Programa
“Comunidade em Círculo” se destaca pelo trabalho de solução de conflitos junto
a populações ribeirinhas do Amapá
O programa “Comunidade em Círculo”, de iniciativa do Juizado da Infância
e Juventude de Macapá - Área de Políticas Públicas, criado em 2016, ganha
destaque pela iniciativa de capacitação das comunidades ribeirinhas do
Arquipélago do Bailique, estimulando a prevenção e solução de conflitos por
decisão consensual dos envolvidos.

“O projeto Comunidade em Círculos busca pacificação social e, dessa
forma, devolver para a comunidade o poder de decisão. Não está somente na mão
do juiz a resolução dos conflitos”, ressaltou a servidora.
Inspirado na missão do TJAP, de pacificador social, a criação de um
Juizado específico para a Justiça Itinerante, em 2016, incentivou que a equipe
começasse a desenhar iniciativas, em conjunto com o juiz, visando preencher as
necessidades identificadas nas comunidades interioranas. “As itinerâncias pelas
localidades do Bailique e o dia a dia dentro do Juizado da Infância fizeram com
que fossem criadas soluções para essas demandas”, destacou Ângela Martins.
Para a execução das atividades de treinamento e capacitação de
facilitadores na prática de círculos restaurativos, o projeto conta com instrutores
do Comissariado da Infância da Comarca de Macapá, com capacitação adequada, e
servidores que ministram a matéria pertinente aos voluntários nas comunidades
de destino.
Os voluntários das localidades recebem orientações sobre como realizar
círculos restaurativos e metodologias de práticas restaurativas. Assim, podem
atuar diretamente no conflito na comunidade antes da chegada do Poder
Judiciário, tornando-se agentes comunitários de Justiça, um título dado a esses
representantes que atuam na pacificação social.
“A iniciativa dá voz a estas comunidades e proporciona os meios pelos
quais seus moradores possam reivindicar seus direitos, discutir e elaborar as
soluções para seus conflitos, podendo contar com o auxílio da Justiça. Estimula
também a autocomposição comunitária com base nas necessidades e interesses
locais”, finalizou o juiz Luciano Assis, titular do Juizado da Infância e
Juventude e Coordenador da Justiça Itinerante.
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