MÉTODO
TERAPÊUTICO EM FITOTERAPIA: CRITÉRIOS NA PRESCRIÇÃO
A prática terapêutica em Fitoterapia, como nas demais práticas
tradicionais dos sistemas médicos não convencionais, exige critérios. Como
afirma SAAD, G.A et al(2009), ela é
exercida dentro de diferentes paradigmas e observa-se grande tendência à
hibridação de conhecimentos, devido a troca de informações entre as várias
culturas.
Em nossa pratica são apresentadas
as seguintes indicações terapêuticas, baseadas na proposta da tradicionalidade:
a) Plantas
Medicinais Tradicionais
b) Fitoterápicos
Tradicionais;
c) Outros
Métodos Terapêuticos Complementares.
Dessa forma, a adoção da Fitoterapia, como método terapêutico,
torna-se mais efetiva quando associada a outras técnicas naturais, como a
dietética, acupuntura, homeopatia, massoterapia, ginástica (GOMES, 1983). As
doenças, distúrbios e desequilíbrios orgânicos se manifestam através de
situações antagônicas, que exigem uma medida ou ação terapêutica contrária.
Dessa forma, denomina-se de “método terapêutico em fitoterapia”,
pois, em determinados casos, além das plantas deverão ser associados outras
medidas terapêuticas não convencionais ou complementares. Na prescrição, no caso
das plantas medicinais /fitoterápicos adotar-se-ão, didaticamente, os seguintes
passos:
1. ESTABELECER A ESTRATÉGIA DE
TRATAMENTO: indicar a terapêutica da patologia básica, dos fatores
predisponentes e doenças associadas (comorbidades), incluindo a planta/droga
vegetal simples ou associação de plantas;
2. ESCOLHER AS PLANTAS ADEQUADAS:
faz-se a seleção de espécies, conforme a necessidade, associando ou não as
variedades, visando o tratamento da patologia ou dos sintomas, sem estabelecer
a quantidade e escala de valor.
3. DEFINIÇÃO DE PLANTAS PARA A FÓRMULA
TERAPÊUTICA: escolha das plantas com efeitos mais
indicáveis para o caso, priorizando as espécies que vão atuar em vários
sistemas, ou melhor, que vão proporcionar multiplicidade de ações no organismo.
Vários autores indicam não ultrapassar cinco (5) plantas nas fórmulas combinadas.(CARVALHO,
J.C.T, 2005).
4. INDIVIDUALIZAÇÃO DA FÓRMULA:
conforme a necessidade, verificando a forma de apresentação, modo de uso,
dosagem e horário das doses. Nas associações de plantas as doses diárias devem
ser sempre menores que as preconizadas na literatura, em função do sinergismo;
5.
PLANTA HARMONIZADORA: para melhorar a aceitação, ou seja, facilitar o sabor
e diminuir efeitos tóxicos pode ser acrescentado as chamadas plantas
harmonizadoras, objetivando retirar o sabor amargo das plantas principais assim
e facilitar o processo digestivo (SAAD, G.A, & col.2009)
Exemplo de Prescrição (fórmula): Indicação
para Epigastralgia/pirose/plenitude gástrica. Exame: Endoscopia Digestiva Alta
- EDA: indicativo de gastrite leve com H.pilory (negativo)
·
Prescrição
1:
Indicação em forma de chá em infusão de plantas: Carminativa /analgésica/
antiespasmódica:
C. citratus.(capim-marinho)............folhas.............20
g
M. recutita
(camomila)...................flores...............05 g
Menta x piperita (hortelanzinho)....folhas/talos.....10
g
P. barbatus
(anador).......................folhas.............05 g
Dose diária ..............40g
Modo de preparo: Colocar
a dose das plantas em 100 ml de água fervente por cinco minutos, em recipiente
tampado. Em seguida coar em crivo de malha fina, esfriar e ingerir conforme
prescrição médica.
·
Prescrição
2:
Indicação em forma de sumo verde de plantas analgésicas, antinflamatórias e antiácidas: B.
oleracea (couve) + B. callycinum (pirarucu)
+ M
x piperita (hortelanzinho ). Modo
de preparo: Bater em liquidificador
as plantas citadas em 150 ml de água fria, em seguida coar em crivo de malha
fina, e ingerir conforme prescrição médica. .
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