Após três dias de intensa programação, encerrou neste domingo (9) a primeira edição do Amapá HackFest, evento que contou com uma série de palestras, oficinas e a maratona hacker, onde os participantes puderam desenvolver ideias e trocar experiências em busca de soluções tecnológicas para combater a corrupção. Todas as atividades foram realizadas na sede da Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Amapá (MP-AP), localizada no bairro Araxá.
“Aonde já?”- é o nome de um projeto de utilização de chatbot para reportar o uso indevido de veículos públicos;“RectQuiz” – trata-se de um Quis educacional sobre corrupção, denúncia e avaliação de serviços públicos dentro de um aplicativo web; “X Assédio” – um canal para alerta de assédio moral ou sexual na rede pública de ensino; “Fale com o Andre”, um assistente norteador de denúncias e reclamações na área da saúde, desenvolvida pela equipe do MP de Santa Catarina.
“Acreditamos que o combate à corrupção será mais eficaz se a população sentir segurança de que está fazendo uma denúncia ou reclamação de forma assertiva, gerando engajamento, confiança e senso de pertencimento”, justifica um dos desenvolvedores.
Foram apresentado
s, ainda, o “Esclarece Aqui”, sistema para solicitação de esclarecimentos acerca de obras públicas paradas, e o “Precisava?”, uma plataforma que permite o acesso à informação de parlamentares e opinar sobre os gastos com o mandato. O usuário pode expressar sua satisfação através de reações no próprio aplicativo.
Etapa classificatória
A comissão julgadora, formada pelos especialistas Paulo Bezerra, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU); Nair Mota, controladora-geral do Município de Macapá; Manoel Edi, promotor de Justiça do MP-AP; Frederico Amaro, analista de Tecnologia da Informação do MP-AP, e Lutiano Silva, diretor presidente do Prodap, selecionou cinco projetos para a próxima etapa, que consiste no aprimoramento da ideia e aperfeiçoamentos necessários ao pleno funcionamento dos aplicativos. As equipes terão até o dia 19 de dezembro para apresentar a versão final.
Os projetos selecionados foram: “Aonde já?”; “Fale com André”; “Esclarece aqui”; “Funcionário do Mês” e “Precisava?”. Houve também a entrega de Menção Honrosa ao projeto “Precisava?”, vencedor na categoria “voto popular”, oportunidade dada a todos os participantes e presentes na plenária final, que puderam opinar sobre as iniciativas apresentadas. Todos os participantes da maratona foram premiados com medalhas e as equipes classificadas receberão apoio para finalizar os projetos, além de cursos de capacitação.
“Agradeço a todos os envolvidos, que trabalham incansavelmente na organização deste evento. Reunir pessoas para falar de corrupção é muito difícil, ainda mais em uma maratona de três dias, encerrando no domingo. Por isso, considero extremamente positivo o resultado do Amapá HackFest e a disposição que todos demonstraram em colaborar para a construção de um Estado melhor. O mais importante disso tudo é o que vamos levar dentro da gente, esse desejo de mudar as coisas e contribuir para o bem comum. Mais uma vez, nosso muito obrigado”, manifestou o procurador-geral de Justiça Márcio Alves.
Verônica Santos, analista de Tecnologia da Informação do MP-AP e uma das coordenadoras do Amapá HackFest, comemorou o resultado do evento. “Foi maravilhoso para todos nós. O MP está muito agradecido pela presença dos maratonistas e participantes durante os três dias. Obrigada também aos parceiros, organização, equipe de apoio, enfim, a todos que fizeram esse evento acontecer. Reforçando as palavras motivadoras da nossa maratona: desafio; perseverança e sucesso. Valeu demais. A gente ainda vai finalizar nossas ideias, por isso, não desanimem!”.
Rede colaborativa contra a corrupção
Foram três dias de muito trabalho, troca de experiências, informações e o mais importante: o fortalecimento de uma rede colaborativa de combate à corrupção. Alex Lima, especialista do SEBRAE/AC, um dos organizadores da maratona, avaliou o resultado de toda essa dedicação.
“Foram dias incríveis e de muita aprendizagem. Foi um evento super diferente. Nunca tinha participado de um HackFest de combate à corrupção e aprendi muito com vocês. Espero que essa luta continue e que todas essas ideias possam ajudar a melhorar a vida de todos que moram no Amapá e que possamos exportar essa tecnologia para o Brasil inteiro”.
Integrante da coordenação do Amapá HackFest, analista do MP-AP, Lindomar Ferreira, também agradeceu a presença de todos. “O evento foi um sucesso, muito mais do que a gente esperava. Todos os servidores, membros e colaboradores do MP, ao lado dos parceiros, estiveram engajados e esperamos que o resultado desse evento de inovação possa contribuir com toda a sociedade. Ano que vem tem de novo e esperamos vocês. Muito obrigada e até lá!”.
João Arthur Monteiro, professor doutor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCP), parabenizou a iniciativa do MP-AP. “Queria, na verdade, agradecer o empenho e dizer que todos estão de parabéns. Muito bom ver 40 pessoas reunidas numa sala em prol do bem, atacando problemas complexos, mas que nos dão opção de melhorar a sociedade. Então, muito obrigada pela oportunidade e parabéns pelo empenho”.
Parceiros
Foram parceiros do MP-AP na realização do evento o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), MMPB, MPF/AP, Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU/AP),Tribunal de Contas da União (TCU) e do Estado (TCE/AP), Universidade Federal do Amapá (Unifap), Instituto Federal do Amapá (IFAP), Prefeitura Municipal de Macapá (PMM), Assembleia Legislativa do Amapá(ALAP), SESI/SENAI, SENAC, SEBRAE, Polícia Federal, Associação dos Membros do Ministério Público do Amapá (AMPAP), PRODAP, e empresas privadas da área de TI.
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