sexta-feira, 17 de novembro de 2017

ARTIGO DO GATO

Qual o limite entre o legal e moral
O instituto de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente a PNAD Continua mostrando a Taxa de desocupação no Amapá que ficou em 16% no terceiro trimestre de 2017. O Técnico Joel Lima da Silva é o coordenador de Divulgação do Censo Agropecuário 2017 e responsável por esse serviço.
Segundo a PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Continua as 363 mil pessoas na força de trabalho, 303 mil estavam ocupadas e 60 mil desocupadas. Com certeza na próxima pesquisa o número de desocupados deve crescer significativamente, pois além da crise econômica que ainda paira sob os céus do Brasil e no Amapá não é diferente, o prefeito Clécio Luiz tirou da cartola uma medida que pode contribuir para o aumento na taxa de desocupação. Resolveu num arroubo de legalidade, pasmem! Tirar os ambulantes da orla e de outras vias do Centro. Essa decisão vai de encontro com que revela o IBGE.  



A pesquisa também traz outro dado que deveria servir de norte para tomada de decisão no âmbito da administração pública. É que segundo a PNAD no Amapá, 40% das pessoas desocupadas estavam procurando emprego há dois anos ou mais. Na média nacional esse contingente é de 22%. Percebem; essas pessoas procuram emprego há dois anos, logo na ausência de emprego formal, o caminho natural para se buscar o sustento da família de forma honesta e honrada é o mercado informal. Aí o prefeito da capital resolve, por pura perseguição, “moralizar” nossa urbe. Digo perseguição, porque a extensão da norma não alcança os ricos. Os comércios de veículos que usam o passeio para expor seus carros, expositor de loja, extensão de oficina de carro e moto. Esses continuam intocados. E tantos outros estabelecimentos que cometem as mesmas irregularidades continuam suas atividades normais. Ou seja, seguem infringindo a lei e nada acontece, então não dá para levar essa ação do município a sério.
Outro dado da PNAD revelador é a faixa etária das pessoas desocupadas. Segundo a pesquisa as pessoas entre 18 e 24 anos representam 39% dos desocupados e logo em seguida vem à turma da faixa de 25 a 39 anos. 38%. Se a pesquisa for verificar a faixa etária desses empreendedores informais que o Clécio e sua trupe tiraram do mercado de trabalho eles se encaixam nessas faixas etárias.
Sinceramente por mais boa vontade que se tenha não para entender a decisão do prefeito em retirar esses pais de família dos seus postos de trabalho as véspera do Natal, quando as vendas tendem a aquecer. O pior é que esse mesmo prefeito quando vereador em 2009 fez uma carta de protesto e elencando uma série de críticas ao prefeito antecessor por medida semelhante. Na carta Clécio usava outro trabalho do IBGE que apontava um faturamento anual do comércio informal da ordem de R$ 43 milhões e a geração de 45 postos de trabalho, esses dados eram para o vereador Clécio razão mais do que suficiente para que ao invés da ação truculenta se estabelecesse o diálogo com esses profissionais. Agora ele, prefeito, meteu a porrada nos ambulantes e se nega a dialogar com a classe.
A diferença entre o prefeito da época para o Clécio e que os ambulantes que saíram da Cândido do Mendes foram recolados em um ponto do Centro da cidade. Clécio é de fato um comunista de alma vermelha, pois odeia trabalho e prosperidade.  



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