Qual o limite entre o legal e
moral
O
instituto de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente a PNAD
Continua mostrando a Taxa de desocupação no Amapá que ficou em 16% no
terceiro trimestre de 2017. O Técnico Joel Lima da Silva é o coordenador de
Divulgação do Censo Agropecuário 2017 e responsável por esse serviço.
Segundo
a PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Continua as 363 mil pessoas
na força de trabalho, 303 mil estavam ocupadas e 60 mil desocupadas. Com
certeza na próxima pesquisa o número de desocupados deve crescer
significativamente, pois além da crise econômica que ainda paira sob os céus
do Brasil e no Amapá não é diferente, o prefeito Clécio Luiz tirou da cartola
uma medida que pode contribuir para o aumento na taxa de desocupação.
Resolveu num arroubo de legalidade, pasmem! Tirar os ambulantes da orla e de
outras vias do Centro. Essa decisão vai de encontro com que revela o IBGE.
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A
pesquisa também traz outro dado que deveria servir de norte para tomada de
decisão no âmbito da administração pública. É que segundo a PNAD no Amapá,
40% das pessoas desocupadas estavam procurando emprego há dois anos ou mais.
Na média nacional esse contingente é de 22%. Percebem; essas pessoas procuram
emprego há dois anos, logo na ausência de emprego formal, o caminho natural
para se buscar o sustento da família de forma honesta e honrada é o mercado
informal. Aí o prefeito da capital resolve, por pura perseguição, “moralizar”
nossa urbe. Digo perseguição, porque a extensão da norma não alcança os
ricos. Os comércios de veículos que usam o passeio para expor seus carros,
expositor de loja, extensão de oficina de carro e moto. Esses continuam
intocados. E tantos outros estabelecimentos que cometem as mesmas
irregularidades continuam suas atividades normais. Ou seja, seguem infringindo
a lei e nada acontece, então não dá para levar essa ação do município a
sério.
Outro
dado da PNAD revelador é a faixa etária das pessoas desocupadas. Segundo a
pesquisa as pessoas entre 18 e 24 anos representam 39% dos desocupados e logo
em seguida vem à turma da faixa de 25 a 39 anos. 38%. Se a pesquisa for
verificar a faixa etária desses empreendedores informais que o Clécio e sua
trupe tiraram do mercado de trabalho eles se encaixam nessas faixas etárias.
Sinceramente
por mais boa vontade que se tenha não para entender a decisão do prefeito em
retirar esses pais de família dos seus postos de trabalho as véspera do
Natal, quando as vendas tendem a aquecer. O pior é que esse mesmo prefeito
quando vereador em 2009 fez uma carta de protesto e elencando uma série de
críticas ao prefeito antecessor por medida semelhante. Na carta Clécio usava
outro trabalho do IBGE que apontava um faturamento anual do comércio informal
da ordem de R$ 43 milhões e a geração de 45 postos de trabalho, esses dados
eram para o vereador Clécio razão mais do que suficiente para que ao invés da
ação truculenta se estabelecesse o diálogo com esses profissionais. Agora
ele, prefeito, meteu a porrada nos ambulantes e se nega a dialogar com a
classe.
A
diferença entre o prefeito da época para o Clécio e que os ambulantes que
saíram da Cândido do Mendes foram recolados em um ponto do Centro da cidade.
Clécio é de fato um comunista de alma vermelha, pois odeia trabalho e
prosperidade.
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sexta-feira, 17 de novembro de 2017
ARTIGO DO GATO
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