segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

RETROSPECTIVA 2018



Mesmo em crise 2018 foi um ano de lutas e vitórias
          QUE VENHA 2019!     
  


Mais um ano vai chegando ao fim, deixando como herança desafios que devem ser traçados pelos amapaenses em 2019

Reinaldo Coelho

O Tribuna Amapaense Digital trabalhou durante o ano de 2018 para que nossos leitores e leitoras tivessem acesso a informação de qualidade, com responsabilidade social. Nosso jornal é comprometido com os interesses do povo, por que é feito para o povo AMAPAENSE.
Quando percorremos as edições do Tribuna, de janeiro a dezembro, percebemos que retratamos todas as principais notícias que envolveram a economia, o desenvolvimento, as barreiras econômicas, as crise políticas nacionais e locais, uma eleição conturbada e os êxitos alcançados por uma administração estadual calçada no controle, na responsabilidade com os recursos públicos e a manutenção dos investimentos nos serviços essenciais a população, assim como também retratamos a rebeldia, resistência, criatividade e os festejos da nossa gente.
No início de 2018 já prevíamos que as disputas políticas seriam mais acirradas e polarizadas na sociedade brasileira, e exigiriam um objetivo coletivo. Esse desafio segue atual para o ano que se avizinha.
No cenário amapaense a situação se apresentou com índices catastróficos, mas graças a uma gestão estadual, experiente e responsável, com o comando firme do governador Waldez Góes (PDT), que impôs um controle férreo nos gastos públicos estaduais e conseguiu reunir a Bancada Federal e os prefeitos dos 16 municípios amapaenses, que juntos enfrentaram a crise, mantendo o Tesouro Estadual com recursos suficientes para o funcionamento pleno dos serviços prestados pelo Estado, e ainda conseguindo investir em obras essenciais para a mobilidade urbana, educação, saúde e segurança pública, possibilitando a contratação de recursos humanos para as Polícias Civil, Militar e Técnica, além do pessoal administrativo, planejando a continuação dos concursos para o ano de 2019 e montando um Orçamento que viabilize a prolongamento das ações inovadoras da gestão.
A responsabilidade com o trato da coisa pública possibilitou ao gestor estadual amapaense conseguir seu quarto mandato e assim manter uma administração voltada para o crescimento e o desenvolvimento do Estado do Amapá.
Esse ano também foi marcado pela Copa do Mundo na Rússia, nosso povo é apaixonado pelo futebol, e que essa paixão sirva de exemplo para nossa resistência nos novos dias que se aproximam.
Um ano que entra para história, com o pipocar cada vez maior das denúncias de corrupção, condenações, prisões de líderes políticos. É certo que resistimos com a alegria do futebol, dos festejos populares, da luta das mulheres, do povo negro, da população indígena, dos LGBTs, de toda essa gama de um povo lutador e de lutadoras que seguem acreditando que ainda verão esse mundo em festa, trabalho e pão.
Que o ano de 2019 seja como a canção de Milton Nascimento:
Vamos, caminhando de mãos dadas com a alma nova
Viver semeando a liberdade em cada coração
Tenha fé no nosso povo que ele acorda
Tenha fé no nosso povo que ele assusta
Tenha fé no nosso povo que ele resiste
E acordar novo, forte, alegre, cheio de paixão

Retrospectiva 2018

Nessa última edição de 2019 a editoria do Tribuna Amapaense resolveu ouvir os seus leitores e realizou uma enquete direcionada aos diversos segmentos da nossa sociedade e o resultado você acompanha abaixo:

Enquete

O que você achou de 2018? E suas expectativas para 2019.

Joel Lima da Silva, geógrafo, professor e supervisor de disseminação de informações IBGE

Em 2018 a eleição de Jair Bolsonaro foi o assunto do ano. A forma como se desenhou a vitória do presidente eleito demonstra uma forte vontade de mudança por parte da população. Para 2019 fica a expectativa de melhorias na economia. As promessas do novo governo são de tornar o Estado menos oneroso e as empresas brasileiras mais competitivas. Portanto, fica a esperança de finalmente superarmos a estagnação econômica e reencontrarmos o caminho do crescimento. Isso trará mais emprego e mais dignidade à população. É o meu prognóstico e a minha torcida.


Dra. Ester Rodrigues – advogada

O Ano de 2018 foi um ano marcado pela insegurança pública. Só para se ter uma ideia, há muitos anos não havia intervenção federal no Brasil. O ano de 2018 começou com a intervenção federal no Rio de Janeiro e terminou com intervenção federal em Roraima, ambas lastreadas por questões ligadas a segurança pública.
Ainda em meio às duas intervenções tivemos um candidato a Presidente da República, depois eleito, sofrendo uma facada quase mortal. Este caso envolvendo o presidente eleito bem simboliza os milhares, ou milhões de situações que envolveram violência no Brasil. Realmente 2018 vai ficar na história de nossa pátria como um dos mais violentos dos últimos tempos. Agora, o que esperar de 2019? As expectativas são muito grandes, pois as forças armadas chegaram ao poder, de forma legitimada, por meio da democracia constitucional e do voto do povo brasileiro. A eleição de dois membros das forças armadas a presidente e vice da República é um forte recado das urnas. O povo brasileiro está cansado da irresponsabilidade política dos atuais governantes e quer mudança. E mais, quer mudanças rápidas e consistentes, principalmente na área de segurança pública. Preciso falar mais alguma coisa?



Paulo Tarso Barros – professor, editor e escritor, membro da Academia Amapaense de Letras e da Academia Arariense-Vitoriense de Letras

Embora vivamos num país de não leitores e a crise das livrarias (Saraiva e Cultura, as maiores redes) tenha afetado a produção e distribuição de livros em nosso país, sou sempre um otimista, até por minha formação de professor e do meu ofício de escritor que sempre incentivou e estimulou a produção literária local, quer escrevendo, publicando, revisando, escrevendo prefácios, fazendo palestras e participando dos lançamentos. Sempre persisto no sentido de divulgar o livro e a leitura quando tenho oportunidade e pela natureza do trabalho que desenvolvo há muito tempo na Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda. Lido com os livros desde criança e sei da importância do ato de ler em todos os setores da vida humana e o quanto isso foi marcante e decisivo em minha existência. Uma boa formação cultural e educacional certamente requer um grande volume de leitura e de reflexão.
Em 2018 tivemos vários lançamentos de livros, principalmente antologias – o que já se configura uma tendência nacional e aqui no Amapá não é diferente por causa da dificuldade de se editar um livro solo e da carência de editoras profissionais e boas gráficas. Sabemos que a quantidade de obras inéditas é bem grande, pois convivemos com os autores e compartilhamos de suas histórias, anseios e projetos. Mas, devido ao alto custo de edição de uma obra, geralmente bancada pelo próprio autor (que nem sempre dispõe de recursos financeiros nem de patrocínio), inúmeros projetos são adiados e às vezes até cancelados, pois nem sempre é viável fazer-se um alto investimento num livro. Por isso muitos coletivos se reúnem e publicam antologias, geralmente em editoras prestadoras de serviços (aquelas que não bancam a edição) e apenas imprimem as obras e entregam os exemplares nas mãos dos autores, que promovem noites de autógrafos e às vezes deixam alguns exemplares nas bancas e livrarias. Mas o livro, como produto da indústria cultural, precisa também de ampla divulgação para que chegue às mãos dos leitores – e é justamente a divulgação e a distribuição que mais precisamos para tornar um livro conhecido e ao alcance das pessoas.
Carecemos de uma política cultural séria e dentro da realidade, para que os bons autores e aqueles que tenham obras de interesse possam publicar seus livros, quer sejam literários, didáticos ou técnicos – e que esses livros sejam distribuídos nas escolas, bibliotecas, salas de leitura e até mesmo em bancas e livrarias. Esperamos que os órgãos de cultura, tanto do Estado como dos municípios, consigam elaborar editais de forma correta e democrática a fim de sanar essa lacuna que é a produção e, sobretudo, a distribuição dos livros ao público-alvo. Essa promessa deve ser cobrada de todos aqueles que têm real interesse em movimentar o mercado livreiro aqui no Amapá e dar mais visibilidade aos autores e obras.


Allan Kardeck Galardo – mestre, doutor, coordenador do Laboratório de Entomologia Médica e coordenador de pesquisas do Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA)

O ano de 2018 foi um ano muito promissor para a nossa área de pesquisas e conseguimos parcerias muito importantes, principalmente parcerias com o Ministério da Saúde, visando estudos de novos inseticidas químicos e biológicos, para o controle de vetores da dengue e malária. Este ano também foi muito importante para o Laboratório do IEPA, pelo crescimento de sua estrutura física e de pessoal, com a aquisição de novos pesquisadores, temos hoje mais três profissionais cursando doutorado, ou seja, melhorando a qualificação da equipe do nosso laboratório. Tivemos um ano muito promissor. Para 2019 continuará com sua expansão e crescimento. Temos pesquisas bem importantes e com parcerias fundamentais para um maior crescimento do Laboratório do IEPA. Estamos fechando uma parceria, através do Ministério da Saúde e a Organização Pan Americana da Saúde, com CVC de Atlanta, que é um órgão de pesquisa internacional, um órgão importante que estará visitando o IEPA em janeiro de 2019, para fazermos um grande estudo na área de controle de Malária, ou seja, vamos avaliar o que fazemos hoje em nível de Brasil, para controlar a Malária e se são resultados promissores. Para 2019 temos nove projetos de pesquisas já aprovados. Uns já iniciados ou em andamento, outros iniciaremos em janeiro de 2019. E temos a previsão de aumento dos quadros profissionais de 22 para 26 trabalhando com pesquisa no Estado. Foi um ano de muito crescimento e 2019 um ano que promete muito, pois temos muitas pesquisas a serem desenvolvidas, prometendo que será um ano tão bom ou melhor do que esse que se encerra.


Marcelo Cardoso Lima – agente comunitário de saúde – arquiteto e urbanista – acadêmico de Licenciatura Plena em Química – Distrito de Ilha de Santana

No Distrito de Ilha de Santana e no meu trabalho como Agente Comunitário de Saúde foi muito atípico. Na comunidade tivemos um grande adensamento populacional, devido ter acontecido cinco invasões, várias famílias adentraram no Distrito, com um grande de número de pessoas de poder aquisitivo baixo.  Foram construídas moradias que não propiciam dignidade para o ser humano, mesmo sendo o mínimo que eles têm, não lhes favorece o bem estar. Com esse adensamento vieram as consequências, o aumento de vagas e a procura de atendimento no posto de saúde, necessidade de novas vagas na rede escolar e, o principal, emprego para essas pessoas, além do aumento da violência no Distrito e consequentemente ao município de Santana. Isso gerou um impacto na comunidade, pois somos uma Zona Rural que preconiza dentro do Plano Diretor é o baixo adensamento populacional, então a Ilha de Santana e se acontece um aumento, deve crescer o investimento, porém isso não aconteceu aqui. Não tivemos nenhum avanço no crescimento na infraestrutura e com a estagnação cresceram os problemas. Todos precisam dos atendimentos, eles estão acontecendo sem qualidade. Além dos danos ambientais, pois houve desmatamento nas áreas de invasão. Sobre a questão malária, cresceu o nosso índice de infecção. Aqui temos obras inacabadas, como a arena esportiva, a praça da cidade abandonada, academia da saúde, ruas estão sem asfalto ou bloqueadas, não temos tratamento de água e a falta de energia é constante. Para 2019 esperamos que as coisas aconteçam, principalmente na área que trabalho – a saúde familiar, a nossa esperança e a renovação que aconteceu na gestão municipal de Saúde e que eles tenham um olhar bondoso para a  população e que sejamos equipados para podermos prevenir. E que possamos produzir mais e que possamos ter mais planejamento. Organizar os métodos pelas informações que temos para melhorar a nossa realidade. Esperamos que os problemas sejam resolvidos e que benefícios a população. Somos aqui a mão de trabalho da saúde, se essa mão for bem tratada e bem organizada e equipada, com certeza a população terá um atendimento muito melhor. Esperamos que 2019 traga um novo olhar para a nossa população.


Maria Goreth da Silva e Souza – é educadora, servidora pública, há 29 anos, especialista em educação com MBA em gestão de pessoas, além de ser mestra em planejamento governamental e políticas públicas, e atual titular da Secretaria de Educação do Amapá.

2018 foi um ano muito importante, visto que em 2017 conseguimos estabelecer várias ferramentas de planejamento, de controle e de organização. Trabalhamos fazendo manutenção, consertos de um Boeing em pleno vôo. Este ano me permitiu investir no desenvolvimento de competências da equipe da Educação. Nas equipes das escolas, diretor, adjunto, coordenador. Investir nas equipes do Centro Administrativo, principalmente de planejamentos estratégicos, de ferramentas de coach, voltados para o desenvolvimento de competências específicas para o século 21. No ano de 2018 eu pude aplicar diversas ferramentas como: de coach, de avaliação, de planejamento, de monitoramento e passamos um ano que consideramos de sustentabilidade, pois 2017 foi de sobrevivência, não é fácil começar nova cultura dentro de uma organização, mais desafiador ainda é manter essa cultura. Eu considero 2018 de muito desenvolvimento das pessoas que trabalham na Educação, junto a mim, e também de sustentabilidade de tudo que foi planejado. 2019 será o ano da consolidação dos principais projetos que desenvolvemos.
Como profissional estou muito feliz, pois pude experimentar no serviço público ferramentas, tecnologias e modelos de gestão que normalmente são experimentadas na iniciativa privada, e deu certo, pois os resultados estão aparecendo. Vamos focar agora na consolidação de nossos projetos e programas e melhorar o índice de aprendizagem do estudante do Amapá.
Para mim duas coisas foram fundamentais para considerar que um não positivo como profissional. A primeira de ser reconhecida como a gestora que estabeleceu um modelo de gestão estratégico na educação e a segunda também pelo meu compromisso e pela causa que abracei da educação, principalmente mobilizando pessoas. Duas coisas importantes – mobilizar pessoas para despertar nelas a vontade e o desejo de fazer uma Educação de qualidade no Amapá.

Paulo César Alfaia Neves – bacharel em Direito, especialização em Direito Ambiental, professor de Língua Estrangeira, produtor cultural, coordenador de produção cultura e arte da Associação de Cultura Popular Amapaense – AFCCP

Nós vivemos um momento da conjuntura brasileira bastante delicada, mais é um momento que os produtores culturais e os movimentos sociais precisam ter bastante serenidade e de resistência, pelo contexto político que estamos vivendo. Temos de ser otimistas e fortalecer os movimentos sociais, os trabalhadores, os sem terras, os indígenas, os quilombolas, para que possamos fortalecer as cadeias produtivas dos vários segmentos culturais e sociais, acreditando que haverá uma mudança. Para mim a cultura e a educação são um viés, um caminho de inclusão social. A Cultura está presente em tudo, no fazer, nas crenças, nas redes sociais e temos que acreditar na possibilidade de mudanças, para podermos pensar nas gerações futuras. O que podemos fazer para eles? Não podemos penar a cultura somente como entretenimento, letrada, teatro, música, mas como uma cultura de inclusão social que envolve o bem estar. Se formos ver umas das prerrogativas do Ministério da Saúde ela pode trazer o bem estar. O estar bem consigo, com a família e a vizinhança, e a partir daí podemos construir uma cidade mais criativa, que consequentemente gera emprego e renda. Em várias manifestações culturais precisamos que o papel do Estado e do Governo seja o de fortalecer os produtores culturais, vários grupos e entidades sociais, que fazem um trabalho de relevância. Temos de ter essa resistência e de ser otimistas nesse momento de transição política. Não podemos escapar da política, pois somos um ser político e devemos estar inseridos nessas relações sociais e vamos acreditar e pensar que o Brasil através da educação, do fomento a cultura, aos movimentos sociais (capoeira, carnaval, marabaixo, entre outros...)

Jesus Pontes – deputado estadual pelo PTC, empresário e pecuarista – administrador de empresas e gestão pública.

O ano que se encerra foi muito bom politicamente, porém para os negócios foi conturbado, com certa desaceleração das vendas.
Em 2018 tivemos muitos avanços no setor produtivo do Amapá. Organizamos-nos para aproveitar as oportunidades de novos negócios com a abertura da fronteira agrícola, com a produção de grãos no cerrado amapaense e também da saída do Amapá do quadro da febre aftosa. Os problemas surgidos e envolvendo o IMAP, nas questões ambientais, deram uma atrapalhada no desenvolvimento do agronegócio. Acreditamos que em 2019 será muito melhor, tanto para o agronegócio como para as vendas. Politicamente foi um grande ano, vencemos as eleições e no Parlamento Estadual serei o representante não apenas do agronegócio, mas de toda uma força de trabalho e empreendedores de pequeno ou grande tamanho. Tenho em meu coração o propósito de representar e trabalhar não apenas por aqueles que em mim votaram, mas por todos os amapaenses de norte a sul do Estado.

Bispo Luciano Nascimento – presidente da Igreja Videira Verdadeira

Nesse ano de 2018 vimos muitas pessoas depositando sua confiança em homens, ficando isso explícito no período eleitoral. Até mesmo aqueles que se dizem cristãos, mas o papel da Igreja numa sociedade é orar por todos aqueles que estão investidos de autoridade, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade, conforme nos ensina a palavra. Não é confiando em homens que poderemos mudar uma nação. É com a renovação do entendimento que se tem a respeito de si e dos outros, tendo como parâmetro o conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pois a nossa fé e esperança devem estar em Deus.
Para 2019 vamos continuar com o nosso propósito de ramificar Cristo na vida das pessoas, a fim de que não apenas cultivemos o respeito às opiniões divergentes, mas principalmente possamos gerar no coração dos homens a esperança da vida eterna.

Denize Muniz – Jornalista

·        Vivemos momentos de evolução no jornalismo, são avanços que vêm sendo percebidos ao longo dos últimos anos, quando vimos os papéis praticamente sumirem das bancas, e as notícias passarem a ser acompanhadas na web. No jornalismo televisivo, assistimos a uma mudança de cenário, onde o apresentador adota uma linguagem mais popular e de aproximação com o telespectador. Em 2018, essa tendência continuou a firmar-se, apesar da crise financeira que se instalou no país, e não passou inatingível à área da comunicação, provocando cortes, readequações e ajustes nas finanças. Para o ano que vem, a perspectiva é de que o nosso jornalismo siga em constante evolução, com o propósito de sempre levar notícias reais e grandes reportagens para o público leitor, expectador, ouvinte e internauta. Que o compromisso com a verdade seja a atribuição desta profissão onde jamais haja mudança.



Bruno S. Pereira ou Bruno Belém, como é conhecido é um paraense que nutre grandes amores por terras Tucuju. É acadêmico de direito, microempreendedor além de adepto e defensor das religiões de matriz africana. Esporadicamente articulista do Tribuna Amapaense.


O ano 2018 foi o ano da crise, das tensões e das divisões. É o ano que muitos brasileiros desejarão esquecer.
Foi o ano que o carnaval voltou às suas origens e usou o samba como forma de protesto. Usou o carro alegórico como fonte para expressar sua indignação com o poder público. A escola de samba Paraíso do Tuiuti levou para a Marques de Sapucaí o Vampirão, como forma de criticar as ações do presidente da república. Por outro lado, a Beija-flor gritava: “ Oh Pátria Amada, por onde andarás? Seus filhos já não aguentam mais...”, era um grito de quem deseja transformação.
Em Maio, os caminhoneiros deram um exemplo do que uma categoria organizada, porém insatisfeita, pode fazer. Por aproximadamente dez dias, eles pararam o Brasil. As gôndolas dos supermercados ficaram limpas, postos de combustíveis sem seu produto principal, trabalhadores sem poder se deslocar aos seus postos de trabalho. Foi uma demonstração de que é possível fazer greve de forma ordeira e pacífica.
Os ventos da operação Lava Jato estremeceram as sólidas estruturas das gigantes da construção civil no Brasil, que como todo prédio, ao desmoronar, arrasta consigo o que está a redor. Neste caso, um ex-presidente da república. A figura de maior importância na contemporaneidade nacional ruiu.
No mundo, chegamos próximo de o início de uma guerra termonuclear, porém a linguagem da diplomacia se sobrepôs à arrogância e a ignorância. Kim Jong-un parecendo ter saído da bolha liberou um sorriso e mostrou ao mundo uma face pouco conhecida de um ditador, no seu encontro com o Presidente da Correia do Sul. Ao meu ver, o momento mais histórico de 2018 no mundo.
Se as Coreias começavam um diálogo de paz, o conflito árabe-israelense se intensificava. A guerra da Síria e em regiões do oriente médio aliadas a crise na Venezuela desencadearam uma das maiores crises migratórias do mundo.
O Brasil ainda que rachado por ideologias mostrou-se grande, não apenas em extensão territorial, ao acolher grande parte desses imigrantes, mostrou-se grande pela capacidade de resiliência e de amor ao próximo que possuímos. Demos a muitos imigrantes, dentro de nossa limitações, o que eles mais buscavam, um lugar de paz.
Certamente, em 2019 o sentimento de Paz será o mais desejado entre todos nós brasileiros. Creio que a economia voltará a crescer, teremos mais figuras públicas sentindo o peso da justiça, a mídia nacional começará um novo ciclo pautado na imparcialidade, e que teremos grandes debates saudáveis em virtude das reformas que estão por vim.
O meu desejo principal para 2019 é de unidade nacional. Sem a pacificação, não haverá desenvolvimento.
Sorte e Sucesso a todos!









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