O CLIMA MARINHO E A SAÚDE PELA TALASSOTERAPIA
O mês de janeiro coincide com as férias
e os balneários e praias ficam lotados. Nossas praias marinhas ficam na costa
atlântica do Amapá e Calçoene. Temos mais praias de rios. Na capital Macapá, a
água das praias é barrenta, pois o estuário do Amazonas possui muito lodo.
Para falarmos dos efeitos terapêuticos do
clima, vamos nos reportar ao clima marinho e aos rios com cachoeiras ou
corredeiras. Incluído na Climatoterapia, temos vários tipos de técnicas
terapêuticas (Talassoterapia, Hidroterapia, Fangoterapia, Vasoterapia e
Algoterapia), todas utilizando recursos naturais oriundos dos mares. A
Climatoterapia é “a exposição para fins terapêuticos das virtudes curativas da água do
mar, do ar e do clima marinho”.
Quem já foi a uma praia ou teve contato
com o clima marinho sempre tem um comentário positivo. Sentimos uma sensação
agradável no corpo (descontração), na alma (paz) e nas emoções (relaxamento). Poderíamos
atribuir a isso um efeito puramente placebo ou fruto da sugestão mental, mas,
hoje, as explicações para esses efeitos são estudadas pela ciência, desde 1904,
pelo Medico René Quinton (“Agua do mar, meio orgânico”) e o termo
Talassoterapia (thalassa= mar) foi
proposto pelo Medico Bonnardière (1867).
Com o desenvolvimento da Climatoterapia,
surgiram na Europa (França, Inglaterra, Alemanha) vários centros de
balneoterapia marinha, aproveitando as propriedades físico-químicas da água do
mar: 1) água salinizada (contendo
sais em solução: cloreto de sódio,
potássio, cálcio, magnésio, bromo, iodo, sulfatos e carbonatos); 2) Um
meio ionizado e carregado negativamente: água eletrolítica que transmite ao
corpo humano cargas e íons negativos, que ficam armazenados na pele; 3) A água atravessa a pele: as camadas da
pele absorvem água, eletrólitos e oligoelementos, como uma verdadeira esponja,
que ficam armazenados nela e são solicitados pelo metabolismo, conforme a
necessidade; 4) O corpo humano flutua na
água: conforme o Principio de
Arquimedes: “ todo o corpo mergulhado num fluído sofre uma impulsão de baixo para
cima igual ao peso do fluído deslocado”. Ou seja, o peso de uma pessoa
mergulhada é duas vezes e meia mais fraco na água do mar. Com isso, os membros
vão ficar mais leves, facilitando o movimento e as terapias de manipulação
(Cinesioterapia). Permite maior amplitude nas articulações e recuperação de
movimentos, nas doenças articulares e reumáticas.
O corpo humano se beneficia do clima
marinho, devido vários fatores: a) a pureza do ar: no alto mar ou longe da
costa, a tendência é a ausência de germes e micróbios; a pureza permite maior
incidência dos raios solares, a dilatação dos vasos capilares e as trocas entre
o corpo e o meio ambiente; b) a
temperatura estável: a massa líquida acumula energia solar, que aquece o
corpo; c) estabilidade higrométrica:
a evaporação da água, os aerossóis marinhos mantém uma umidade constante e
elevada, que penetra nas vias respiratórias; d) pressão barométrica elevada: a temperatura constante, faz com que a
pressão do ar beneficie as insuficiências respiratórias (alergias, bronquites,
asma, enfisema);e)circulação benéfica do
ar: provoca excitação dérmica, alternando contração e dilatação dos vasos
capilares.
Em menor intensidade essas mesmas
propriedades e fatores benéficos ocorrem nos banhos em rios que possuem
corredeiras e cachoeiras, cuja água em constante movimento borbulhante, se
aquece e se resfria, absorve o calor e a energia das pedras e rochas submersas,
rompendo as algas que nelas se fixam, removendo os musgos e o lodo que se forma
na sua superfície. Essas massas de águas
aquecidas (37o) realizam verdadeira hidromassagem, relaxando a
musculatura e incorporando os nutrientes, os sais nela diluídos e a energia
absorvida do centro da terra (telúrica). JARBAS
ATAÍDE, 04.01.2018.
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