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Ao todo, 666 agricultores amapaenses são beneficiados com o programa que adquire o excedente da produção agrícola |
PAA
Programa beneficia mais de 300 agricultores familiares
Além
de oferecer uma opção de renda aos trabalhadores, o PAA auxilia entidades
assistenciais
Da Editoria
Em 2017 o Programa de Aquisição de
Alimentos (PAA) já atendeu 379 agricultores e 131 entidades assistenciais no
Amapá, beneficiando um total de 24.555 pessoas em todo Estado. Criado em 2003,
o PAA tem como objetivo garantir o direito humano à alimentação adequada e
viabiliza a compra de alimentos de agricultores familiares. Os mantimentos adquiridos
são destinados às pessoas atendidas por entidades assistenciais, como a Casa da
Hospitalidade e o Abrigo São José
O PAA é uma iniciativa do Ministério
do Desenvolvimento Rural e Combate à Fome (MDS) em parceria ao Governo do
Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), com
apoio da Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR) e da Secretaria da Inclusão
e Mobilização Social (SIMS), que é responsável pela seleção das entidades
filantrópicas atendidas. A primeira edição do programa em 2017 foi concluída em
abril com um investimento de R$ 890.120 e há previsão de que a segunda ocorra
nos próximos meses.
A coordenadora do PAA, Darciane
Gomes, explica que o programa fortalece a agricultura familiar e beneficia
todos os envolvidos. As pessoas atendidas pelas entidades têm acesso a uma
alimentação saudável e de qualidade, enquanto os agricultores têm uma opção de
renda garantida.
“É um recurso que eles já sabem que
podem contar, por isso se planejam. Nós que acompanhamos podemos verificar a
mudança de vida dos agricultores, alguns adquirem móveis, outros investem nas
propriedades. Também há trabalhadores que utilizam o benefício para investir na
educação dos filhos”, enfatiza Gomes ressaltando que o PAA estava paralisado
desde de 2013 e foi retomado em 2015, voltando a beneficiar a agricultura
familiar amapaense. Desde então, mais de 701 agricultores familiares foram
atendidos e R$ 3. 932.500 foram destinados ao setor.
O agricultor familiar Walber Santos,
58, foi uma das pessoas beneficiadas. Ele possui uma pequena propriedade em um
assentamento na zona rural de Macapá. Antes do PAA, a produção do agricultor se
resumia às frutas como acerola, coco, limão, melancia e pepino, que eram
destinadas às feiras da capital amapaense, onde nem sempre comercializava todos
os seus produtos.
Com a participação no PAA, Santos
obteve um lucro maior que lhe permitiu investir em sua propriedade. O
agricultor adquiriu um microtrator, fez reparos em sua propriedade e passou a
criar frangos e porcos. Com o recurso, ele pôde fazer algo impossível antes do
programa, visitar a mãe em sua terra natal, o Maranhão.
Atualmente, o agricultor espera a
próxima etapa do projeto para concretizar seu próximo investimento, uma
piscicultura. “O PAA é um programa sério e veio para melhorar nossa renda. Como
é um valor garantido, podemos nos planejar e fazer investimentos. Sem ele eu
teria dificuldades para ampliar minha propriedade. Espero que ele continue nos
auxiliando”, afirma.
Como participar do PAA
Para ser beneficiado, o agricultor
deve comparecer ao Rurap com seus documentos pessoais e preencher um cadastro.
Além disso, deve se encaixar no perfil de agricultor familiar, isto é, possui
área de até quatro módulos fiscais, mão de obra da própria família, renda
familiar vinculada ao estabelecimento, além de gerenciar o próprio
estabelecimento.
O trabalhador deve possuir a
Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) um documento que permite acesso a 15
políticas públicas e pode ser obtido junto ao Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os agricultores
familiares com renda familiar anual de até R$ 20 mil são enquadrados no Grupo B
do Pronaf (pronafianos B) e aqueles com renda familiar anual de até R$ 360 mil
pertencem ao Grupo Variável. Para participar do PAA, o Rurap prioriza os
assentados da reforma agrária, os quilombolas, os indígenas e os pronafianos B.
Retomada do PAA
O Governo do Amapá retomou em 2016 as atividades do Programa
de Aquisição de Alimentos (PAA), que é incentivado pelo Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). A primeira feira do programa e a
cerimônia de abertura dos trabalhos deste ano, ocorreu em março de 2016 na sede
do Projeto Minha Gente, no bairro Jardim Felicidade, zona norte de Macapá.
Criado para aproveitar o excedente de produção da agricultura
familiar no país, o PAA é executado no Amapá pelo Instituto de Desenvolvimento
Rural do Amapá (Rurap). O funcionamento do programa prevê a compra, pelo
governo, de todos os alimentos agrícolas que não são comercializados nas feiras
de produtores espalhadas pelo Estado.
O excedente de produção, adquirido pelo Rurap com recursos do
PAA, é distribuído para escolas e associações filantrópicas – conforme
recomenda o MDS. Os alimentos são repassados à Secretaria de Estado da Inclusão
e Mobilização Social (SIMS), que mapeou 223 dessas entidades e estabelecimentos
de ensino. Elas recebem os alimentos comercializados nas feiras do PAA.
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