sábado, 27 de fevereiro de 2016

Rodovia Duca Serra




Rodovia Duca Serra
Alargamento, uma melhoria para o tráfego.

A ação é um procedimento a curto prazo na rodovia e que será base para o projeto de duplicação da Duca Serra.



Reinaldo Coelho
Da Editoria

Quem trafega pela Rodovia Duca Serra nos horários de pico, 7 da manhã, meio dia e 18 horas, enfrenta congestionamentos que chegam a mais de 3 km, principalmente, entre o entroncamento do comando do 34º Batalhão de Infantaria e Selva (3º BIS), no Bairro Nova Esperança, e o Bairro Marabaixo I. Em muitos momentos o trânsito fica muito lento e às vezes chega a parar, geralmente quando existem acidentes pelo caminho. As filas chegam a ultrapassar os 6 quilômetros.


Nos últimos anos, no entorno Duca Serra, aconteceu o surgimento de diversos loteamentos e automaticamente o aumento populacional dessa região, paralelo a existência de várias instituições de ensino (escolas, faculdades) localizadas na rodovia tem como consequência o aumento do tráfego de veículos automotores, ciclistas e pedestres, o que fez aumentar os transtornos para os usuários da estrada, em particular para os moradores da zona oeste de Macapá e do município vizinho, Santana, que enfrentam diariamente longos congestionamentos além de frequentes acidentes, muitos com vítimas fatais.


Para os moradores da Zona Oeste da cidade, que trabalham ou estudam em outras áreas da capital, o engarrafamento tem sido um problema constante. À medida que o tempo passa, a agonia dos motoristas se torna aparente, pois eles começam a trafegar pelo acostamento, o que causa mais transtornos e estresse aos que aguardam horas na fila.

Por ser uma rodovia que faz ligação para o porto comercial de Macapá, onde se tem o tráfego de carretas, tratores e carros de passeio, a solução seria a duplicação da via que tem característica de carga, e é preciso pensar que uma engenharia de tráfego rodoviário que seja capaz de tirar o centro de transporte pesado das principais ligações rodoviárias, como a ligação da AP- 440 do KM 9.
A duplicação da rodovia Duca Serra é a solução técnica, porém na última semana o governo estadual, através da Secretaria de Estado de Transportes (SETRAP), iniciou as obras de alargamento da Rodovia Duca Serra. A ação, que começou no sábado (20), vai proporcionar melhoria no tráfego de veículos em ambos os sentidos da via que é rota de acesso para bairros da Zona Oeste da capital e para o município de Santana.
Serão aproximadamente três quilômetros e meio de intervenção, que inicia no trecho próximo a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) até a entrada do Bairro Goiabal. O alargamento da pista será em torno de três metros em ambos os sentidos.
O titular da SETRAP, Jorge Amanajás, explicou que um estudo técnico foi feito pela Secretaria para verificar a possibilidade do alargamento ocorrer também na ponte da Lagoa dos Índios. "Não vamos mexer na estrutura da ponte, pois ela não está inclusa no projeto de duplicação. Estudamos a possibilidade de usarmos as passarelas existentes para transformá-las em pista de rolamento e fazer novas passarelas em estrutura metálica. Mas isso vai depender do resultado deste estudo", disse o gestor.

O serviço está sendo executado pela própria equipe técnica da SETRAP e tem prazo para conclusão de 45 dias. Ele consiste na raspagem e compactação da base dos trechos que serão ampliados e, posteriormente, receberão asfaltamento.
O trabalho visa melhorar o fluxo do trânsito, principalmente nos horários de maior movimento. Para o motorista Ivo Soares, que trafega na rodovia diariamente, a iniciativa vai dar mais agilidade no tráfego. "Essa rodovia precisa passar por isso mesmo, pois é difícil andar aqui nos horários de pico. Esperamos que o resultado seja satisfatório", argumenta.

Jorge Amanajás explica também que a ação é um procedimento a curto prazo na rodovia e que será base para o projeto de duplicação da Duca Serra. "Estamos fazendo as tratativas necessárias para fecharmos este projeto definitivo. Nossa intenção é que a licitação do trecho inicial seja feita ainda este ano", conclui.

Com referência a execução do projeto original de duplicação, o secretário Jorge Amanajás ressalta que o projeto está sendo reavaliado visto que já existem muitos problemas em relação à faixa de domínio e um crescimento muito grande de condomínios e bairros que fazem parte desse trecho da rodovia.

Quanto a duplicação a ponte que corta a Lagoa dos Índios foi um dos problemas encontrados pela equipe de engenharia da SETRAP em um estudo foi feito para que a estrutura possa acompanhar a largura da nova pista e, segundo ele, se for necessário a construção de uma nova passarela ao lado.
Nós já estamos avaliando esse trecho da lagoa para ver se é possível fazer mais uma faixa para cada lado. Em relação à passarela, um técnico já está avaliando para saber se ela suportaria o peso de veículos para saber se seria possível a instalação dessas faixas”.
A obra prevê, além do alargamento da pista de 3,5 metros para cada lado, a sinalização vertical e horizontal e se for necessário a instalação de semáforos. A duração da obra está estipulada em 45 dias, podendo ser prolongada devido às chuvas. Os serviços feitos incluem a raspagem e compactação da base dos trechos que serão ampliados e, posteriormente, receberão asfaltamento.


A duplicação

Na gestão do então governador Waldez Góes (2008), através da Secretaria de Estado dos Transportes (SETRAP), foi concluída a elaboração do Projeto de Duplicação da Rodovia Duque de Caxias que interliga os municípios de Macapá e Santana.
No projeto as obras de duplicação contemplavam serviços de pavimentação, drenagem e iluminação em todo o percurso da Rodovia. Já estavam concluídos os Estudos e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA), bem como o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA). Os investimentos previstos somavam o montante de R$ 80 milhões de reais.
Para o início das obras já estavam aprovados na Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) recursos da ordem de mais de 12 milhões de reais, oriundos de emenda parlamentar do ex-deputado Jurandil Juarez (PMDB/AP). As demais fontes de recursos virão do Orçamento de Investimentos do Governo do Estado e do Governo Federal.
A duplicação da Rodovia Duca Serra, faz parte do Plano de Obras de R$ 1,6 bilhão lançado em setembro de 2015 pelo GEA, que prevê em mobilidade urbana serão investidos R$ 144 milhões divididos nos municípios de Macapá Santana, Mazagão e Laranjal do Jari. Apenas na capital serão mais de 50 quilômetros de ruas asfaltadas. As obras vão se concentrar principalmente na Zona Norte com o término da Rodovia AP-070, além da revitalização dos corredores de ônibus.
Os recursos foram conquistados através de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa Econômica Federal, convênios federais, emendas parlamentares e contrapartida de 5% Tesouro do Estado.



Rodovia Norte/Sul  x Rodovia Duca Serra


A duplicação da Rodovia Duca Serra além de ser uma obra que requer todo um cuidado de engenharia devido as questões de ocupação ao longo do trecho desta rodovia, é uma rodovia de ligação que tem uma conexão direta com o porto de Santana e que também faz um link com a BR 210, tornando-se uma via de ligação de duas estruturas viárias extremamente importantes, que é o porto e a BR-210. O projeto está pronto, e de acordo com a SETRAP o que falta são alguns encaixes, como a Norte-Sul.
Um dos problemas na demora da execução das obras nas rodovias estaduais, sob a responsabilidade do órgão de transporte estadual, são as mudanças nos projetos a cada gestor que assume a pasta. Aconteceu exatamente com a Norte-Sul, o projeto foi todo mudado, foi dividido em lotes, o primeiro lote foi feito por administração direta e o segundo contratado, e agora a atual gestão está avançando no terceiro lote.

O então titular da SETRAP, engenheiro Odival Monterrozo Leite, em entrevista a uma rádio local, informou que se fazia necessário uma avaliação em cima das modificações que foram feitas no projeto, “um projeto lindíssimo feito pelo governador e que nós vamos adequar. É também um compromisso nosso concluir essa via de ligação, da zona norte com a zona sul, mas também trabalhar em conjunto com toda uma estrutura viária porque não adianta concluir a Norte-Sul sem trabalhar a duplicação da Duca Serra, sem trabalhar outras alternativas viárias para que essa mobilidade se torne dinâmica e a gente possa atender o usuário de uma forma a contento”. 

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