FÉ E RAZÃO – O
sentimento religioso e o desenvolvimento científico.
Ações que adoro fazer é compartilhar
fontes de ensinamentos a fim de aumentar os conhecimentos já amealhados ao
longo dos anos. Por que guarda-los só pra mim? Não é justo, já que a mim foi oportunizado conhece-los.
Portanto, este artigo é mais um compartilhamento, que se levado a sério
transmudará, com certeza, indecisões sobre o assunto, nos tempos atuais, por
que foi escrito em agosto de 1996 na revista Comportamento.
“ Ao longo dos séculos, estas duas
palavras – fé e razão – foram motivo de grande controvérsia e mesmo de conflito
entre os homens. A dificuldade de conciliar estes dois aspectos da vida humana
tem acompanhado nossa civilização desde o seu alvorecer até os dias de hoje.
Para entendermos melhor esta questão, faz-se necessário que formemos outras : O
que é fé ? Quando e porque surgiu a fé ?
Embora a palavra fé possua vários
significados, iremos nos ater aqui à
questão da fé religiosa. Basicamente, ela denota a crença, ou seja, as ações
mentais que ocorrem quando uma pessoa aceita como verdade um conceito ou um conjunto
de conceitos fora de sua compreensão ou conhecimento. No caso da fé religiosa,
esta aceitação gera comportamentos e atitudes com base nessa verdade. “
Sobre essas duas vertentes da fé
religiosa, extraímos do livro Valores
humanos num mundo em mutação, da lavra do Dr. Brian Wilson, o seguintes
trecho : “ O sentimento religioso, e certamente da forma encontrada entre
pessoas relativamente simples, parece ter origem numa grande variedade de
emoções fundamentais que são experimentadas quando o homem confronta a
incerteza, o desconhecido, ou o desafortunado. Os sentimentos que esses fenômenos engendram estimulam estado de
respeito, medo, reverencia, e o desejo de aplacar forças supostamente
poderosas. A dependência, a impotência e a ansiedade profunda criam a necessidade de atos que controlem emoções
involuntárias. Parcialmente porque se tornam reações conhecidas – as vezes,
quase habituais - , e até certo ponto em virtude dos efeitos subjetivos que se
espera que induzam, esses atos ocasionam
mudanças em estados subjetivos.
Poderíamos dizer que o ritual representa
a emoção relembrada em tranquilidade; reacende emoções de uma forma grandemente modificada e controlada, daí
dando aos homens a ideia, talvez ocasionalmente
a ilusão, de que eles podem controlar ou pelo menos manipular em parte
ações externas que, a não ser por isso, poderiam ser danosas. À medida que o
ritual se firma como uma reação apropriada, o homem como que pode ser protegido
do impacto direto e mais poderoso de suas próprias emoções diante do incerto e
do desconhecido. Através do ritual, o homem pode circunscrever a situação,
controlar-se e experimentar, de forma refinada e elevada, emoções que, de outra maneira, poderiam ser
cruas e potencialmente subversoras. Podemos considerar esses sentimentos
refinados como emoção filtrada através de um aparato de ritual religioso, mito e ideologia. Sem dúvida
alguma, as cerimônias fúnebres constituíram
exemplo importante de artifício social dessa ordem, uma vez que a perda
de um ente amado é uma situação na qual todos os indivíduos e grupos enfrentam
o infortúnio de uma forma particularmente cruel. A experiência é comum, mas,
ainda assim, sempre profunda. Cerimônias fúnebres são a expressão universal da
necessidade de controlar emoções prejudiciais que, se desencadeadas, poderiam por em risco o
individuo, o grupo sobrevivente e mesmo
a estrutura social . “
Agora é comigo. Explorando a célebre
frase de Albert Einstein – A religião sem
ciência é cega. A ciência sem religião é aleijada “. Alocando-se esta frase
no contexto acima, podemos vislumbrar, claramente, que nos tempos modernos o
Homem ( Homos Sapien ) está esquecido da sua ligação com o Criador, ou, para
ser menos cruel, a sociedade não está afastada, também, dessa ligação ?
O binômio Fé e Razão deverá, a partir de
agora, voltar a ser analisado
criteriosamente pela sociedade, na busca de soluções imediatas para
curar os conflitos pessoais existenciais.
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