sábado, 20 de janeiro de 2018

Editorial

Alerta vermelho
O Tribuna Amapaense faz na sua matéria de capa um alerta para as autoridades amapaenses, municipais, estaduais e federais ou a quem interessar possa. O risco eminente que estamos correndo todos os dias em função da manipulação inadequada de combustíveis fósseis nos Postos de Gasolina de Macapá.
Iniciamos o ano de 2018 com uma explosão seguida de incêndio em uma embarcação que vitimou duas pessoas no Porto do Grego, em Santana. Esse episódio não é fato isolado nos portos de Macapá, Santana. É necessário que essa cultura da insubordinação dos nossos ribeirinhos seja mudada e os donos de Postos de Combustíveis parem de pensar apenas nos bolsos, e trabalhem dentro de um padrão de segurança exigido por lei e não coloque em risco a vida dos cidadãos amapaenses.
Essa frouxidão na fiscalização é, com certeza, razão de tantos sinistros envolvendo embarcações de pequeno porte no Amapá. E o perigo começa em terra. O flagrante dado pelas lentes do Tribuna, revela um procedimento da mais alta periculosidade que ocorre nas barbas das autoridades e, eu duvido que um policial bombeiro, um fiscal da SEMA, do Procon, da Antaq, desculpa, da Antaq não, pois eles não existem por esses arraiais, mas da Capitania com certeza, e, ninguém faz nada. Quem nunca viu pessoas chegarem com carrinho de mão cheio de carote e o próprio puxador do carrinho manusear o mangueiro da bomba de gasolina e encher esses recipientes e saírem puxando esse produto altamente inflamável pelas vias publicas? Duvido que nenhuma das autoridades citadas diga que nunca.
Ora, se para as distribuidoras transportarem combustíveis fósseis (gasolina e óleo diesel) e o Etanol para os Postos as normas de segurança exigem caminhão tanque, porque que o transporte feito para o Barco que está fundeado nos portos do bairro Santa Inez, Pedrinhas, Igarapé das Mulheres, Santana e tantos outros acontece de forma irresponsável, sem a menor proteção?
O agravante disso é que muitas das vezes e não raro, os responsáveis pelo transporte do produto têm o vício do cigarro ou o famoso “porronca”, cigarro feito à mão e saem dando belas baforadas sem a menor preocupação com as desavisadas faíscas provoquem uma explosão de proporção inimaginável.
O jornal reconhece que a Ordem dos Advogados do Brasil, secção Amapá criou uma Comissão de Direitos Marítimo, Portuário e Aduaneiro, cujo presidente é o advogado e  capitão da reserva da Marinha do Brasil, Ricardo Carvalho, para tratar da matéria e elaborou uma Lei aprovada na Assembleia que foi subscrita pelo deputado Kaká Barbosa e sancionada pelo governador Waldez Góes que instituiu o dia de Segurança da Navegação, mas ainda é pouco. A sociedade exige mais dos órgãos de fiscalização. Rigor na fiscalização no desenvolvimento das atividades dos postos de gasolina.
Outro problema e aí é com o Estado, é sonegação fiscal. Vários postos criam uma série de dificuldades para dar a Nota Fiscal do combustível vendido. Estamos de olho.




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