Alerta vermelho
O Tribuna Amapaense faz na sua
matéria de capa um alerta para as autoridades amapaenses, municipais, estaduais
e federais ou a quem interessar possa. O risco eminente que estamos correndo
todos os dias em função da manipulação inadequada de combustíveis fósseis nos
Postos de Gasolina de Macapá.
Iniciamos o ano de 2018 com uma
explosão seguida de incêndio em uma embarcação que vitimou duas pessoas no
Porto do Grego, em Santana. Esse episódio não é fato isolado nos portos de
Macapá, Santana. É necessário que essa cultura da insubordinação dos nossos
ribeirinhos seja mudada e os donos de Postos de Combustíveis parem de pensar
apenas nos bolsos, e trabalhem dentro de um padrão de segurança exigido por lei
e não coloque em risco a vida dos cidadãos amapaenses.
Essa frouxidão na fiscalização é, com
certeza, razão de tantos sinistros envolvendo embarcações de pequeno porte no
Amapá. E o perigo começa em terra. O flagrante dado pelas lentes do Tribuna,
revela um procedimento da mais alta periculosidade que ocorre nas barbas das
autoridades e, eu duvido que um policial bombeiro, um fiscal da SEMA, do
Procon, da Antaq, desculpa, da Antaq não, pois eles não existem por esses
arraiais, mas da Capitania com certeza, e, ninguém faz nada. Quem nunca viu
pessoas chegarem com carrinho de mão cheio de carote e o próprio puxador do
carrinho manusear o mangueiro da bomba de gasolina e encher esses recipientes e
saírem puxando esse produto altamente inflamável pelas vias publicas? Duvido
que nenhuma das autoridades citadas diga que nunca.
Ora, se para as distribuidoras
transportarem combustíveis fósseis (gasolina e óleo diesel) e o Etanol para os
Postos as normas de segurança exigem caminhão tanque, porque que o transporte
feito para o Barco que está fundeado nos portos do bairro Santa Inez,
Pedrinhas, Igarapé das Mulheres, Santana e tantos outros acontece de forma
irresponsável, sem a menor proteção?
O agravante disso é que muitas das
vezes e não raro, os responsáveis pelo transporte do produto têm o vício do
cigarro ou o famoso “porronca”, cigarro feito à mão e saem dando belas
baforadas sem a menor preocupação com as desavisadas faíscas provoquem uma
explosão de proporção inimaginável.
O jornal reconhece que a Ordem dos
Advogados do Brasil, secção Amapá criou uma Comissão de Direitos Marítimo,
Portuário e Aduaneiro, cujo presidente é o advogado e capitão da reserva
da Marinha do Brasil, Ricardo Carvalho, para tratar da matéria e elaborou uma
Lei aprovada na Assembleia que foi subscrita pelo deputado Kaká Barbosa e
sancionada pelo governador Waldez Góes que instituiu o dia de Segurança da
Navegação, mas ainda é pouco. A sociedade exige mais dos órgãos de
fiscalização. Rigor na fiscalização no desenvolvimento das atividades dos
postos de gasolina.
Outro problema e aí é com o Estado, é
sonegação fiscal. Vários postos criam uma série de dificuldades para dar a Nota
Fiscal do combustível vendido. Estamos de olho.
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