Como ser um Voluntário
Você já deve ter pensado em ser voluntário,
mas muitos deixam passar este pensamento mais rápido do que chegaram a ele, 54%
dos jovens brasileiros pensam ou tem vontade em fazer um trabalho voluntario,
mas não tem ideia de como começar.
Eles pensam em como seria bom ajudar a
resolver problemas sociais do Brasil, pensam em ser valorizados, em sentir-se
útil e fazer algo diferente no dia a dia.
Muitos pensam e decidem ser voluntários em
uma organização, que é uma das inúmeras possibilidades de trabalho voluntário
que descreveremos aqui no decorrer do tempo.
Quando a decisão está tomada começa um
caminho muitas vezes difícil e neste momento temos o grande desafio, como um
pretendente a ser voluntário e como organização a receber este candidato a
trabalho voluntário.
A maioria das organizações sociais no Brasil
são muito pequenas, e não têm programas estruturados de voluntariado.
O não ter um programa estruturado não é o
maior desafio, pois podemos ter voluntários sem um programa, mas com condições
básicas para tê-los, e é isso que os candidatos a voluntários devem buscar em
uma organização ou até mesmo ajuda-las a cria-las:
• A
organização deve ser legalmente constituída;
• Descrição
e local do trabalho voluntário definidos;
• Carga
horária definida do trabalho; (não existe uma determinação legal, mas minha
sugestão é não exceder as 6h semanais)
• Termo
de adesão ao trabalho voluntário (existe um modelo na internet);
• Condições
mínimas de higiene, salubridade e segurança;
• Ter
um interlocutor definido para conversar sobre as atividades;
Para
ter este mínimo você ao escolher uma organização deve fazer uma visita,
conversar com outros voluntários, conversar com funcionários e observar o
trabalho que vai desenvolver, para ter certeza de que os requisitos mínimos serão
atendidos e seu desejo também.
Qualquer pessoa pode ser voluntária,
independente do grau de escolaridade ou idade, o importante é ter boa vontade e
principalmente responsabilidade.
Existem milhares de organizações sociais
espalhadas pelo país e lógico, certamente existe uma perto da sua casa ou
trabalho, veja se a área de atuação da organização se está de acordo com a sua
intenção de trabalho, e depois da escolha marque um dia para conhece-la
pessoalmente.
Se não der certo com a primeira entidade, não
desista, tem muita gente precisando da sua ajuda. Tente outra vez.
E se tudo der certo, ótimo! Sinta como a
entidade funciona, e do que ela necessita, talvez você possa ajudar em outras
áreas mais importantes e que tenham a ver com suas competências e com o tempo
você poderá sugerir estas tarefas.
Seja humilde. O fato de você estar ajudando
os outros não significa que você será paparicado e que seu trabalho não possa
ser criticado.
O trabalho voluntário exige o mesmo grau de
profissionalismo que em uma empresa, se não maior, pois na maioria dos casos
lidamos com pessoas.
Existem regras a seguir e não desanime se nem
todos vibrarem e baterem palmas pelo seu trabalho.
E se você ainda não havia pensado nesta
possibilidade de ser voluntário, vou dar um motivo para começar:
Estudo da Universidade de Michigan constatou
que homens que faziam menos trabalhos voluntários eram significantemente mais
propensos a morrer e que pessoas que ajudam os outros têm consistentemente
melhor saúde. Oito em dez dos entrevistados afirmaram que os benefícios para a
saúde retornavam quando eles se lembravam da ação feita em anos anteriores.
E aí, que tal esta força para pensar no
assunto?
O autor é Roberto Ravagnani, palestrante,
jornalista, radialista e Consultor para assuntos de voluntariado e
responsabilidade social empresarial. Voluntário como palhaço hospitalar há 17
anos, fundador da ONG Canto Cidadão, consultor associado para o voluntariado da
GIA Consultores para América Latina, fundador da Aliança Palhaços Pelo Mundo e
sócio da empresa de consultoria Comunidea.
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