sábado, 5 de janeiro de 2019

DO DISCURSO DE POSSE PARA A MUDANÇA NA SAÚDE


   
     Nada melhor do que iniciar o ano de 2019 refletindo sobre as palavras daqueles que tomaram posse no governo federal e estadual,   que  influenciará na vida dos brasileiros. A saúde da economia, das finanças, das relações internacionais e de intensões de mudança nas estruturas vão repercutir na saúde coletiva e individual.
Os discursos e as promessas se repetem, cujo povo já está cansado de escutar há cada 4 anos. Mas o que diferencia são as intensões e mudança de rumo.  Já se passaram mais de 30 anos (“Nova Republica”) com a mesma prática de clientelismo, fisiologismo e aparelhamento partidário das instituições.
Em termos de saúde pública, os governos não deram prioridade para esse setor essencial, valorizando a privatização, terceirização dos serviços e reduzindo recursos e o subfinanciamento da atenção básica. O último exemplo de ideologização e partidarização foi o programa “Mais Médicos”, que pouco melhorou a assistência em termos conjunturais.  
Mas vamos aos discursos de posse. No Congresso, Bolsonaro, falou aos parlamentares e convidados sobre a defesa de um novo “pacto federativo”, entre a sociedade e os poderes da República, buscando “novos caminhos e superação de desafios”. Foi enfático no combate à corrupção e submissão ideológica do governo. Falou em ouvir “a voz e unir o povo”, resgatar os valores da Família, respeitar as religiões e combater a ideologia de gênero.
Em termos políticos disse que vai “partilhar o poder de maneira progressiva, responsável e consciente com os Estados e Municípios”, valorizando o pacto federativo.
No Parlatório, se dirigindo para a sociedade, falou das amarras que o povo sofreu ao longo dos anos, sendo ovacionado quando disse que pretende “tirar a desconfiança e o peso do governo sobre quem trabalha e produz”  e “acabar com a ideologia que defende bandido e criminaliza policiais”, o que considera um desvirtuamento dos direitos humanos.
Nunca se ouviu num discurso politico se invocar e citar tanto a palavra Deus. Tanto no Congresso quanto no Parlatório, o presidente empossado agradeceu a Deus pela preservação de sua vida, ameaçada por um atentado. Agradeceu também aos profissionais da saúde que o assistiram na rede pública de Juiz de Fora- MG, chamando-os de competentes. Só na ultima frase do discurso à nação, citou o nome de Deus  4 vezes.
É uma mudança de rumo significativa em resposta ao que chamou de “a voz das ruas e das urnas”, contrário ao que se viu nos últimos governos, onde os apelos da população, marcados por passeatas, movimentos e protestos, foram ignorados.
Mas o ato mais concreto nesse sentido, na área da saúde,  já no 2° dia de governo, foi o início do desmonte do aparelhamento politico do Ministério da Saúde, que foi ocupado por décadas por cargos comissionados partidarizados. Tivemos a nomeação pelo Ministro da Saúde, Médico Luiz Henrique Mandetta, do servidor e Doutor em Epidemiologia, Wanderson Kleber, para a Secretaria de Vigilância em Saúde-SVS,  e para a Secretaria de Gestão do Trabalho  e da Educação na Saúde-SEGEST, da Médica Pediatra e do Trabalho Mayra Isabel Pinheiro.
Wanderson, na SVS, atuará nas ações de vigilância, prevenção e controle de doenças transmissíveis, controle de doenças crônicas não transmissíveis, saúde ambiental e do trabalhador. Mayra Pinheiro, na SEGEST, ficará responsável pelas politicas públicas de gestão, formação e qualificação dos trabalhadores e regulação profissional na área da saúde, além de articular e integrar as relações entre os entes federados do SUS. 
Essas são mudanças que vão além do discurso e que vão impactar na gestão da saúde publica, para que as ações e serviços sejam realmente voltados para a população, visando resgatar a segurança e eficiência dos serviços. Nos outros artigos vamos continuar a reflexão do discurso na esfera estadual. ( Fonte: G1amapá)  JARBAS ATAÍDE, 01.01.2019.
 

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