sábado, 14 de abril de 2018

ELEIÇÕES 2018


ELEIÇÕES 2018
Entrevista com os pré-candidatos ao Senado Federal


“Realmente eu me decidi, disputar uma vago do Senado pelo Amapá, pois se os homens de bem não se levantarem, quem vai ocupar essas cadeiras são pessoas de má fé”. – Pastor Guaracy Júnior (PTC).


Reinaldo Coelho

O pastor Guaracy Júnior está entre os pré-candidatos para ocupar uma das duas vagas disponíveis no Senado para o Amapá. Líder da Igreja do Evangelho Quadrangular, o religioso é o nome que representa o centro-direita e tem recebido apoio de diversos setores, principalmente das igrejas cristãs.
Além de presidente estadual das Igrejas do Evangelho Quadrangular no Amapá, Guaracy Júnior também é um grande pecuarista e investidor do agronegócio, atividade mantida pela família dele há várias décadas.
O pré-candidato do PTC nasceu em Belém (PA), em 1974, e mudou-se para o Amapá em 2009. Será sua primeira eleição partidária. Ele é formado em administração de empresas e teologia. Não tem filhos.
Filiado ao PTC desde outubro do ano passado. Quando se filiou, Guaracy Júnior representava a Frente da Família Cristã, grupo composto por representantes de diversas igrejas evangélicas e de católicos. Pessoas comprometidas com a defesa dos valores familiares. O pastor nunca teve cargo público, sendo conhecido no Estado por ser um empresário do agronegócio e pelo bom trabalho realizado à frente da igreja, liderando grandes eventos

Acompanhe a entrevista:

Tribuna Amapaense – O que o motivou a entrar na vida pública, principalmente, disputar uma vaga no Senado Federal pelo Estado do Amapá, mesmo não sendo amapaense?

Guaracy Júnior – Sempre lidamos com o público. Ao passar a exercer as atividade de Pastor e de Presidente da Igreja Quadrangular no Estado, desde 2008, estando assim radicado aqui há 10 anos, e entre as missão que exerci foi a de me apaixonar pelo Estado do Amapá e pelo seu povo. Quero aqui destacar que já conheço o Amapá há 33 anos, sou paraense, nascido em Belém (PA), e aos 8 a 9 anos de idade eu vinha aqui, visitar parte da minha família, que aqui residia, e morei em Macapá em 1997, durante 1 ano. A partir disso passei frequentemente a vir a Macapá e Santana. Mais do que nunca o Amapá esteve no meu coração, e sempre me peguei pensando em me estabelecer aqui. Deus opera tanto no querer, quanto no realizar. Eu queria morar no Amapá e fui escolhido para presidir a Igreja Quadrangular Amapaense. Se eu não sou do Amapá, porque disputar uma vaga de senador por aqui? Há é paraquedista? Não, não sou paraquedista. Vivo há doze anos no Amapá, nunca me candidatei há nada, mas aqui já tenho raízes de 33 anos atrás. São duas coisas que não podemos escolher – Os pais, que dou graças a Deus, pelos o que eu tenho – e o lugar onde você nasce – mas o lugar onde você fica é escolhido por você. E eu escolhi o Amapá e me considero sim amapaense e afirmo, a nossa origem é a mesma. Eu amo esse Estado, a Bíblia diz: Onde está teu tesouro, ali estará teu coração. A visão de disputar o senado, foi justamente a vontade fazer a diferença. Pois a minha atuação frente à igreja e vendo o sofrimento e as dificuldades de muitos, principalmente durante uma crise que estamos passando há três anos, que não é somente econômica, é familiar, educacional, moral, e política. Então realmente eu me decidi, pois se homens de bem não se levantarem, quem vai ocupar essas cadeiras são pessoas de má fé.

TA – O PTC, que o senhor classifica como uma legenda de centro/direita, ligada à família e incentivadora do desenvolvimento econômico, é a legenda ideal para a sua defesa da família?

Guaracy Júnior – Sim, o PTC é um partido que visa e guarda os valores da família. Pois temos a família como a célula mater da sociedade e que deve ser preservada, guardada, considerado, valorizada. Não só a família, mas o respeito as autoridades. Por exemplo, eu acho louvável o filho que pede a benção ao seu pai; quando o aluno respeitado seu professor, que tem uma dedicação a sua vida. E quando as coisas são invertidas e você passa a não honrar seus pais, suas autoridades, seu professor, um pessoa que está ali em seu benefício, para lhe ensinar, como mentor, como líder, quando você desonra as pessoas, você quebra princípios e se o assim faz, caímos em diversos erros. E o PTC vem defendendo a ordem, a família e o desenvolvimento social.

TA – Ao se filiar em 2017 o senhor representava a Frente da Família Cristã, grupo composto por representantes de diversas igrejas evangélicas e de católicos. Pessoas comprometidas com a defesa dos valores familiares. Qual é o objetivo dessa frente?

Guaracy Júnior – A Frente da Família Cristã (FFC) é um movimento muito bem organizado no Brasil. Eu acho que as Igrejas chegaram a uma maturidade, onde 95% da população brasileira é cristão. Isso abrange os evangélicos, católicos e diversos outras denominações que são cristãos. Acreditamos na Bíblia em Deus, junta-se ai uma grande parcela de judeus, que não são cristãos, porém tem todo respeito pelo mesmo Deus. A FFC foi criada justamente devido a um ataque aos valores da família, a deturpação do que é muitas vezes politicamente correto. Vou explicar, pois as pessoas radicais podem ler somente no contexto da sexualidade. A FFC não está para condenar alguém por ser homossexual, isso é um grande erro. Não podemos condenar uma conduta, cada pessoa é responsável pela sua conduta. A FFC está para preservar os direitos da famílias, dos pais terem o direito da educação de seus próprios filhos e não o ESTADO se intrometer e querendo enfiar uma ideologia de gênero goela a baixo de uma criança. Alguns dizem – “Há! Ideologia de gênero, não é tão mal”. Não é tão mal até você ir a uma sala de aula e ver o que está acontecendo. Quando você pega seu neto, sobrinho sendo confundido pelo que lhe dizem – Olha! Você não tem que dizer que é menino ou menina, você vai decidir no decorrer de sua vida. E de preferência que você experimente vários tipos de relações sexuais”. Isso é erotização de crianças. O problema é a militância radical que pega símbolos das igrejas e desprezam. O que queremos é que respeitem os nossos valores. As cartilhas de ideologia de gênero tratam isso de forma muito pesada. Se eu visse isso a 15 anos atrás, eu diria que seria impossível que isso se encaminhasse para atual situação.

TA – O senhor credita essa situação na sociedade brasileira ao o que ou a quem?

Guaracy Júnior – Tudo isso tem um pano de fundo, assim como temos de respeitar os pontos de vista contraditórios, o mundo viveu ao longo de um tempo a esquerdização, não condeno aqui quem pensa de forma diferente, mas com isso alguns valores foram deturpados, principalmente ao que tangem a família. {Vladimir Ilyitch Ulianov] Lenin nos dez pontos principais de um livro que ele escreveu e diz assim – Para tornar-se um Estado forte destrua a família e toda a concepção familiar – Qual é a forma de destruir a família? Existe uma intenção real de fazer isso, desrespeitando os valores das autoridades e da família, sem condenar as famílias alternativas, mas da família gerada pelo relacionamento homem e mulher.

TA – Os meios de comunicação estão sendo responsáveis pela divulgação dessas mudanças negativas?

Guaracy Júnior – Eu creio que alguns canais de publicidade dão ênfase a essas distorções. Não posso concordar em uma hóstia católica, palavras pejorativas. E isso se publicado na imprensa e na capa um homem fazendo sexo com um animal. Aquela famosa mostra patrocinada pelo Santander - 'Queermuseu — Cartografias da diferença na arte brasileira' – Ali você tinha racismo, vilipendiando as religiões, a Bíblia, a Jesus Cristo isso exposta a crianças em praça pública. É uma perseguição ao homossexualismo. Não, Não ele pode ser o quiser ser, ninguém pode ser meter na vida dele. O que não pode é valores cristãos serem vilipendiados. Lá atrás um homem foi acusado de chutar uma imagem e foi expulso do Brasil, hoje um homem pegou uma imagem e ralou se masturbando e a sociedade aceita isso. Isso passa na TV, é isso que acredito.

TA – A adoção de crianças por casais homo afetivos não vem ajudar a cair o número de crianças abandonadas e esquecidas nos orfanatos e abrigos?

Guaracy Júnior – A adoção no Brasil é muito burocrática e pouco pratica e por isso, muitas vezes boas famílias desistem de adotar. Mas essa burocracia é para proteger, nem sempre funciona assim, muitas vezes estimula ações ilegais. Se um casal é estável, em residência fixa, tem bons antecedentes, ele é apto, vai haver erros, pode, por serem humanos. Porém, um estudo maior sobre a adoção, podemos chegar a 1 milhão de crianças que poderiam ser adotadas. A justiça ela pode julgar cada caso que pertence a ela, porém, nós temos de ter as condutas com certos cuidados. Existem pesquisas e elas mostram que muitas crianças adotadas por casais homossexuais acabaram sendo abusadas. Não quero dizer todos, por ser homossexuais são marginais, não, tem gente muito boa, correta e integra.

TA – Que legendas politicas o senhor considera para apoiar o PTC e sua candidatura rumo ao Senado Federal?

Guaracy Júnior – Eu posso me classificar, quando tange a economia, eu sou a favor de uma economia liberal, porém ao que tangem a valores a costumes, posso ser colocado a conservador, não antiquado, mas na conservação do que justo. Quando se vala em legendas partidárias, o Brasil tem um comportamento estranho sobre isso. Um partido teoricamente de esquerda, quando chega em alguns Estados ele não é esquerda e sim direita ou vice versa. Justifica-se porque partidos são representados por pessoas, um representante de um partido, nunca leu a base ou os fundamentos de seu partido. Eu me encaixo muito bem PSC, PODEMOS, AVANTE, mas não estou falando aqui de partidos que supostamente teria uma aliança. Temos recebido propostas de muitos partidos grandes para coligar e elas vão passar por quem fica por traz desses partidos e entendo que é bom sempre estar ao lado das pessoas que zelam pelo crescimento do Estado. Podemos ter divergência partidárias e ideológicas, mas temos de focar na prosperidade do povo amapaense.

TA – O senhor começou a atuar na política partidária recentemente, mas sempre participou das ações políticas no Amapá, como está a participação do Pastor Guaracy Júnior e o PTC com o PDT e o Governador Waldez Góes?

Guaracy Júnior – Não teríamos uma ligação política com o PDT, o que temos é amizade e muito respeito com o governador Waldez Góes (PDT), assim como temos com o prefeito Clécio Luís (REDE). Para isso, eu uso um princípio bíblico que diz que devemos honrar as autoridades. Isso não significa de concordar com tudo o que elas fazem, porém, se ele está trabalhando pelo bem do Estado, acho uma loucura fazer uma oposição burra, fazer por fazer. Você é oposição contra o crescimento do Estado? Se o governador ou o prefeito tiver proposta de desenvolvimento eu tenho que apoiar. Eles poderiam ser adversários políticos, o que eu não tenho, pois respeito a todos, Waldez, Clécio, senador Capi, mas querem o bem do Estado eu tenho de cooperar com eles, para fazer esse Estado andar.

TA – O senhor declarou em uma entrevista a JM Notícias que concorda com este plano de aumentar a Bancada Evangélica no Congresso, e que entende que há um plano progressista em destruir a família, começando por descaracterizar a sociedade construída no modelo judaico-cristão. Em que o senhor se baseia para essa afirmação?

Guaracy Júnior – Primeiro não seria aumentar a Bancada Evangélica, quero fazer um concerto aqui, o nosso desejo da FCC é aumentar a bancada Cristã na Câmara Alta e Baixa do Parlamento Brasileiro. Gente que levante e leve a bandeira da família e do desenvolvimento do Estado, da moralidade, que trabalhe contra a corrupção e isso seja católico, evangélico, mas gente comprometida ao temor ao Senhor e aos valores e bons costumes. Gente que creia que o Brasil tem jeito.

TA – O Amapá tem sua economia baseada no fomento do contracheque, isso é público e notório, a necessidade de garantir o desenvolvimento do Estado, incentivando a vinda da indústria e dos grandes investidores passa pelo Senado Federal? O que o senhor pretende fazer na Câmara Alta para conseguir atrair agentes de fomento para o Estado? Qual será a base de seu trabalho?

Guaracy Júnior – Sim, historicamente o Amapá está cada dia mais pobre, justamente pela dependência do contracheque. A população cresceu e a riqueza não aumentou. Em 2015 tínhamos próximo de R$ 14 bilhões de PIB, antes disso foi R$ 18 bi. Estima-se que em 2018, pode fechar em R$ 17 bi, estima-se. O que acontece, de 78% a 88%, podemos chegar a 90% da nossa economia gira em torno de União, Estado e municípios. Em média 85% da economia amapaense vem do estado e volta, com o problema que não fica aqui. O que se consome não é produzido aqui. Até a carne bubalina que é de primeira qualidade não é consumida pelo amapaense. Você vai aos grandes centros do Brasil, e a carne de búfalo e seus derivados é a mais cara. Mais isso acontece devido à falta de informações e de incentivo nesta área. O agricultor é um herói, ele investe na terra, vive da terra, ele produz para o Estado e encontra muitas portas fechadas especialmente, quando não tem os incentivo à produção. A maioria dos países incentivam a produção, dando empréstimos com juros baixíssimos. No Brasil temos FNO, BNDES, mas, a população do Amapá tem dificuldades de acessar esses recursos, pois não são donos de suas terras. Eu acredito muito que a solução para o Amapá passa pelo agronegócio.

TA – Por que?

Guaracy Júnior – O frango aqui consumido tem um gasto de quase R$ 1 bilhão por ano, o consumidor compra aqui, mais esse dinheiro vai para o Estado produtor e isso acontece com outros produtos. O Amapá poderia ser um estado riquíssimo em produção. 

TA – Como sair desse gargalo do contracheque?

Guaracy Júnior – Primeiro, o Amapá é um Estado onde a mineração pode ser uma grande fonte de renda, inclusive trazendo benefícios sociais. Mas para isso tem que se estabelecido regras rigorosas. Só que essas regras quem tem que impor é o governo que está no poder. Ai entra o papel do senador, do governador, deputados estaduais e federais. Temos que lutar pelo que é nosso. As pessoas criminalizam a mineração e deixaram 10 mil garimpeiros desempregados no Amapá. Vejamos a RENCA, quando a vetaram isso foi ruim para o Estado, mas como queriam que fosse aprovada não seria tão benéfica para o Amapá. Ela deve ir para frente, mais com algumas observações. A mineração tem que trazer benefícios sociais. O garimpeiro hoje é obrigado a trabalhar escondido e assim vai fazer tudo errado, pois não lhe dão direito a regularização, a burocracia é instransponível. Não podemos criar dificuldades, para vender facilidades.

TA – Qual seria o grande benefício social das grandes mineradoras e como facilitar aos pequenos garimpeiros?

Guaracy Júnior – Que se aprove as grandes mineradoras e que se facilite aos pequenos, mas com responsabilidade social e com o meio ambiente. Como fazer isso? Se foi recolhido X de minério, Y fica para o Estado. A compra de produtos tem de ser no Estado e no município minerador. O legislativo está ai para isso. A mineração pode adicionar ao PIB do Amapá R$ 5 bilhões por ano.

TA – E o agronegócio que está em expansão, assim como a pecuária, qual seria as alternativas para impulsionar esses crescimentos?

Guaracy Júnior – Nós temos no cerrado alto e baixo, um milhão e quatrocentos mil hectares. Plantando somente 400 mil hectares, gerando R$ 3 a 5 bilhões em apenas uma safra por ano. As industrias correlatas terão a capacidade de colocar três vezes mais, ou seja, com uma safra teríamos R$ 9 bilhões por ano pela atividade agroindustrial. Somando tudo isso, a economia do Amapá dobraria e se tornaria o Estado mais rico do Brasil. Não é difícil.

TA – Soja não traz emprego?

Guaracy Júnior – Traz, primeiro a produção, depois as atividades exportadora, logística e transporte, riquezas circulando por aqui. Navios embarcando, sem esquecer que podemos receber a logística de Mato Grosso, pois não tem lugar no Brasil que esteja tão bem localizado quanto o Amapá. Todas as atividades correlatas do agronegócio, que representa a indústria de transformação. Esmagadoras, indústria de ração, entre dezenas de outras. Gera muitas riquezas. Poderá fazer o confinamento bovino e bubalino, e a carne do Amapá vai se tornar a melhor do Brasil.

TA – Se chegar ao senado federal, o que pretende fazer para atrair agende de fomento para o Estado do Amapá? Qual seria a base de suas ações?

Guaracy Júnior – Desburocratizar e regularizar as terras, para que o produtor tenha acesso bancário. Um Estado que amplie a possibilidade de desenvolvimento. Temos uma Zona Franca Verde com todas as condições de trazer as agroindústrias para cá, no entanto não fazemos nada. Nós temos aqui uma isca para as indústrias virem para cá, um rebanho, o segundo maior do Brasil. E mesmo sem mandato já estamos trabalhando nisso e as grandes empresas tem de se assentar no Amapá, com sócios amapaenses.

TA – O Brasil está passando por uma grande crise ética na política, a Lava Jato está combatendo e prendendo políticos e empresários que surrupiaram os cofres públicos, inclusive um ex-presidente da República, que está preso e o atual está sob suspeita. Como o senhor analisa esse cenário?

Guaracy Júnior – Reinaldo, tenho 43 anos, e nunca imaginava que chegaríamos a uma situação dessa. Nem o tamanho do abismo e do rombo que nos foi colocado as claras. A crise é ética, moral, social e familiar, refletiu na crise econômica. E graças a crise é que está acontecendo todas essas transformações, pois ela é o convite, por uma mudança. Se não tivesse a crise econômica e financeira, ninguém estaria vendo essas coisas. Estariam todos preocupados com a Copa do Mundo. O Brasil tem que mudar, a honestidade tem que ser prática dos bons costumes. Não podemos aceitar o jeitinho brasileiro. Parte da sociedade está se levantando, porque acredita em um Brasil diferente. Nós podemos mudar, podemos fazer diferente, e chegarmos a um novo tempo.

TA – A situação atual da política desanimou muitos brasileiros. A política está suja. As pessoas de bem não querem participar dessa velha política. O senhor que a encarou sempre, pode ser considerado “novo” para os eleitores amapaenses?

Guaracy Júnior – Eu não pensava em ser político, em me candidatar. Na minha forma de pensar tem coisas que são caraterizadas como nobre na política. A velha política perdeu espaço, ficou inadequada e inaceitável e o povo quer uma renovação e ela passa pela verdade. Não importa que seja direita, centro e esquerda. Acho busca políticos autênticos que sejam capaz de assumir suas posições. Quem não assume vira um camaleão. Não gosto da política da perseguição, todo radicalismo é burro. Tem de dar a chance de ouvir o contraditório. Eu me considero ‘novo’, pela capacidade de pensar, de analisar, antes de julgar, poder absorver e entender que algo precisa ser feito realmente.

TA – Violência, drogas, tráfico – o Brasil está sendo invadido pelo Crime Organizado e o Amapá tem sentido essa situação com assaltos com a participação de jovens. Qual seu posicionamento para discutir isso na Câmara Alta do Parlamento Brasileiro?

Guaracy Júnior – Quando se pergunta, qual é o maior problema que você vê hoje no Brasil? Em alguns estados mais de 30% responde – Segurança Pública. Eu conheci o Amapá, onde poderíamos viver na maior tranquilidade, frequentar a Fazendinha a Orla de Macapá, hoje é impossível. Devido as drogas, a crise, e a deturpação de valores. Um aluno que espanca um professor, é sinal de alguma coisa está errada. E também pela desvalorização dos agentes de segurança. O policial é mal remunerado e ele arrisca sua vida para proteger a sociedade, quando ele comete um erro, tudo que ele fez de bom na sua vida inteira se perde e a sociedade o criminaliza. Muitos militantes políticos defendem os bandidos e criminalizam os agentes policiais, mais não se lembram que no meio do trigo tem o joio. Em todos os segmentos tem o mau elemento, dentro das próprias igrejas, tem o padre e o pastor que não presta. No meio de políticos também. E as leis tem que serem readaptadas. Os policiais tem que ser julgados por um Tribunal Militar, que conheçam a atividade e possam julgar com base na realidade.

TA – A cultura amapaense está restrita a região, muitos artistas locais, de alto nível, não tem oportunidade de seus trabalhos serem divulgados em grandes centros. Os cantores locais tem participado de eventos nacionais e internacionais sem apoio. O que o Guaracy Júnior pretende quando esse segmento?

Guaracy Júnior – Sou cantor, tenho uma banda, eu gosto disso. O artista ele faz o que ama. E posso dizer que ele é o dos mais incompreendidos. E muitas vezes essa incompreensão, passa pela falta de apoio. O Estado deve ser um promotor de seus artistas. Porque ele é representante da cultura, ele leva o nosso turismo para fora. O Norte do Brasil, demorou muito tempo para romper essa barreira, até que a cultura nortista foi levado Brasil afora. O Pará conseguiu isso. Quantos artistas amapaenses de altíssimos níveis nós temos. E essa ajuda passa pelos projetos que além de apoiar e chamar atenção de sua terra. Ele é promotor turístico de sua cidade. Suas músicas cantam a beleza da natureza. Zé Miguel, Osmar Júnior, Marcelo Dias, e cultura tem que ser respeitada, honrada e incentivada. Seja ela cultura Gospel ou Popular. O Estado que não incentiva a arte se torna um Estado burro, tem que ser incentivado a admiração pela pintura, musica, ritmos, som, poesia, literatura e principalmente no que traz turismos para o Amapá.

TA – O que o povo pode esperar do Senador Guaracy Júnior?

Guaracy Júnior – Alguém que lute pelo desenvolvimento do Estado, que lute pelos valores cristãos da família e de uma justiça, onde no Brasil, possamos viver dias em que um político, não seja chamado de ladrão. Que ele realmente venha a ser um homem honesto, que procure trazer benefícios para sociedade. Alguém que tenha o coração voltado para as pessoas. Faço minha as palavras de Jesus. Ele no alto de sua fama, quando ele não podia entrar nas cidades, pois as multidões o abordavam, causando agitações. No alto de sua fama, ela passou a pregar, somente nos desertos. E ele disse uma dia – Observe os lírios dos campos. Nem Salomão se vestiu como um deles. Na nossa correria do dia a dia, nos tornamos tão ocupados que deixamos de admirar o que é belo, a família, deixa de olhar o pobre. Isso pode nos dar o risco de deixar de sermos humanos e de pensar do sofrimento e nas necessidades dos outros. Perdemos a sensibilidade. Se Deus me der a graça de ir ao Senado, eu vou fazer de tudo para honrar a posição que estou. Para buscar uma sociedade melhor. Um Brasil Patriota!

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