terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

DE TUDO UM POUCO

FÉ E RAZÃO – O sentimento religioso e o desenvolvimento científico.

       Ações que adoro fazer é compartilhar fontes de ensinamentos a fim de aumentar os conhecimentos já amealhados ao longo dos anos. Por que guarda-los só pra mim? Não é justo,  já que a mim foi oportunizado conhece-los. Portanto, este artigo é mais um compartilhamento, que se levado a sério transmudará, com certeza, indecisões sobre o assunto, nos tempos atuais, por que foi escrito em agosto de 1996 na revista Comportamento.

       “ Ao longo dos séculos, estas duas palavras – fé e razão – foram motivo de grande controvérsia e mesmo de conflito entre os homens. A dificuldade de conciliar estes dois aspectos da vida humana tem acompanhado nossa civilização desde o seu alvorecer até os dias de hoje. Para entendermos melhor esta questão, faz-se necessário que formemos outras : O que é fé ? Quando e porque surgiu a fé ?
       Embora a palavra fé possua vários significados, iremos nos ater aqui  à questão da fé religiosa. Basicamente, ela denota a crença, ou seja, as ações mentais que ocorrem quando uma pessoa aceita como verdade um conceito ou um conjunto de conceitos fora de sua compreensão ou conhecimento. No caso da fé religiosa, esta aceitação gera comportamentos e atitudes com base nessa verdade. “
       Sobre essas duas vertentes da fé religiosa, extraímos do livro Valores humanos num mundo em mutação, da lavra do Dr. Brian Wilson, o seguintes trecho : “ O sentimento religioso, e certamente da forma encontrada entre pessoas relativamente simples, parece ter origem numa grande variedade de emoções fundamentais que são experimentadas quando o homem confronta a incerteza, o desconhecido, ou o desafortunado. Os sentimentos que esses  fenômenos engendram estimulam estado de respeito, medo, reverencia, e o desejo de aplacar forças supostamente poderosas. A dependência, a impotência e a ansiedade profunda criam  a necessidade de atos que controlem emoções involuntárias. Parcialmente porque se tornam reações conhecidas – as vezes, quase habituais - , e até certo ponto em virtude dos efeitos subjetivos que se espera que induzam, esses atos ocasionam  mudanças em estados  subjetivos. Poderíamos dizer que o ritual  representa a emoção relembrada em tranquilidade; reacende emoções de uma forma  grandemente modificada e controlada, daí dando aos homens a ideia, talvez ocasionalmente  a ilusão, de que eles podem controlar ou pelo menos manipular em parte ações externas que, a não ser por isso, poderiam ser danosas. À medida que o ritual se firma como uma reação apropriada, o homem como que pode ser protegido do impacto direto e mais poderoso de suas próprias emoções diante do incerto e do desconhecido. Através do ritual, o homem pode circunscrever a situação, controlar-se e experimentar, de forma refinada e elevada,  emoções que, de outra maneira, poderiam ser cruas e potencialmente subversoras. Podemos considerar esses sentimentos refinados como emoção filtrada através de um aparato de ritual  religioso, mito e ideologia. Sem dúvida alguma, as cerimônias fúnebres constituíram  exemplo importante de artifício social dessa ordem, uma vez que a perda de um ente amado é uma situação na qual todos os indivíduos e grupos enfrentam o infortúnio de uma forma particularmente cruel. A experiência é comum, mas, ainda assim, sempre profunda. Cerimônias fúnebres são a expressão universal da necessidade de controlar emoções prejudiciais que,  se desencadeadas, poderiam por em risco o individuo, o grupo sobrevivente  e mesmo a estrutura social . “
       Agora é comigo. Explorando a célebre frase de Albert Einstein – A religião sem ciência é cega. A ciência sem religião é aleijada “. Alocando-se esta frase no contexto acima, podemos vislumbrar, claramente, que nos tempos modernos o Homem ( Homos Sapien ) está esquecido da sua ligação com o Criador, ou, para ser menos cruel, a sociedade não está afastada, também, dessa ligação ?
       O binômio Fé e Razão deverá, a partir de agora, voltar a ser analisado  criteriosamente pela sociedade, na busca de soluções imediatas para curar os conflitos pessoais existenciais.

       

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...