Drilly Manfre
Saudações, sou aDrilly
Manfre, estudante de Design,
escritora com um livro já publicado, produtora e editora chefe da Editora e
Produtora Ideias ao lado do meu sócio e amigo Leno Serra Callins.Estareinesta coluna semanal, cujo
nome é Eu Casmurro por dois motivos: o primeiro é a justa homenagem a
uma das obras mais polêmicas de Machado de Assis,Dom Casmurro; o segundo
motivo é que Casmurro significa: 1. Que ou aquele que é teimoso. 2. Que ou
aquele que é calado, muito fechado, difícil de conversar ou abordar. Ambos
esboçam traços da minha personalidade, sendo assim, a carapuça me coube bem
(rs).
Além
desta coluna, Eu Casmurro também é
meu blog. Aqui no Jornal, tratarei da vida e obra de autores, farei análise de
obras, entrevistas e matérias sobre eventos, tudo acerca do tema Literatura,
cultura e arte.
Semana
passada, meu colega de Jornal e sócio editorial Leno Serra Callins publicou
uma análise minha referente ao livro Inocência
Perdida, da autora nacional Priscila Marcia Mariano, que trata dos
seguintes temas: violência sexual, tráfico humano, trabalho escravo, entre
outros temas polêmicos. Ele é o V. 1 de uma saga de 4 livros denominada A saga de um pintor. Hoje, venho apresentar
para vocês o V.2, Doce Ilusão, que
pode ser adquirido no site da Drago Editoriale
é mais brutal psicologicamente, mas não menos chocante.
Sobre
a autora, Priscila Marcia Mariano nasceu em 03 de outubro de 1960 em São Paulo,
mas foi morar no Rio de Janeiro com dez anos, onde iniciou seu amor pelos
livros, assim como pela escrita. Seus livros sempre focam em ficção e fantasia,
principalmente, para o público infanto-juvenil. A estreia da escritora no universo
literário aconteceu em 2009 com a publicação de dois livros: Rino O Guerreiro Alado e Um Mistério na Serra do Mar. Em 2016, o
seu primeiro livro de romance/drama, Inocência
Perdida, chegou ao público e se torna a polêmica do momento em 2018, dando
continuidade em Doce ilusão.
Desde
a publicação do volume 1, foram gerados muitos comentários em torno da obra da
autora, que até então escrevia fantasia e surpreendeu seu publico ao lançar Inocência Perdida, a chocante e
impactante trama de um menino que foi violentado pelo próprio pai. A obra,
apesar de forte, foi bem aceita pelo público e Priscila lança o V. 2, Doce ilusão, que traz à tona os
problemas emocionais causados pela violência.
Afinal, Felipe é
homossexual porque foi violentado? Ou já era algo instintivo?
Em
várias passagens do livro, fica claro o quanto Felipe está confuso e isso causa
um embaraço psicológico, ele foi violentado por seu pai quando ainda era muito
novo e, depois disso, viveu sendo escravizado sexualmente por muitos homens,
crescendo em ambiente hostil e esse foi o contato que ele teve de mais humano
em sua vida. Sua dor é um pouco amenizada quando conhece André e nutre por este
um sentimento que vai se desenvolvendo em uma linha tênue entre carinho e amor,
mas Felipe se questiona, afinal, o que ele sente, se é real ou resultado dos
abusos que sofreu.
Preconceito e
depressão
Felipe
fugiu devido ao preconceito do seu avô e das pessoas que ele mais amava. Elas o
julgavam e até chegaram a culpa-lo, dizendo que ele se oferecia ao seu pai e
isso o feriu de uma maneira que mudaria toda a sua vida. Ao mesmo tempo em que
Felipe se mantinha forte superficialmente, intimamente estava quebrado,
carregava os medos, os traumas, as lembranças e isso fazia com que ele achasse
que não merecia ser feliz, se via cada vez mais envolto nessa atmosfera
sombria, onde seus medos o carregavam pelas mãos e o envolviam e que, apesar
dele ter ao seu lado pessoas que realmente se preocupavam com ele, a sensação
do vazio estava presente em todos os momentos.
Doce ilusão?
Felipe
finalmente parece estar vivendo em águas tranquilas, fazendo planos com André,
mas sua jornada está longe de ter esse final feliz, afinal, estamos no V.2 da
saga que é uma Doce Ilusão, porque o
V. 3 se chama Gotas de fel. Se vocês
estiverem, assim como eu, curiosos pra saber o fim dessa jornada, fiquem
atentos aqui na coluna, pois teremos Gotas
de fel em primeira mão.
Analisando
o livro em si, outra coisa que chama atenção é a riqueza de detalhes, não
aquele tipo de detalhe que se torna repetitivo, que deixa a leitura arrastada,
mas sim os detalhes que te fazem fechar os olhos e imaginar, sentir os cheiros
e texturas e que, apesar de ser um livro forte, você se prende e viaja. A
Priscila deu um charme na narrativa que remete à literatura clássica, mas com
nuances da linguagem contemporânea. Se você não estiver em um momento bom ou
estiver, por algum motivo, abalado emocionalmente, compre o livro e deixe
guardado pra quando estiver bem, porque o livro mexe com o emocional e não
queremos ninguém tendo uma leitura traumatizante.
Dados
do livro
Livro:
Doce Ilusão
Autora:
Priscila M. Mariano
Gênero:
Drama
Editora:
Drago Editorial
Ano:
2018
Páginas: 315
Continua
em GOTAS DE FEL
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