Mesmo em crise 2018 foi um ano de lutas e vitórias
QUE
VENHA 2019!
Mais um ano vai chegando ao fim, deixando como
herança desafios que devem ser traçados pelos amapaenses em 2019
Reinaldo Coelho
O Tribuna Amapaense Digital trabalhou durante
o ano de 2018 para que nossos leitores e leitoras tivessem acesso a informação
de qualidade, com responsabilidade social. Nosso jornal é comprometido com os
interesses do povo, por que é feito para o povo AMAPAENSE.
Quando percorremos as edições do Tribuna, de
janeiro a dezembro, percebemos que retratamos todas as principais notícias que
envolveram a economia, o desenvolvimento, as barreiras econômicas, as crise
políticas nacionais e locais, uma eleição conturbada e os êxitos alcançados por
uma administração estadual calçada no controle, na responsabilidade com os
recursos públicos e a manutenção dos investimentos nos serviços essenciais a
população, assim como também retratamos a rebeldia, resistência, criatividade e
os festejos da nossa gente.
No início de 2018 já prevíamos que as
disputas políticas seriam mais acirradas e polarizadas na sociedade brasileira,
e exigiriam um objetivo coletivo. Esse desafio segue atual para o ano que se
avizinha.
No cenário amapaense a situação se apresentou
com índices catastróficos, mas graças a uma gestão estadual, experiente e
responsável, com o comando firme do governador Waldez Góes (PDT), que impôs um
controle férreo nos gastos públicos estaduais e conseguiu reunir a Bancada
Federal e os prefeitos dos 16 municípios amapaenses, que juntos enfrentaram a
crise, mantendo o Tesouro Estadual com recursos suficientes para o
funcionamento pleno dos serviços prestados pelo Estado, e ainda conseguindo
investir em obras essenciais para a mobilidade urbana, educação, saúde e
segurança pública, possibilitando a contratação de recursos humanos para as
Polícias Civil, Militar e Técnica, além do pessoal administrativo, planejando a
continuação dos concursos para o ano de 2019 e montando um Orçamento que
viabilize a prolongamento das ações inovadoras da gestão.
A responsabilidade com o trato da coisa
pública possibilitou ao gestor estadual amapaense conseguir seu quarto mandato
e assim manter uma administração voltada para o crescimento e o desenvolvimento
do Estado do Amapá.
Esse ano também foi marcado pela Copa do
Mundo na Rússia, nosso povo é apaixonado pelo futebol, e que essa paixão sirva
de exemplo para nossa resistência nos novos dias que se aproximam.
Um ano que entra para história, com o pipocar
cada vez maior das denúncias de corrupção, condenações, prisões de líderes
políticos. É certo que resistimos com a alegria do futebol, dos festejos
populares, da luta das mulheres, do povo negro, da população indígena, dos
LGBTs, de toda essa gama de um povo lutador e de lutadoras que seguem
acreditando que ainda verão esse mundo em festa, trabalho e pão.
Que o ano de 2019 seja como a canção de
Milton Nascimento:
Vamos, caminhando de
mãos dadas com a alma nova
Viver semeando a
liberdade em cada coração
Tenha fé no nosso povo
que ele acorda
Tenha fé no nosso povo
que ele assusta
Tenha fé no nosso povo
que ele resiste
E acordar novo, forte,
alegre, cheio de paixão
Retrospectiva 2018
Nessa última edição de 2019 a editoria do
Tribuna Amapaense resolveu ouvir os seus leitores e realizou uma enquete
direcionada aos diversos segmentos da nossa sociedade e o resultado você
acompanha abaixo:
Enquete
O que você achou de 2018? E suas expectativas
para 2019.
Joel Lima da Silva, geógrafo, professor
e supervisor de disseminação de informações IBGE
Em 2018 a eleição
de Jair Bolsonaro foi o assunto do ano. A forma como se desenhou a vitória do
presidente eleito demonstra uma forte vontade de mudança por parte da
população. Para 2019 fica a expectativa de melhorias na economia. As promessas
do novo governo são de tornar o Estado menos oneroso e as empresas brasileiras
mais competitivas. Portanto, fica a esperança de finalmente superarmos a
estagnação econômica e reencontrarmos o caminho do crescimento. Isso trará mais
emprego e mais dignidade à população. É o meu prognóstico e a minha torcida.
Dra. Ester Rodrigues – advogada
O Ano de 2018 foi um ano marcado pela
insegurança pública. Só para se ter uma ideia, há muitos anos não havia
intervenção federal no Brasil. O ano de 2018 começou com a intervenção federal
no Rio de Janeiro e terminou com intervenção federal em Roraima, ambas
lastreadas por questões ligadas a segurança pública.
Ainda em meio às duas intervenções tivemos um
candidato a Presidente da República, depois eleito, sofrendo uma facada quase
mortal. Este caso envolvendo o presidente eleito bem simboliza os milhares, ou
milhões de situações que envolveram violência no Brasil. Realmente 2018 vai
ficar na história de nossa pátria como um dos mais violentos dos últimos
tempos. Agora, o que esperar de 2019? As expectativas são muito grandes, pois
as forças armadas chegaram ao poder, de forma legitimada, por meio da
democracia constitucional e do voto do povo brasileiro. A eleição de dois
membros das forças armadas a presidente e vice da República é um forte recado
das urnas. O povo brasileiro está cansado da irresponsabilidade política dos
atuais governantes e quer mudança. E mais, quer mudanças rápidas e
consistentes, principalmente na área de segurança pública. Preciso falar mais
alguma coisa?
Paulo Tarso Barros – professor, editor e escritor, membro
da Academia Amapaense de Letras e da Academia Arariense-Vitoriense de Letras
Embora vivamos num país de não leitores e a
crise das livrarias (Saraiva e Cultura, as maiores redes) tenha afetado a
produção e distribuição de livros em nosso país, sou sempre um otimista, até
por minha formação de professor e do meu ofício de escritor que sempre
incentivou e estimulou a produção literária local, quer escrevendo, publicando,
revisando, escrevendo prefácios, fazendo palestras e participando dos
lançamentos. Sempre persisto no sentido de divulgar o livro e a leitura quando
tenho oportunidade e pela natureza do trabalho que desenvolvo há muito tempo na
Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda. Lido com os livros desde criança e
sei da importância do ato de ler em todos os setores da vida humana e o quanto
isso foi marcante e decisivo em minha existência. Uma boa formação cultural e
educacional certamente requer um grande volume de leitura e de reflexão.
Em 2018 tivemos vários lançamentos de livros,
principalmente antologias – o que já se configura uma tendência nacional e aqui
no Amapá não é diferente por causa da dificuldade de se editar um livro solo e
da carência de editoras profissionais e boas gráficas. Sabemos que a quantidade
de obras inéditas é bem grande, pois convivemos com os autores e compartilhamos
de suas histórias, anseios e projetos. Mas, devido ao alto custo de edição de
uma obra, geralmente bancada pelo próprio autor (que nem sempre dispõe de
recursos financeiros nem de patrocínio), inúmeros projetos são adiados e às
vezes até cancelados, pois nem sempre é viável fazer-se um alto investimento
num livro. Por isso muitos coletivos se reúnem e publicam antologias,
geralmente em editoras prestadoras de serviços (aquelas que não bancam a
edição) e apenas imprimem as obras e entregam os exemplares nas mãos dos
autores, que promovem noites de autógrafos e às vezes deixam alguns exemplares
nas bancas e livrarias. Mas o livro, como produto da indústria cultural,
precisa também de ampla divulgação para que chegue às mãos dos leitores – e é
justamente a divulgação e a distribuição que mais precisamos para tornar um
livro conhecido e ao alcance das pessoas.
Carecemos de uma política cultural séria e
dentro da realidade, para que os bons autores e aqueles que tenham obras de
interesse possam publicar seus livros, quer sejam literários, didáticos ou
técnicos – e que esses livros sejam distribuídos nas escolas, bibliotecas,
salas de leitura e até mesmo em bancas e livrarias. Esperamos que os órgãos de
cultura, tanto do Estado como dos municípios, consigam elaborar editais de
forma correta e democrática a fim de sanar essa lacuna que é a produção e,
sobretudo, a distribuição dos livros ao público-alvo. Essa promessa deve ser
cobrada de todos aqueles que têm real interesse em movimentar o mercado
livreiro aqui no Amapá e dar mais visibilidade aos autores e obras.
Allan Kardeck Galardo – mestre, doutor, coordenador do
Laboratório de Entomologia Médica e coordenador de pesquisas do Instituto de
Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA)
O ano de 2018 foi um ano muito promissor para
a nossa área de pesquisas e conseguimos parcerias muito importantes,
principalmente parcerias com o Ministério da Saúde, visando estudos de novos
inseticidas químicos e biológicos, para o controle de vetores da dengue e
malária. Este ano também foi muito importante para o Laboratório do IEPA, pelo
crescimento de sua estrutura física e de pessoal, com a aquisição de novos
pesquisadores, temos hoje mais três profissionais cursando doutorado, ou seja,
melhorando a qualificação da equipe do nosso laboratório. Tivemos um ano muito
promissor. Para 2019 continuará com sua expansão e crescimento. Temos pesquisas
bem importantes e com parcerias fundamentais para um maior crescimento do
Laboratório do IEPA. Estamos fechando uma parceria, através do Ministério da Saúde
e a Organização Pan Americana da Saúde, com CVC de Atlanta, que é um órgão de
pesquisa internacional, um órgão importante que estará visitando o IEPA em
janeiro de 2019, para fazermos um grande estudo na área de controle de Malária,
ou seja, vamos avaliar o que fazemos hoje em nível de Brasil, para controlar a
Malária e se são resultados promissores. Para 2019 temos nove projetos de
pesquisas já aprovados. Uns já iniciados ou em andamento, outros iniciaremos em
janeiro de 2019. E temos a previsão de aumento dos quadros profissionais de 22
para 26 trabalhando com pesquisa no Estado. Foi um ano de muito crescimento e
2019 um ano que promete muito, pois temos muitas pesquisas a serem
desenvolvidas, prometendo que será um ano tão bom ou melhor do que esse que se
encerra.
Marcelo Cardoso Lima – agente comunitário
de saúde – arquiteto e urbanista – acadêmico de Licenciatura Plena em Química –
Distrito de Ilha de Santana
No Distrito de Ilha de
Santana e no meu trabalho como Agente Comunitário de Saúde foi muito atípico.
Na comunidade tivemos um grande adensamento populacional, devido ter
acontecido cinco invasões, várias famílias adentraram no Distrito, com um
grande de número de pessoas de poder aquisitivo baixo. Foram construídas moradias que não propiciam
dignidade para o ser humano, mesmo sendo o mínimo que eles têm, não lhes
favorece o bem estar. Com esse adensamento vieram as consequências, o aumento
de vagas e a procura de atendimento no posto de saúde, necessidade de novas
vagas na rede escolar e, o principal, emprego para essas pessoas, além do
aumento da violência no Distrito e consequentemente ao município de Santana.
Isso gerou um impacto na comunidade, pois somos uma Zona Rural que preconiza
dentro do Plano Diretor é o baixo adensamento populacional, então a Ilha de
Santana e se acontece um aumento, deve crescer o investimento, porém isso não
aconteceu aqui. Não tivemos nenhum avanço no crescimento na infraestrutura e
com a estagnação cresceram os problemas. Todos precisam dos atendimentos, eles
estão acontecendo sem qualidade. Além dos danos ambientais, pois houve
desmatamento nas áreas de invasão. Sobre a questão malária, cresceu o nosso
índice de infecção. Aqui temos obras inacabadas, como a arena esportiva, a
praça da cidade abandonada, academia da saúde, ruas estão sem asfalto ou
bloqueadas, não temos tratamento de água e a falta de energia é constante. Para
2019 esperamos que as coisas aconteçam, principalmente na área que trabalho – a
saúde familiar, a nossa esperança e a renovação que aconteceu na gestão
municipal de Saúde e que eles tenham um olhar bondoso para a população e que sejamos equipados para
podermos prevenir. E que possamos produzir mais e que possamos ter mais
planejamento. Organizar os métodos pelas informações que temos para melhorar a
nossa realidade. Esperamos que os problemas sejam resolvidos e que benefícios a
população. Somos aqui a mão de trabalho da saúde, se essa mão for bem tratada e
bem organizada e equipada, com certeza a população terá um atendimento muito
melhor. Esperamos que 2019 traga um novo olhar para a nossa população.
Maria Goreth da Silva e Souza – é educadora, servidora
pública, há 29 anos, especialista em educação com MBA em gestão de pessoas,
além de ser mestra em planejamento governamental e políticas públicas, e atual
titular da Secretaria de Educação do Amapá.
2018 foi um ano muito importante, visto que
em 2017 conseguimos estabelecer várias ferramentas de planejamento, de controle
e de organização. Trabalhamos fazendo manutenção, consertos de um Boeing em pleno
vôo. Este ano me permitiu investir no desenvolvimento de competências da equipe
da Educação. Nas equipes das escolas, diretor, adjunto, coordenador. Investir
nas equipes do Centro Administrativo, principalmente de planejamentos
estratégicos, de ferramentas de coach, voltados para o desenvolvimento de
competências específicas para o século 21. No ano de 2018 eu pude aplicar
diversas ferramentas como: de coach, de avaliação, de planejamento, de
monitoramento e passamos um ano que consideramos de sustentabilidade, pois 2017
foi de sobrevivência, não é fácil começar nova cultura dentro de uma
organização, mais desafiador ainda é manter essa cultura. Eu considero 2018 de
muito desenvolvimento das pessoas que trabalham na Educação, junto a mim, e
também de sustentabilidade de tudo que foi planejado. 2019 será o ano da
consolidação dos principais projetos que desenvolvemos.
Como profissional estou muito feliz, pois pude
experimentar no serviço público ferramentas, tecnologias e modelos de gestão
que normalmente são experimentadas na iniciativa privada, e deu certo, pois os
resultados estão aparecendo. Vamos focar agora na consolidação de nossos
projetos e programas e melhorar o índice de aprendizagem do estudante do Amapá.
Para mim duas coisas foram fundamentais para
considerar que um não positivo como profissional. A primeira de ser reconhecida
como a gestora que estabeleceu um modelo de gestão estratégico na educação e a
segunda também pelo meu compromisso e pela causa que abracei da educação, principalmente
mobilizando pessoas. Duas coisas importantes – mobilizar pessoas para despertar
nelas a vontade e o desejo de fazer uma Educação de qualidade no Amapá.
Paulo César Alfaia Neves – bacharel em Direito, especialização
em Direito Ambiental, professor de Língua Estrangeira, produtor cultural, coordenador
de produção cultura e arte da Associação de Cultura Popular Amapaense – AFCCP
Nós vivemos um momento da conjuntura brasileira
bastante delicada, mais é um momento que os produtores culturais e os movimentos
sociais precisam ter bastante serenidade e de resistência, pelo contexto político
que estamos vivendo. Temos de ser otimistas e fortalecer os movimentos sociais,
os trabalhadores, os sem terras, os indígenas, os quilombolas, para que possamos
fortalecer as cadeias produtivas dos vários segmentos culturais e sociais, acreditando
que haverá uma mudança. Para mim a cultura e a educação são um viés, um caminho
de inclusão social. A Cultura está presente em tudo, no fazer, nas crenças, nas
redes sociais e temos que acreditar na possibilidade de mudanças, para podermos
pensar nas gerações futuras. O que podemos fazer para eles? Não podemos penar a
cultura somente como entretenimento, letrada, teatro, música, mas como uma
cultura de inclusão social que envolve o bem estar. Se formos ver umas das
prerrogativas do Ministério da Saúde ela pode trazer o bem estar. O estar bem
consigo, com a família e a vizinhança, e a partir daí podemos construir uma
cidade mais criativa, que consequentemente gera emprego e renda. Em várias
manifestações culturais precisamos que o papel do Estado e do Governo seja o de
fortalecer os produtores culturais, vários grupos e entidades sociais, que
fazem um trabalho de relevância. Temos de ter essa resistência e de ser
otimistas nesse momento de transição política. Não podemos escapar da política,
pois somos um ser político e devemos estar inseridos nessas relações sociais e
vamos acreditar e pensar que o Brasil através da educação, do fomento a cultura,
aos movimentos sociais (capoeira, carnaval, marabaixo, entre outros...)
Jesus Pontes – deputado estadual pelo PTC, empresário e
pecuarista – administrador de empresas e gestão pública.
O ano que se encerra foi muito bom
politicamente, porém para os negócios foi conturbado, com certa desaceleração
das vendas.
Em 2018 tivemos muitos avanços no setor
produtivo do Amapá. Organizamos-nos para aproveitar as oportunidades de novos
negócios com a abertura da fronteira agrícola, com a produção de grãos no
cerrado amapaense e também da saída do Amapá do quadro da febre aftosa. Os
problemas surgidos e envolvendo o IMAP, nas questões ambientais, deram uma
atrapalhada no desenvolvimento do agronegócio. Acreditamos que em 2019 será
muito melhor, tanto para o agronegócio como para as vendas. Politicamente foi
um grande ano, vencemos as eleições e no Parlamento Estadual serei o
representante não apenas do agronegócio, mas de toda uma força de trabalho e
empreendedores de pequeno ou grande tamanho. Tenho em meu coração o propósito
de representar e trabalhar não apenas por aqueles que em mim votaram, mas por
todos os amapaenses de norte a sul do Estado.
Bispo Luciano Nascimento – presidente da
Igreja Videira Verdadeira
Nesse ano de 2018 vimos muitas pessoas
depositando sua confiança em homens, ficando isso explícito no período
eleitoral. Até mesmo aqueles que se dizem cristãos, mas o papel da Igreja numa
sociedade é orar por todos aqueles que estão investidos de autoridade, para que
tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade, conforme
nos ensina a palavra. Não é confiando em homens que poderemos mudar uma nação.
É com a renovação do entendimento que se tem a respeito de si e dos outros,
tendo como parâmetro o conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo,
pois a nossa fé e esperança devem estar em Deus.
Para 2019 vamos continuar com o nosso
propósito de ramificar Cristo na vida das pessoas, a fim de que não apenas
cultivemos o respeito às opiniões divergentes, mas principalmente possamos gerar
no coração dos homens a esperança da vida eterna.
Denize
Muniz – Jornalista
·
Vivemos
momentos de evolução no jornalismo, são avanços que vêm sendo percebidos ao
longo dos últimos anos, quando vimos os papéis praticamente sumirem das bancas,
e as notícias passarem a ser acompanhadas na web. No jornalismo televisivo,
assistimos a uma mudança de cenário, onde o apresentador adota uma linguagem
mais popular e de aproximação com o telespectador. Em 2018, essa tendência
continuou a firmar-se, apesar da crise financeira que se instalou no país, e
não passou inatingível à área da comunicação, provocando cortes, readequações e
ajustes nas finanças. Para o ano que vem, a perspectiva é de que o nosso
jornalismo siga em constante evolução, com o propósito de sempre levar notícias
reais e grandes reportagens para o público leitor, expectador, ouvinte e
internauta. Que o compromisso com a verdade seja a atribuição desta profissão
onde jamais haja mudança.
Bruno
S. Pereira ou Bruno Belém, como é conhecido é um paraense que nutre grandes
amores por terras Tucuju. É acadêmico de direito, microempreendedor além de
adepto e defensor das religiões de matriz africana. Esporadicamente articulista
do Tribuna Amapaense.
O ano 2018 foi o
ano da crise, das tensões e das divisões. É o ano que muitos brasileiros
desejarão esquecer.
Foi o ano que o
carnaval voltou às suas origens e usou o samba como forma de protesto. Usou o
carro alegórico como fonte para expressar sua indignação com o poder público. A
escola de samba Paraíso do Tuiuti levou para a Marques de Sapucaí o Vampirão,
como forma de criticar as ações do presidente da república. Por outro lado, a
Beija-flor gritava: “ Oh Pátria Amada, por onde andarás? Seus filhos já não
aguentam mais...”, era um grito de quem deseja transformação.
Em Maio, os
caminhoneiros deram um exemplo do que uma categoria organizada, porém
insatisfeita, pode fazer. Por aproximadamente dez dias, eles pararam o Brasil.
As gôndolas dos supermercados ficaram limpas, postos de combustíveis sem seu
produto principal, trabalhadores sem poder se deslocar aos seus postos de
trabalho. Foi uma demonstração de que é possível fazer greve de forma ordeira e
pacífica.
Os ventos da
operação Lava Jato estremeceram as sólidas estruturas das gigantes da
construção civil no Brasil, que como todo prédio, ao desmoronar, arrasta
consigo o que está a redor. Neste caso, um ex-presidente da república. A figura
de maior importância na contemporaneidade nacional ruiu.
No mundo,
chegamos próximo de o início de uma guerra termonuclear, porém a linguagem da
diplomacia se sobrepôs à arrogância e a ignorância. Kim Jong-un parecendo ter
saído da bolha liberou um sorriso e mostrou ao mundo uma face pouco conhecida
de um ditador, no seu encontro com o Presidente da Correia do Sul. Ao meu ver,
o momento mais histórico de 2018 no mundo.
Se as Coreias
começavam um diálogo de paz, o conflito árabe-israelense se intensificava. A
guerra da Síria e em regiões do oriente médio aliadas a crise na Venezuela
desencadearam uma das maiores crises migratórias do mundo.
O Brasil ainda
que rachado por ideologias mostrou-se grande, não apenas em extensão
territorial, ao acolher grande parte desses imigrantes, mostrou-se grande pela
capacidade de resiliência e de amor ao próximo que possuímos. Demos a muitos
imigrantes, dentro de nossa limitações, o que eles mais buscavam, um lugar de
paz.
Certamente, em
2019 o sentimento de Paz será o mais desejado entre todos nós brasileiros.
Creio que a economia voltará a crescer, teremos mais figuras públicas sentindo
o peso da justiça, a mídia nacional começará um novo ciclo pautado na
imparcialidade, e que teremos grandes debates saudáveis em virtude das reformas
que estão por vim.
O meu desejo
principal para 2019 é de unidade nacional. Sem a pacificação, não haverá
desenvolvimento.
Sorte e Sucesso a todos!
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