Coluna
Opinião
Victória
Angelo Bacon
A
CRISE POLÍTICA AGRAVA A ECONOMIA?
O
ministro Carlos Velloso que presidiu o STF em fevereiro de 2017 recusou convite
do presidente Michel Temer em assumir o cargo de ministro da justiça.
Diplomaticamente não aceitou alegando que por hora estaria envolvido em outros
projetos pessoais, porém é sabido que o conhecimento vasto do então ministro do
STF em política e justiça teria lhe dado a sensatez a não queimar e poluir sua
história e currículo de jurista e docente e se tornar chiste à platéia
nacional. A crise política desde o
convite feito por Temer à Velloso tomou proporções jamais assistida na história
da República, proporções essas sem controle. Mês a mês um novo escândalo
político paira, colocando qualquer planejamento estratégico na economia
literalmente no lixo.
O
esforço numa possível melhoria na economia começou com as Reformas Trabalhista
e Previdenciária no atual governo. O mercado vem aceitando muito bem o
aceleramento das reformas no Congresso, porém a massa da opinião pública quer
renovação na política e essa afetará a melhoria na economia. Não existe milagre
econômico se não existir um estancamento da sangria que vão desde as delações
até a interferência do Supremo Tribunal Federal na política nacional.
O
mercado vem reagindo a um aquecimento muito modesto, porém o desemprego
continua crescendo a estamos entrando num cenário de desinflação que é tão
perigoso quanto a nossa conhecida e temerosa inflação dos anos 80.
A incerteza política ainda tem contribuído
para os baixos níveis de confiança, tanto de empresários como de consumidores
no relatório publicado pelo FMI e que foi comentado na reunião do G-20 em
Hamburgo. Os economistas do Fundo evitam comentar mais detalhes da situação
política do país na reunião anual, mas ressalta que reformas econômicas e um
ajuste fiscal são essenciais para restaurar a confiança dos agentes e abrir
espaço para o Brasil voltar a crescer. Há outro lado (vertente) ligado ao FMI e
ao G-20 que declararam na reunião que enquanto a crise política não for
solucionada em curto prazo não teremos solução na economia.
No
Brasil, uma combinação de fragilidades macroeconômicas e problemas políticos
têm dominado o cenário econômico. Temer chega com discurso pronto no G-20 que
não há crise econômica, porém os países participantes da reunião concordam que
há. Triste fim para Michel Temer!
Nenhum comentário:
Postar um comentário