sábado, 22 de abril de 2017

Artigo do Gato


Mudando do A pro B


Não quero me debruçar sobre a Lava Jato, muito embora ELA tenha atravessado para a margem esquerda do Rio Amazonas e chegado na minha capital. Vou passar ao largo desse assunto. Quero falar da cidade de Macapá, numa perspectiva de infraestrutura urbana.
Não consigo compreender, por mais que me esforce, a reeleição do prefeito de Macapá, Clécio Luiz. Não sei se faltou adversário, se o marqueteiro do prefeito foi muito eficiente ou se ele de fato maquila bem o caos que está Macapá.
Entendo que Macapá é vitima de um crescimento desordenado, com grande déficit habitacional, com sérios problemas com a ocupação das áreas baixas (Ressacas) e que outras gestões deixaram passivo nesse setor, mas sinceramente ninguém, nem Azevedo Costa, nem Capiberibe, João Henrique, Roberto conseguiram ser tão incompetentes como o atual prefeito.
Na primeira gestão Clécio concluiu algumas obras habitacionais planejadas na gestão do Roberto Góes, inaugurou o Restaurante Popular, planejado na gestão do João Henrique e conseguiu destruir o asfalto herdado do prefeito Roberto. Não avançou um milímetro no transporte público, desativou a Subprefeitura da Zona Norte e foi acabando com o razoável atendimento da saúde municipal, acabou com o programa da merenda escolar, a cessão de cestas básicas aos alunos carentes etc. Só para ser uma idéia do descaso com a educação, nesse ano se não fosse o socorro do Estado 4 mil crianças ficariam sem escola.

Na realidade quando se abre o microfone para a população de Macapá a grita é geral. Falta de asfalto, falta de atendimento nas Unidades Básicas, um trânsito caótico, mal sinalizado e o plano diretor desrespeitado. A cidade é uma lixeira. O povo com sua má educação contribui pra isso, mas a leniência do Poder Municipal reforça o péssimo hábito de jorgar entulho na rua ou nas esquinas, transformando-as em lixeira viciada..
O bairro do Congos com 407 domicílios e 18 mil habitantes (IBGE/2010) com uma área de 2,2 KM²,  visitado pela Blitz da Rádio Difusora do dia 21 de abril, dia de Tiradentes, a tônica não foi diferente. De uma forma em geral os populares reclamaram das péssimas condições das passarelas, muitas sem nenhuma condição de trafegabilidade. Um caos.
Essa dura realidade urbana da nossa capital contrasta  com a expressiva votação “despejada” nas urnas no dia 5 de outubro de 2016. O que explica isso?
A ignorância do eleitor que não consegue ver o óbvio ululante de uma gestão apática. Com uma enorme inapetência administrativa, alimenta na retórica e nas promessas não cumpridas.
O mas impressionante que o eleitor incauto compra esse produto e...  fazer o quê?
   

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