesta sexta feira, 25 de setembro,
vítima de uma forte pneumonia em meio ao tratamento de LLA. Ele era aluno da EE
Zolito Nunes e estava internado no Hospital Filantrópico Santa Marcelina, em
São Paulo. E de acordo com Josenildon que postou o comunicado em sua pagina ele
foi “Wanderson foi um guerreiro, ao mesmo tempo príncipe, cantor, inteligente,
humilde, amigo, feliz. Essa será a lembrança que nós da Casa de Apoio Vida
Divina levaremos sempre desse anjo, seu eterno sorriso. Recebe teu guerreiro
pai eterno”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário