MESATENISMO AMAPAENSE
A bandeira do Amapá no pódio nacional
Reinaldo Coelho
A chamada da matéria deve ter despertado a
curiosidade de muitos de nossos leitores, pois o inverso é rotina aqui no
Amapá. Muitos dos nossos atletas migraram para continuar praticando seu esporte
e defendendo a bandeira de outros Estados. Um dos nossos exemplos nesta
modalidade de Tênis de Mesa é a atleta Belissa Lisboa, mesatenista de ponta e
ranqueada para a seleção brasileira que mudou de Estado numa época que a
administração estadual era exercida por alguém que não valorizava o esporte. A
atleta foi morar em Santa Catarina e sua saída do Amapá se deu exatamente por
não sentir apoio necessário para que continuasse a desenvolver o esporte por
parte do governo do Amapá.
Outros atletas de ponta das artes marciais,
como John Macapá, atleta do UFC também sentiu a ausência do Estado no momento
em que ascendeu no esporte e projetou o nome do Amapá no cenário mundial.
Nossa atleta da semana, Katisa Lima, fez o
inverso, e não foi porque seu Estado não dá apoio aos seus atletas, pelo
contrário, o Rio Grande do Norte, tem grandes nomes no cenário desportivo
nacional, mas por motivo de trabalho do seu pai, Isaías José de Lima, que é
Técnico em Mineração, veio residir e trabalhar no Amapá.
Campeonato Amapaense de Equipes |
A mesatenista Katisa Gerusa de Lima tem um
diferencial quanto a sua naturalidade, pois devido o tipo de serviço exercido
pelo seu pai eles migraram constantemente. Ela nasceu em São Paulo, em 28/06/1993,
porém ainda bebê mudaram para Natal (RN) e já adolescente veio para o Amapá e
há dez anos reside em Macapá.
Filha de Isaías José de Lima e Katia Maria
Cabral de Lima, ao ser entrevista pela reportagem do Esporte-Tribuna, Katisa
Lima, como é conhecida no meio desportivo (24 anos), acabava de ter ser
destaque em Maringá/PR, onde conquistou a medalha de prata absoluto C feminino,
na Copa Brasil Sul Sudeste, no período de 22 a 25 de Junho. Em abril deste ano Katisa
foi campeã do Rating G e vice-campeã absoluto C feminino da Copa Brasil da
modalidade.
A atleta é a atual campeã estadual da
modalidade na sua categoria. A mesatenista contou que desde cedo vem praticando
esportes.
Copa Brasil Sul Sudeste - Maringá-PR - Prata Absoluto C Feminino |
“Desde cedo, aos 8, eu já praticava esportes
na escola, como judô, karatê, ginástica rítmica, basquete, natação. Até que com
9 anos de idade, o tênis de mesa chegou na escola que eu estudava. Isso em
Natal. E foi aí que comecei a praticar o tênis de mesa. O que começou apenas
como uma brincadeira, agora faz parte da minha vida”, revela a atleta.
As primeiras disputas de Katisa Lima
começaram em 2003, quando tinha dez anos de idade. Participei dos torneios no
próprio estado do Rio Grande do Norte e em 2004 já estava competindo nas
primeiras disputas nacionais”.
Katisa Lima Recife 2017 |
Aos 12 anos de idade, em 2006, uma mudança
radical do Nordeste para o Norte e Katisa Lima se estabelece em Macapá em plena
adolescência. “Fiquei parada durante quatro anos de treinar, mas participava
dos campeonatos estaduais aqui no Amapá. A última competição Nacional que eu
havia participado foi uma Copa Brasil em 2012. E desde então fiquei sem
participar de torneios nacionais. Em 2016 voltei a participar dos Nacionais,
disputando os Jogos Universitários brasileiros e já pertencia aos quadros do
clube ACTM Itaim/Macapá”.
Ai foi a raquetada para esquentar os ânimos
competitivos da mesatenista que com a colocação que conseguiu nos Jogos
Universitários Brasileiros, conquistou a vaga para em Setembro/2017 disputar os
Jogos Universitários Sul-americanos que vão acontecer na Colômbia. Em sua
passagem pelo nordeste, mais precisamente na Copa Nordeste etapa Recife de
Tênis de Mesa 2017, a atleta da ACTM Itaim Macapá, Katisa Lima mais uma vez fez
bonito. Foram duas medalhas de ouro, uma na categoria rating A e outra na
absoluta B
“Com as conquistas nacionais tenho o propósito
de conquistar pontos para poder ser convocada para as seletivas da seleção
Brasileira de Mesatenismo, e então conseguir visualizar um campo de competições
a nível nacional”.
Questionada sobre a estrutura no Estado
Amapá, para atender os atletas e as dificuldades que os de alto rendimento, que
precisam de assistência técnica profissional, além da falta de patrocínio,
Katisa Lima explicou que treina na Associação Cantumoris de Tênis de Mesa
(ACTM) e ali existe uma estrutura física ótima que atende as exigências
oficiais da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM)
Trófeu Eficiência 2016 - Katisa Lima Felipe Moth e Marcos Ubaiara Rocha |
“Lá no Clube – ACTM todos os equipamentos são
oficias, mesas, piso, etc. Temos tudo o que precisamos em relação a estrutura
física para atender um atleta de alto rendimento. A nossa dificuldade em
relação aos outros Estados é apenas de um técnico fixo de alto rendimento”.
Katisa Lima |
Quanto ao patrocínio a mesatenista reforça
que é realmente algo que traz bastante dificuldade de conseguir. “Isso acontece
até para o nome do Clube, imagine quanto em particular para os atletas. Mas
felizmente para esses últimos eventos e competições tenho conseguido contar com
a parceria de alguns patrocinadores, além do meu Clube ACTM Macapá. A Academia
Energy Sport, o Laboratório Médico Dr. Paulo Albuquerque, o Consultório
Odontológico Espaço do Sorriso e o Deputado Federal Cabuçu. Esses parceiros vem
permitindo que o trabalho continue, que o sonho siga em frente proporcionando
que eu possa participar das competições, alcançando bons resultados.
Sabendo que no mundo as mulheres sempre são
olhadas com desconfiança na capacidade de competir, quando não sofrem
preconceitos dentro das competições, como aconteceu com a Atleta Rafaela Silva que
foi vítima de racismo em desclassificação na Olimpíada de Londres nas redes
sociais ela é enfática em dizer que felizmente no Tênis de Mesa em particular
isso não existe.
“Todas as competições têm as mesas nas
categorias masculino e feminino de forma igual. O que varia são os números de
inscritos, de forma geral sempre tem mais meninos do que meninas inscritas nas
competições, mas isso depende da divulgação e incentivo junto a elas para
participar e competir, pois todos são capazes de disputar qualquer torneio,
dentro de sua categoria”.
Conquistas
de Katisa
Lima
▪Jogos
Universitários Brasileiros 2016 – 2° Lugar
▪Campeã
Amapaense 2016
▪Copa
Brasil Centro Norte Nordeste em Brasília 2017 – 1° Lugar Rating G Feminino; 2°
Lugar Absoluto C Feminino
▪1°
Etapa do Campeonato Amapaense 2017 – 1° Lugar Rating A Feminino/ 1° Absoluto
Feminino
▪Copa
Brasil Sul Sudeste em Maringá-PR 2017 – 2° Lugar Absoluto C Feminino
A bandeira do Amapá no pódio nacional
Reinaldo Coelho
A chamada da matéria deve ter despertado a
curiosidade de muitos de nossos leitores, pois o inverso é rotina aqui no
Amapá. Muitos dos nossos atletas migraram para continuar praticando seu esporte
e defendendo a bandeira de outros Estados. Um dos nossos exemplos nesta
modalidade de Tênis de Mesa é a atleta Belissa Lisboa, mesatenista de ponta e
ranqueada para a seleção brasileira que mudou de Estado numa época que a
administração estadual era exercida por alguém que não valorizava o esporte. A
atleta foi morar em Santa Catarina e sua saída do Amapá se deu exatamente por
não sentir apoio necessário para que continuasse a desenvolver o esporte por
parte do governo do Amapá.
Outros atletas de ponta das artes marciais,
como John Macapá, atleta do UFC também sentiu a ausência do Estado no momento
em que ascendeu no esporte e projetou o nome do Amapá no cenário mundial.
Nossa atleta da semana, Katisa Lima, fez o
inverso, e não foi porque seu Estado não dá apoio aos seus atletas, pelo
contrário, o Rio Grande do Norte, tem grandes nomes no cenário desportivo
nacional, mas por motivo de trabalho do seu pai, Isaías José de Lima, que é
Técnico em Mineração, veio residir e trabalhar no Amapá.
A mesatenista Katisa Gerusa de Lima tem um
diferencial quanto a sua naturalidade, pois devido o tipo de serviço exercido
pelo seu pai eles migraram constantemente. Ela nasceu em São Paulo, em 28/06/1993,
porém ainda bebê mudaram para Natal (RN) e já adolescente veio para o Amapá e
há dez anos reside em Macapá.
Filha de Isaías José de Lima e Katia Maria
Cabral de Lima, ao ser entrevista pela reportagem do Esporte-Tribuna, Katisa
Lima, como é conhecida no meio desportivo (24 anos), acabava de ter ser
destaque em Maringá/PR, onde conquistou a medalha de prata absoluto C feminino,
na Copa Brasil Sul Sudeste, no período de 22 a 25 de Junho. Em abril deste ano Katisa
foi campeã do Rating G e vice-campeã absoluto C feminino da Copa Brasil da
modalidade.
A atleta é a atual campeã estadual da
modalidade na sua categoria. A mesatenista contou que desde cedo vem praticando
esportes.
“Desde cedo, aos 8, eu já praticava esportes
na escola, como judô, karatê, ginástica rítmica, basquete, natação. Até que com
9 anos de idade, o tênis de mesa chegou na escola que eu estudava. Isso em
Natal. E foi aí que comecei a praticar o tênis de mesa. O que começou apenas
como uma brincadeira, agora faz parte da minha vida”, revela a atleta.
As primeiras disputas de Katisa Lima
começaram em 2003, quando tinha dez anos de idade. Participei dos torneios no
próprio estado do Rio Grande do Norte e em 2004 já estava competindo nas
primeiras disputas nacionais”.
Aos 12 anos de idade, em 2006, uma mudança
radical do Nordeste para o Norte e Katisa Lima se estabelece em Macapá em plena
adolescência. “Fiquei parada durante quatro anos de treinar, mas participava
dos campeonatos estaduais aqui no Amapá. A última competição Nacional que eu
havia participado foi uma Copa Brasil em 2012. E desde então fiquei sem
participar de torneios nacionais. Em 2016 voltei a participar dos Nacionais,
disputando os Jogos Universitários brasileiros e já pertencia aos quadros do
clube ACTM Itaim/Macapá”.
Ai foi a raquetada para esquentar os ânimos
competitivos da mesatenista que com a colocação que conseguiu nos Jogos
Universitários Brasileiros, conquistou a vaga para em Setembro/2017 disputar os
Jogos Universitários Sul-americanos que vão acontecer na Colômbia. Em sua
passagem pelo nordeste, mais precisamente na Copa Nordeste etapa Recife de
Tênis de Mesa 2017, a atleta da ACTM Itaim Macapá, Katisa Lima mais uma vez fez
bonito. Foram duas medalhas de ouro, uma na categoria rating A e outra na
absoluta B
“Com as conquistas nacionais tenho o propósito
de conquistar pontos para poder ser convocada para as seletivas da seleção
Brasileira de Mesatenismo, e então conseguir visualizar um campo de competições
a nível nacional”.
Questionada sobre a estrutura no Estado
Amapá, para atender os atletas e as dificuldades que os de alto rendimento, que
precisam de assistência técnica profissional, além da falta de patrocínio,
Katisa Lima explicou que treina na Associação Cantumoris de Tênis de Mesa
(ACTM) e ali existe uma estrutura física ótima que atende as exigências
oficiais da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM)
“Lá no Clube – ACTM todos os equipamentos são
oficias, mesas, piso, etc. Temos tudo o que precisamos em relação a estrutura
física para atender um atleta de alto rendimento. A nossa dificuldade em
relação aos outros Estados é apenas de um técnico fixo de alto rendimento”.
Quanto ao patrocínio a mesatenista reforça
que é realmente algo que traz bastante dificuldade de conseguir. “Isso acontece
até para o nome do Clube, imagine quanto em particular para os atletas. Mas
felizmente para esses últimos eventos e competições tenho conseguido contar com
a parceria de alguns patrocinadores, além do meu Clube ACTM Macapá. A Academia
Energy Sport, o Laboratório Médico Dr. Paulo Albuquerque, o Consultório
Odontológico Espaço do Sorriso e o Deputado Federal Cabuçu. Esses parceiros vem
permitindo que o trabalho continue, que o sonho siga em frente proporcionando
que eu possa participar das competições, alcançando bons resultados
Sabendo que no mundo as mulheres sempre são
olhadas com desconfiança na capacidade de competir, quando não sofrem
preconceitos dentro das competições, como aconteceu com a Atleta Rafaela Silva que
foi vítima de racismo em desclassificação na Olimpíada de Londres nas redes
sociais ela é enfática em dizer que felizmente no Tênis de Mesa em particular
isso não existe.
“Todas as competições têm as mesas nas
categorias masculino e feminino de forma igual. O que varia são os números de
inscritos, de forma geral sempre tem mais meninos do que meninas inscritas nas
competições, mas isso depende da divulgação e incentivo junto a elas para
participar e competir, pois todos são capazes de disputar qualquer torneio,
dentro de sua categoria”.
Conquistas
de Katisa
Lima
▪Jogos
Universitários Brasileiros 2016 – 2° Lugar
▪Campeã
Amapaense 2016
▪Copa
Brasil Centro Norte Nordeste em Brasília 2017 – 1° Lugar Rating G Feminino; 2°
Lugar Absoluto C Feminino
▪1°
Etapa do Campeonato Amapaense 2017 – 1° Lugar Rating A Feminino/ 1° Absoluto
Feminino
▪Copa
Brasil Sul Sudeste em Maringá-PR 2017 – 2° Lugar Absoluto C Feminino
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