quarta-feira, 20 de junho de 2018

GEA lança publicação que orienta servidores sobre práticas vedadas em ano eleitoral

GEA lança publicação que orienta servidores sobre práticas vedadas em ano eleitoral
Manual será difundido entre órgãos estaduais para evitar ações que configurem campanha ilegal. Governo reforçou compromisso com a legalidade e a transparência.
Por: Eloisy Santos
 

 Foto: Marcelo Loureiro / Secom
Lançamento da publicação ocorreu nesta quarta-feira, 20, durante seminário com gestores no Palácio do Setentrião
O Governo do Estado do Amapá (GEA) lançou nesta quarta-feira, 20, o manual “Gestão Pública: Condutas Vedadas em Ano Eleitoral – Eleições 2018”. A ferramenta orienta o funcionalismo público estadual e gestores acerca de condutas que devem ser evitadas em ano eleitoral, para que não configurem campanha ilegal. A ferramenta é atualizada com regras para o pleito de 2018. O mecanismo foi apresentado durante um seminário, no Palácio do Setentrião, em Macapá. Clique aqui para baixar a publicação.
O manual foi criado a partir do Decreto Estadual Nº 2113 de 11 de junho de 2018, por meio do qual, o governador do Amapá, Waldez Góes, determina aos gestores públicos e servidores o cumprimento das normas eleitorais vigentes, como forma de coibir atos que possam afetar, direta ou indiretamente, a igualdade de oportunidades entre os candidatos do pleito eleitoral.
Durante a solenidade, que reuniu equipe de governo e servidores estaduais, além de representantes dos Poderes, de órgãos de controle, e do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE/AP), o governador Waldez Góes, reiterou a importância de trabalhar primando pela legalidade.
“O nosso compromisso é com a democracia. É de participar dela cumprindo as regras, com condutas corretas. Não é proibido fazer campanha. Proibido é fazer campanha descumprindo a legislação, isso é crime. E nós repudiamos esse tipo de conduta no Executivo Estadual, por entender quão importante é a transparência, o controle, a legalidade e a cidadania”, reforçou Góes.
A iniciativa foi elogiada pelo procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Amapá (MP/AP), Márcio Augusto Alves, presente na solenidade. Ele comentou que os processos eleitorais, no país, historicamente são desiguais. Uns candidatos têm mais condições financeiras e parceiros para arcar com suas campanhas, enquanto outros possuem menos.
Ele parafraseou o artigo 1º do decreto 2113, destacando o trecho em que cita a “igualdade de oportunidades nos pleitos eleitorais”. O procurador parabenizou o governador Waldez Góes, pela iniciativa e por não se prevalecer do fato de ser pré-candidato à reeleição e estar à frente da máquina pública.
“A iniciativa é louvável, salutar, e demonstra a busca da justiça e igualdade no pleito de 2018. Vemos esse compromisso da gestão sem intenção de se prevalecer por estar no poder”, registrou Alves.
Manual de condutas vedadas
A ferramenta foi formulada pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Controladoria-Geral do Estado (CGE), Defensoria Pública do Amapá (Defenap), Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) e Escola de Administração Pública (EAP), sob a coordenação do Gabinete Civil do Governador. Este comitê, sobretudo os órgãos de controle interno, serão responsáveis por acompanhar, orientar e cobrar o cumprimento das orientações contidas no manual.
Durante o evento no Palácio do Setentrião, o manual foi apresentado através de seminário, que reuniu representantes de todo o secretariado e chefes de autarquias, de gabinete, de assessorias de desenvolvimento institucional e dos núcleos administrativos financeiros dos órgãos da administração direta e indireta do Estado.
As palestras foram as seguintes: “Alterações gerais na legislação para o pleito 2018”, ministrada pelo analista judiciário do TRE/AP, Heverton Luiz. “Entregas do GEA”, ministrada pelo controlador-geral do Amapá, Otni Alencar. “Atuação interna da Administração: a impessoalidade da gestão em razão dos atos de governo; bens e serviços públicos no período de pré-candidatura e durante a campanha eleitoral”, ministrada pelo sub-procurador geral do Amapá, Julhiano Avelar. E a palestra “Atuação externa da administração”, que abordou publicidade, condutas vedadas e condução da Administração Pública no período pré-eleitoral, eleitoral e pós-eleitoral, também ministrada pelo controlador-geral do Estado do Amapá, Otni Alencar.
Durante o seminário, o governador Waldez Góes entregou, simbolicamente, um exemplar do manual à secretária de Estado da Administração (Sead), Suelem Amoras. Na ocasião, foram entregues, também, dois mil exemplares do manual divididos entre as pastas de governo. O material vai ser difundido entre os órgãos do Executivo para evitar e coibir as práticas que possam configurar campanha ilegal.
Orientação e fiscalização
O controlador-geral do Estado, Otni Alencar, declarou que a partir do seminário de apresentação do manual, será iniciada uma série de palestras nos órgãos, direcionadas aos servidores, de todos os setores. Como forma de orientar e consicientizar essas pessoas para prevenir prejuízos tanto para a administração pública quanto para os candidatos.
Quanto à fiscalização, o controlador pontuou que será coordenada pela CGE, mas que conta com a colaboração de todos os órgãos do governo. Para esse processo de fiscalização, será estabelecido um canal específico de denúncias.
“Trata-se de um projeto que a CGE já está desenvolvendo, denominado ‘De olho nas eleições’. Teremos um portal específico, com um canal de denúncias, onde qualquer cidadão poderá denunciar a prática de conduta considerada irregular”, explicou Otni, mencionando que também serão feitas atuações em conjunto com o Ministério Público Eleitoral e com a Corregedoria do TER/AP.
O controlador-geral do Estado também falou sobre as penalidades que um gestor ou servidor pode sofrer caso pratique uma conduta irregular que venha ferir a legislação eleitoral. “A lei prevê uma série de sanções que vão desde multas em dinheiro, até ações de improbidade administrativa que pode ter consequências administrativas e penais, para aquele servidor que reiteradamente cometer condutas que a lei considera proibidas”, esclareceu Alencar.
O procurador-geral do Estado do Amapá, Narson Galeno, enfatizou que qualquer gestor ou servidor que, mesmo munido com o manual e tendo participado das palestras, ainda tiver dúvidas, pode obter orientação jurídica na PGE.
“Às vezes, por falta de conhecimento, o servidor ou gestor pode, involuntariamente, utilizar, por exemplo, bens móveis e imóveis de forma incorreta, ferindo a legislação. Portanto, é preciso esse cuidado e orientação para que tudo transcorra dentro da legalidade, garantindo a impessoalidade e a transparência na gestão pública”, acrescentou Galeno.
Ações de transparência e controle interno
Esta iniciativa faz parte do pacote de medidas adotadas, desde 2015, pela atual gestão à frente do Governo do Amapá, relacionadas ao controle interno e à transparência da Administração Pública nas mais diversas áreas.
O pacote de medidas de controle interno começou a ser formatado em 2015, com a entrega de senhas de acesso ao Sistema de Planejamento, Orçamento e Gestão (Siplag) aos órgãos de fiscalização, permitindo o acompanhamento dos gastos públicos ao Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) e Ministério Público Estadual (MPE). 
“Estamos estabelecendo uma estratégia correta, na busca pela transparência e pela legalidade, e esperamos que todos os que compõem o Executivo cumpram, disseminem as informações nos seus ambientes de trabalho, se policiem e fortaleçam a democracia”, concluiu o governador do Amapá, Waldez Góes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...