‘Arautos da miséria’
O
Amapá, o Estado mais preservado do Brasil é o alvo preferencial das ONGs
internacionais (Greenpaece, WWF e GTZ) agora em virtude de ter sido descoberto
petróleo e gás na foz do Amazonas e o presidente Michel Temer resolver
autorizar a exploração de minério na RENCA – Reserva Nacional do Cobre e
Associados. A pergunta é: do que vai viver o amazônida?
Reinaldo Coelho
LAÇOS SÓRDIDOS:
NEGÓCIOS ESCUSOS é a base da literatura ambientalista da autora de “Uma Demão
de Verde: Os Laços entre Grupos Ambientais” a jornalista canadense Elaine Dewar
onde ela oferece na realidade uma bem fundamentada denúncia. O tema é
ambientalismo e ela é do meio. Não sendo um discurso engajado é um relato
baseado em informações que inspiram credibilidade. Buscando realizar pesquisas
de uma das mais importantes “nações” indígenas do Brasil, os Caiapós, suas
primeiras presunções foram alteradas. Em vez de grupo carente de apoio de ONGs
mantidas por órgãos internacionais, a repórter se deparou com uma “organização”
solidamente evangelizada por modernas doutrinas comerciais de alcance mundial,
explorando ouro e madeira da sua reserva. Descobriu que por aí passava uma
“trilha de milhões e milhões de dólares, em um circuito que integrava agências
governamentais, fundações e empresas privadas, organizações não-governamentais,
e ativistas ambientais e indigenistas, que se empenhavam em influenciar as políticas
públicas em três continentes”. A leitura de “Uma Demão de Verde” possibilita
entender os meandros da construção da própria Constituição do Brasil pode ser
fortemente manipulada por uma intrincada rede de poder que influenciou a sua
própria redação. Na Constituição de 88 consta com clareza, que teriam de haver
reservas onde ninguém pudesse entrar. Por trás das linhas dá muito bem para se
acrescentar, a partir do texto da repórter canadense, a não ser quem tenha
sintonia fina com interesses comuns de políticos-empresários, donos de ONGs e
grupos nativos.
O texto-reportagem mostra convincentemente a
rede intrincada que une com laços consistentes, o governo americano, canadense,
inglês e japonês, e como estes mexem com ONGs, políticos, empresas como é o caso
do Brascan, Vale do Rio Doce, Institutos, Fundações como a Chico Mendes e
comunidades indígenas para a movimentação de milhões de dólares.
Nada mais oportuno
o conteúdo do livro “Uma Demão de Verde" para entender como os países
ricos escrevem as políticas e as políticas públicas brasileiras e ostentam a
fragilidade da exacerbadamente apregoada soberania nacional.
Na Amazônia
vive-se uma contradição planetária. O Ocidente rico luta com todas as suas
tecnologias contra o Oriente rico. O Ocidente pobre, Américas do Sul e Central,
sofrem uma fiscalização implacável nos seus biomas promovida pelos organismos
internacionais e de entidades nacionais que utilizam a mídia alinhada a esse
discurso falacioso, artistas que se desdobram em campanhas difamatórias falando
do que não entendem e o governo brasileiro que se queda diante da pressão
internacional.
Uma fantasia, um
delírio. Tem razão Augusto Heleno, o general contestado, ao apontar a força dos
espúrios "interesses" internacionais pela Amazônia. Da mesma forma em
que o texto mostra exploração econômica da Amazônia por parte de ONG’s
estrangeiras, ou brasileiras financiadas do exterior, inclusive por governos e
multinacionais, à revelia ou contraditórias ao desenvolvimento do agro negócio
brasileiro. Ficam evidentes os autênticos laços entre grupos ambientais,
governos e grandes negócios". Ela relata a forma espúria de como foram
conseguidos recursos para o encontro de 1989. Segundo ela, o histórico encontro
de Altamira foi sustentado por negócios ilegais de ouro e madeira realizados
pelos índios Caiapós, e não por sustentação externa como apregoado na época. O
texto levanta muitas outras suspeitas.
Ao investigar sete
grandes ONGs Canadenses ou com sede no Canadá, ela tenta descobrir, além de
onde obtinham seu dinheiro, qual era o relacionamento delas com seus membros,
se eram democráticas, representativas e/ou transparentes. A autora,
decepcionada com as descobertas, conclui seríssimas questões.
Todas elas
recebiam milhões de dólares anuais e gastavam grande parte defendendo interesses
específicos junto a governos e ao público em geral; assumiam uma fachada de
independência crítica de governos e negócios. Desorientavam seus públicos com
informações incorretas para obter fundos; tinham como protagonistas as mesmas
pessoas, um grupo seleto e interligado. E constituíam canais para repasse de
dinheiro governamental para ONGs menores em outros países, tendo capacidade
para apagar as linhas divisórias entre negócios, política e atividades
beneficentes incluindo o Brasil nessa rede ampla. O que está por trás de tudo
isso?
No Brasil (que,
segundo a autora, definitivamente não é um "país de ingênuos") as
ONGs funcionavam como membranas permeáveis por meio das quais governos e
empresas podiam fazer acertos com tomadores de decisões na maior economia da
América Latina, exercer pressão sobre autoridades com grandes e pequenas
doações através das quais o seu comportamento podia ser administrado.
E estas
descobertas estão cristalizadas nas ações das ONGs internacionais na Região
Amazônica onde todos os projetos voltados para o crescimento e desenvolvimento
econômico, geração de emprego e renda para os Estados e para a população
amazônica são ilegais, pois contamina, destrói e acaba com o meio ambiente,
seja no agronegócio, pecuária e plantação de soja, exploração mineral, seja no
mar ou em terra, exploração de madeira, caça e pesca. O mundo inteiro dá
palpite e crítica e aponta as catástrofes que o mundo sofrerá se no Amapá se
plantar soja ou explorar a RENCA, a FLOTA ou manter a produção de ouro ou
ferro. O Brasil e o Amapá não podem se dar ao luxo de desprezar suas reservas
de petróleo e mineral que podem render para a União, estados e municípios R$
281 bilhões em royalties. Ficando sujeito ao Greenpeace boicotando os Estados Amazônicos.
Greenpeace boicota
o desenvolvimento
O ano é 1971. Os
EUA e a URSS estão na corrida armamentista e a guerra do Vietnã está firme. Uma
turma de hippies resolve alugar um barco e ir pro Alasca protestar contra os
testes nucleares americanos. Um desses hippies era PATRICK MOORE. Eles ganham
atenção mundial e dentro de pouco tempo formam o Greenpeace (Paz Verde).
Quase cinco
décadas se passaram, a guerra fria acabou faz tempo e os problemas são outros.
Dentre os grandes "cases" atuais do Green Peace podemos citar o
ambientalismo catastrófico e principalmente contra tudo que venha beneficiar o
crescimento econômico da Região Amazônica.
O Greenpeace, para
continuar sendo "do contra", vem adotando posturas mais extremistas
ao longo dos anos, abandonando a lógica.
Corais da Foz do Rio Amazonas (Divulgação/Internet) |
O Greenpeace é
mais capitalista do que ambientalista, pois defende os que seus doadores
capitalistas os orientam.
Não há
profissionais de alta formação em áreas específicas de interesse do Greenpeace
e a maioria lá se define como "ecologista" sem ter muita ideia do que
isso significa.
Greenpeace inicia
campanhas motivadas por medo e desinformação.
O Greenpeace dá a
entender que todos as necessidades energéticas do mundo podem ser supridas com
energia eólica e solar.
O Greenpeace trata
a energia nuclear com o mesmo temor das armas nucleares.
O agronegócio condenados
pelo Green Peace seriam a chave para a desnutrição em regiões menos favorecidas
do globo.
No mundo inteiro,
as ações dos ambientalistas, com a liderança do Greenpeace é detonar qualquer
atividade econômica que eles “considerem” lesivas ao Meio Ambiente. As
manchetes da imprensa internacional é -
Áustria: ambientalistas condenam exploração de petróleo no Equador; Ambientalistas criticam exploração de petróleo no Ártico e a última de
dezenas é Exploração petrolífera pode extinguir bioma único na Amazônia, diz
ONG - O recife de corais da Amazônia foi
descoberto em 2016 e segundo o Greenpeace, já nasce extinto -.
O olhar alarmista para o Amapá
O Estado do Amapá
é explorado ilegalmente por nações estrangeiras desde sua ‘descoberta’. Nesses
últimos séculos foram muitos os meios utilizados para manter o que o Portugal
colonizador fazia com o ouro das Minas Gerais, tudo para eles e nada para os brasileiros.
Barcos estrangeiros que vem pescar nas costas do Amapá levam do camarão rosa ao
‘grude’ da gurijuba, que é considerado o ouro do pescado do litoral Amazônico.
O peixe, além de possuir uma carne considerada nobre no mercado externo, agrega
alto valor em função de sua bexiga natatória, o chamado "grude", em
países como China, Japão, Europa e Estados Unidos. São vendidos pelos
amapaenses a R$ 20 e na rota final de mercado do produto, países chegam a pagar
até R$ 1.300 pelo quilo do grude da gurijuba. Além de contrabandear nossos
biomas, transformam em produtos medicinais, patenteiam e vendem ao ribeirinho
com alto preço aquilo que é dele por direito natural. Caso do cupuaçu no Japão
e último o Jambú que os EUA registraram a propriedade medicinal do jambu o que
impedem pesquisa da Universidade Federal do Amazonas de lançar no mercado uma
pomada bucal de uso odontológico. As pesquisas realizadas eram com a substância
spilantol, presente no jambu, vegetal usado na culinária amazônica como
ingrediente do tacacá e pato no tucupi, por exemplo.
Esses mesmo países
que ‘roubam’ e usam os produtos da Amazônia para seus enriquecimentos, pedem
que aqui não sejam explorados os recursos do solo e subsolo amapaense que darão
ao povo a possibilidade de usufruir de sua riqueza, de ter vagas de empregos e
geração de rendas para seus filhos que saem das universidades sem perspectivas
de uma renda estável para seu futuro e da família que pode constituir.
Para o geólogo
Onildo Marini, professor aposentado da UnB e hoje diretor-executivo da Agência
para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira (Adimb), a
Amazônia intocável é uma infantilidade, não melhora a vida do povo amazônico,
nem traz recursos para o país como um todo. “Se olhar a nossa balança comercial,
o que está salvando o Brasil é a agricultura e a mineração", afirma
Marini.
Exploração
petrolífera
Hoje a pauta é a
exploração petrolífera na costa amapaense e a Renca, reserva que o fraco
governo Temer, extinguiu e depois revogou sua decisão e agora volta a decretar
a abertura parcial, teve uma grita nacional e internacional que foi liderada
pelo senador da Rede/Amapá Randolfe Rodrigues em entrevista no final de agosto
de 2017 da tribuna do Senado, pela voz do senador amapaense, ao jornal inglês
The Guardian.
Mas essa oposição
ao plano do governo de abrir a área à mineração não é unânime: geólogos ouvidos
pela BBC Brasil acusam os protagonistas dessa reação de "histeria",
"infantilidade" e "desinformação".
Eles argumentam
que a maior parte da Renca (Reserva Nacional do Cobre e Associados) continuará
bloqueada para mineração porque hoje seu território engloba nove áreas
protegidas, entre unidades de preservação ambiental e terras indígenas, que não
sofreram alteração no decreto de extinção da reserva mineral. Essa área
bloqueada representa mais de 70% da Renca, segundo a ONG WWF, presente nas
terras amapaenses.
Enquanto as
pesquisas estão paralisadas, os geólogos sustentam que a reserva está hoje
ocupada por garimpeiros ilegais que não seguem qualquer legislação ambiental,
enquanto a mineração feita por empresas estaria sujeita a uma série de regras
que mitigam seu impacto. Segundo estimativa do instituto Imazon, a partir dos
voos que partem de Laranjal do Jari (AP), cerca de 2 mil garimpeiros atuariam
na Renca hoje.
"A Renca não
é o paraíso de Adão e Eva intocável. É uma região onde está havendo garimpagem
violenta sem respeito à lei, aos padrões de exploração mineral avançados e sem
recolher impostos", afirma o geólogo Onildo Marini.
E quem perde com
isso é os Estados do Pará e Amapá, que não arrecadam os seus tributos e os
amapaenses, que não podem atuar legalmente em suas próprias terras e se
beneficiar da riqueza do subsolo amapaense que está sendo clandestinamente
explorada.
Gladiando pela
riqueza amapaense
Essas visões e decisões opostas de
desenvolvimento se enfrentam em debate sobre exploração de petróleo no Rio
Amazonas. Cuidar do Meio Ambiente é importante, mas não se sobrepõem o
crescimento econômico de um povo.
Na foz do Rio Amazonas há duas coisas que
interessam aos brasileiros e à humanidade: petróleo e um grande recife de corais.
Um pode gerar riqueza, o outro combater os efeitos do aquecimento global. Mas não
dá pra usufruir dos dois?
No mundo inteiro,
as ações dos ambientalistas, com a liderança do Greenpeace é detonar qualquer
atividade econômica que eles “considerem” lesivas ao Meio Ambiente. As
manchetes da imprensa internacional é -
Áustria: ambientalistas condenam exploração de petróleo no Equador; Ambientalistas criticam exploração de petróleo no Ártico e a última de
dezenas é Exploração petrolífera pode extinguir bioma único na Amazônia, diz
ONG - O recife de corais da Amazônia foi
descoberto em 2016 e segundo o Greenpeace, já nasce extinto -
O pior que esses
ambientalistas radicais, já tocam as cornetas, sem mesmo terem comprovação
cientifica de que e para que serve esse novo bioma descoberto no Rio Amazonas e
na costa do Estado do Amapá até a Guiana Francesa.
Thiago Almeida,
especialista em Energia do Greenpeace, relata que a expedição tem o objetivo de
entender melhor o recife de corais. "Estamos na segunda expedição, e
pretendemos aprofundar o conhecimento desse bioma único recém-revelado ao
mundo, e já ameaçado pela indústria petrolífera, que pretende explorar
petróleo, ao lado dos corais", disse.
O que não
justifica, pois de acordo com a legislação ambiental brasileira existe um
protocolo de exigências para que as empresas vencedoras das licitações, tenham
de cumprir para poderem receber autorização de iniciar a pesquisa se existe
petróleo ou gás e se é viável economicamente a exploração. É um longo caminho
até chegar ao que os visionários ambientalistas já prevê acidentes destrutivos
dos recém descobertos corais marinhos.
Discordando do posicionamento
do representante do Greenpeace, Antônio Guimarães, do Instituto Brasileiro
Petróleo (IBP), que representa empresas do setor, o país de fato ainda depende
da energia do petróleo, ainda mais neste momento em que a recessão exige
investimentos para a recuperação do emprego e da renda. A seu ver, esse recurso
natural não pode continuar sendo apenas o “bilhete premiado” para o futuro.
Segundo ele, é possível explorar petróleo de modo sustentável, minimizando
riscos.
“É como no setor de aviação. Ninguém produz avião
para cair. Eles são feitos para voar. A indústria do petróleo funciona da mesma
maneira, pois se produz bilhões de barris no mundo inteiro e acidentes são
raros. Se fosse tão comum o mundo estaria completamente contaminado”, destacou.
Estudo sobre cerrado aconteceu por quase dois anos (Foto Joffre KouriEmbrapa Amapá) |
Porém, os ambientalista
ortodoxos somente pelo fato de haver uma prospecção, já evidencia uma
catástrofe ambiental com riscos de vazamentos de óleo para a área costeira,
mangues e a área de recifes de corais da região recém descobertos.
“Essa barreira de coral é única no mundo, é um
sistema frágil e devemos depositar bastante energia em sua conservação”, disse o Coordenador de Políticas Públicas da WWF, Michel Santos.
Já Silvio
Jablonski, chefe da assessoria de Gestão de Risco da ANP, disse que nenhum dos blocos
concedidos está situado sob a zona de corais. Observou que análises de risco
realizadas não demonstram que acidentes possam impactar áreas costeiras ou os
recifes. Depois de lembrar que toda atividade humana envolve riscos, ele disse
que o importante é ter planejamento e ações que possam minimizá-los. A seu ver,
o Brasil não pode ser dar ao luxo de desprezar suas reservas de petróleo, que
podem render para a União, estados e municípios R$ 281 bilhões em royalties.
“Precisamos usar esse patrimônio na fase de
transição para a economia de baixo carbono. Infelizmente, a fase do petróleo
não vai acabar abruptamente. Especialistas dizem que vai durar pelo menos por
mais 30 anos”, disse Jablonski.
Visões opostas no Senado
Federal
A perspectiva de exploração
de petróleo na bacia formada pela foz do Rio Amazonas contrapôs os
participantes de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente (CMA) realizada
há um ano (06/06/2017). Para os defensores da extração de petróleo, as
pesquisas podem abrir nova fronteira de produção no país, com geração de
empregos e receitas de royalties para os estados da região Norte.
Os que são
contrários alertaram para os impactos da atividade indústria de petróleo para
um ecossistema considerado sensível, com presença de manguezais e de uma zona
de recifes de corais de dimensões estimada em mais de 9 mil km².
Os blocos de
exploração foram concedidos às empresas Total, BP e Queiroz Galvão, em leilões
realizados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) ainda em 2013. O processo de
licenciamento ambiental estava em análise no Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para estudos prévios e
perfuração de sondagens, não para produção regular. Esses dois órgãos estiveram
representados na audiência pública, ao lado de entidades ambientalistas como a
WWF-Brasil e Greenpeace Brasil, entre outros convidados.
Exigências vem
sendo cumpridas
Hoje, a legislação ambiental brasileira é
severa, exige mais compensações para as comunidades afetadas pela exploração
mineral e mais respeito ao meio ambiente.
Por isso o diretor
de Meio Ambiente da Total E&P, Claudio Costa, prestou esclarecimento sobre
as medidas que estão sendo cumpridas pela empresa com vista à instalação de
suas atividades na bacia do Amazonas. Disse que já foram realizadas três
audiências públicas, com a participação de mais de 1 e 1.500 pessoas, que
puderam debater os estudos de impactos e de caracterização da área de
exploração, além do plano de emergências.
Segundo ele, a
empresa está fazendo prospecções em dois poços, com distância, cada um, de 25 e
30 quilômetros das formações de recifes. Além disso, registrou que as formações
de corais chegam até 220 metros de profundidade desde a superfície, enquanto a
empresa Total está perfurando pontos a 1.800 metros. Costa afirmou que todas as
modelagens de riscos, levando em conta ventos e correntes marítimas em
diferentes estações, dão segurança de mínimo impacto de toque de óleo em áreas
costeiras.
“A maior
probabilidade de toque seria da ordem de 27 partículas por bilhão, que seriam
cinco gotas numa piscina olímpica”, descreveu.
Pelo Ibama, a
diretora de Licenciamento Ambiental procurou deixar claro que a fase atual de
análise diz respeito à concessão de licença para prospecção, não para início de
produção. Disse que a proximidade de zonas de recifes e algas de corais não é
um fato “incomum” quando se trata de áreas com presença de petróleo, mas que
esse é um ponto que exige maior atenção. Porém, observou que a equipe
responsável pelo processo é altamente capacitada para tratar do caso.
MPF-AP quer
suspensão das atividades para tirar ameaça sobre recife de corais existente na
foz do rio Amazonas.
A concessão ou não
da licença de exploração da área também gerou um parecer da Procuradoria-Geral
da República (PGR) do Brasil, que recomendou ao Ibama que rejeite o pedido de
licença.
O procurador
Joaquim Cabral, do Ministério Público Federal do estado brasileiro do Amapá,
responsável pelo parecer, disse que o órgão tem entre as suas atribuições zelar
pela proteção do meio ambiente e do direito coletivo, e por isso, o órgão
acompanhou esta questão dos corais amazónicos.
“Para o Ministério
Público nunca houve um conflito com as empresas ou a exploração de petróleo em
si. A questão que acompanhámos é se a exploração seria compatível com as
informações que temos daquele ecossistema”, explicou.
Amazônia Azul
“Um tesouro escondido no fundo do mar, repleto de
riquezas minerais e biológicas espalhadas por mais de quatro milhões de
quilômetros quadrados. Este patrimônio nacional, ainda desconhecido por uma boa
parte dos brasileiros, é a Amazônia Azul”.
O vice-Almirante
da Marinha do Brasil, Edervaldo Teixeira de Abreu Filho, quando de sua palestra
realizada no auditório do Sebrae/AP, na presença da elite empresarial do Amapá,
autoridades constituídas dos três poderes estaduais e lideranças políticas e
civil amapaense, alertou os amapaenses e criticou as iniciativas para que não
sejam realizadas as explorações petrolíferas na Foz do Rio Amazonas e na costa
do Estado do Amapá.
De acordo com o
jornalista Roberto Gato, diretor presidente da Rádio Difusora de Macapá,
convidado presente ao evento, foi uma das aulas incomparável e inigualável que
já mais poderia ter em outra oportunidade. “Tenho certeza absoluta que o
vice-almirante com a responsabilidade que tem ao comandar o 4º Distrito Naval
que abrange o maiores estados da Região Norte (Amapá, Pará, Maranhão e Piauí)
já mais teria condições de falar da Amazônia Azul. Uma região que é do mar, que
a Marinha do Brasil passou 12 anos de mapeamento náutico de tratativas
jurídicas, para expandir a costa brasileira para dentro do Oceano Atlântico,
uma região e meia mar adentro. Em virtude de possuir uma área equivalente a 52% do
nosso território terrestre, com dimensão e biodiversidade semelhantes ao da
Amazônia Verde, convencionou-se chamá-la de AMAZÔNIA AZUL.”
A Amazônia Azul
tem riquezas ainda desconhecidas para a maioria dos brasileiros, além do
petróleo. Com referência a essa exploração o Almirante Edervaldo Teixeira fez
contundentes críticas a esse movimento de impedir a exploração petrolífera nas
costas amapaense. “E os amapaenses estão calados, consentimos que acontecesse a
paralização da exploração de petróleo na costa do Amapá, motivados pela
descoberta de uma banco de corais. E como bem disse o almirante, não pode um
banco de corais ser responsável pelo atraso de toda uma região”.
O almirante
destacou na sua palestra, a potencialidade que o Amapá terá quando da
exploração de petróleo e de gás é uma absurdo, para um Estado que precisa de
investimentos e de recursos para crescer e se desenvolver.
“Um tesouro escondido no fundo do mar,
repleto de riquezas minerais e biológicas espalhadas por mais de quatro milhões
de quilômetros quadrados. Este patrimônio nacional, ainda desconhecido por uma
boa parte dos brasileiros, é a Amazônia Azul e o Amapá está nesse mapa do
tesouro”. Explicitou o almirante comandante do 4º Distrito Naval.
O almirante
Edervaldo foi contundente ao falar da interferência de ONGS ambientais que
chegam e determinam o que deve ser feito no mar brasileiro. “Chega aqui um
navio que diz que existe um recife de corais, que vão salvar o mundo e que o
Estado não pode crescer. Imaginem que começarem a explorar gas e petróleo aqui,
o que vai trazer de emprego e royalties para o Amapá, Ai chega um cara que diz
que não pode. E vem alguém aqui do Amapá e abraça isso como verdade e tenta
travar. Eu sou um caro ecológico, já plantei mais de 200 árvores frutíferas em
menos de um ano. Espalhados por onde andei. Agora e inadmissível que venham a
trabalhar o desenvolvimento do Estado, da nação brasileira. É querer atrapalhar
o nosso desenvolvimento. Não podemos aceitar isso é uma coisa que não deve ser
aceitar. Agora cabe aqui a força do estado gritar com isso. Grite, berre, não
pode deixar paralisar o desenvolvimento”.
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