sexta-feira, 13 de abril de 2018

MÉTODO TERAPÊUTICO EM FITOTERAPIA: CRITÉRIOS NA PRESCRIÇÃO


MÉTODO TERAPÊUTICO EM FITOTERAPIA: CRITÉRIOS NA PRESCRIÇÃO



             A prática terapêutica em Fitoterapia, como nas demais práticas tradicionais dos sistemas médicos não convencionais, exige critérios. Como afirma SAAD, G.A et al(2009), ela é exercida dentro de diferentes paradigmas e observa-se grande tendência à hibridação de conhecimentos, devido a troca de informações entre as várias culturas.
            Em nossa pratica são apresentadas as seguintes indicações terapêuticas, baseadas na proposta da tradicionalidade:
a)    Plantas Medicinais Tradicionais
b)   Fitoterápicos Tradicionais;
c)    Outros Métodos Terapêuticos Complementares.
           Dessa forma, a adoção da Fitoterapia, como método terapêutico, torna-se mais efetiva quando associada a outras técnicas naturais, como a dietética, acupuntura, homeopatia, massoterapia, ginástica (GOMES, 1983). As doenças, distúrbios e desequilíbrios orgânicos se manifestam através de situações antagônicas, que exigem uma medida ou ação terapêutica contrária.
       Dessa forma, denomina-se de “método terapêutico em fitoterapia”, pois, em determinados casos, além das plantas deverão ser associados outras medidas terapêuticas não convencionais ou complementares. Na prescrição, no caso das plantas medicinais /fitoterápicos adotar-se-ão, didaticamente, os seguintes passos:
        1. ESTABELECER A ESTRATÉGIA DE TRATAMENTO: indicar a terapêutica da patologia básica, dos fatores predisponentes e doenças associadas (comorbidades), incluindo a planta/droga vegetal simples ou associação de plantas;
       2. ESCOLHER AS PLANTAS ADEQUADAS: faz-se a seleção de espécies, conforme a necessidade, associando ou não as variedades, visando o tratamento da patologia ou dos sintomas, sem estabelecer a quantidade e escala de valor.
        3. DEFINIÇÃO DE PLANTAS PARA A FÓRMULA TERAPÊUTICA: escolha das plantas com efeitos mais indicáveis para o caso, priorizando as espécies que vão atuar em vários sistemas, ou melhor, que vão proporcionar multiplicidade de ações no organismo. Vários autores indicam não ultrapassar cinco (5) plantas nas fórmulas combinadas.(CARVALHO, J.C.T, 2005).
        4. INDIVIDUALIZAÇÃO DA FÓRMULA: conforme a necessidade, verificando a forma de apresentação, modo de uso, dosagem e horário das doses. Nas associações de plantas as doses diárias devem ser sempre menores que as preconizadas na literatura, em função do sinergismo;
       5. PLANTA HARMONIZADORA: para melhorar a aceitação, ou seja, facilitar o sabor e diminuir efeitos tóxicos pode ser acrescentado as chamadas plantas harmonizadoras, objetivando retirar o sabor amargo das plantas principais assim e facilitar o processo digestivo (SAAD, G.A, & col.2009)
              Exemplo de Prescrição (fórmula): Indicação para Epigastralgia/pirose/plenitude gástrica. Exame: Endoscopia Digestiva Alta - EDA: indicativo de gastrite leve com H.pilory (negativo)
·         Prescrição 1: Indicação em forma de chá em infusão de plantas: Carminativa /analgésica/ antiespasmódica:
          C. citratus.(capim-marinho)............folhas.............20 g
          M. recutita (camomila)...................flores...............05 g
          Menta x piperita (hortelanzinho)....folhas/talos.....10 g
           P. barbatus (anador).......................folhas.............05 g
                                                         Dose diária ..............40g



          Modo de preparo: Colocar a dose das plantas em 100 ml de água fervente por cinco minutos, em recipiente tampado. Em seguida coar em crivo de malha fina, esfriar e ingerir conforme prescrição médica.
·           Prescrição 2: Indicação em forma de sumo verde de plantas analgésicas, antinflamatórias e antiácidas:  B. oleracea (couve) + B. callycinum (pirarucu) +  M x piperita (hortelanzinho ). Modo de preparo: Bater em liquidificador as plantas citadas em 150 ml de água fria, em seguida coar em crivo de malha fina, e ingerir conforme prescrição médica. .
   

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