O
DIA DE FINADOS
Por Eugenio Santana
No
início da história da Igreja, os cristãos rejeitavam totalmente a ideia de
relacionamento com mortos. Nessa época, o pensamento predominante era o de
que as almas simplesmente ficariam adormecidas até o momento do julgamento
final. No entanto, ao mesmo tempo em que o cristianismo era difundido pela
Europa, acabava anexando elementos de outras culturas. Acredita-se
que a tradição do Dia de Finados tenha surgido a partir dos celtas, povos
que acreditavam na vida após a morte e separavam uma data anual
para homenagear e evocar os mortos.
Assim, da mesma forma que faziam certas sociedades
da antiguidade, os cristãos passaram a rezar pelas almas dos
falecidos, acreditando que estes necessitariam de orações, já que
estavam passando pelo processo de purificação conhecido como Purgatório. A
partir do século V, a Igreja destinou uma data específica para
isso, embora esta não tenha sido uma prática muito corriqueira.
De fato, pode-se dizer que o grande
responsável pela popularização do costume de orar pelos entes que já se
foram foi o monge beneditino Odilo de Cluny, o qual determinou no ano de
998 que todos os membros de sua abadia fizessem preces por essas pessoas.
Nascida na França, a tradição acabou se propagando por toda a Europa, até
que o Dia de Finados foi oficializado durante o século XI,
por meio dos papas Silvestre II, João XVIII e Leão IX. Já a data (dia 2 de
novembro) foi estabelecida mais tarde, no século XIII.
Curiosidade: No Brasil, o Dia de Finados é
uma data triste, afinal as pessoas lembram seus entes e sentem saudades. Já no
México, é tudo diferente! Os mexicanos realizam festas com muitos banquetes,
pois acreditam que nesse dia as almas das pessoas voltam para fazer uma
visita a seus familiares e amigos.
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