Os
discursos e as promessas se repetem, cujo povo já está cansado de escutar há
cada 4 anos. Mas o que diferencia são as intensões e mudança de rumo. Já se passaram mais de 30 anos (“Nova
Republica”) com a mesma prática de clientelismo, fisiologismo e aparelhamento
partidário das instituições.
Em
termos de saúde pública, os governos não deram prioridade para esse setor
essencial, valorizando a privatização, terceirização dos serviços e reduzindo
recursos e o subfinanciamento da atenção básica. O último exemplo de
ideologização e partidarização foi o programa “Mais Médicos”, que pouco
melhorou a assistência em termos conjunturais.
Mas
vamos aos discursos de posse. No Congresso, Bolsonaro, falou aos parlamentares
e convidados sobre a defesa de um novo “pacto federativo”, entre a sociedade e
os poderes da República, buscando “novos caminhos e superação de desafios”. Foi
enfático no combate à corrupção e submissão ideológica do governo. Falou em
ouvir “a voz e unir o povo”, resgatar os valores da Família, respeitar as religiões
e combater a ideologia de gênero.
Em
termos políticos disse que vai “partilhar o poder de maneira progressiva,
responsável e consciente com os Estados e Municípios”, valorizando o pacto
federativo.
No
Parlatório, se dirigindo para a sociedade, falou das amarras que o povo sofreu
ao longo dos anos, sendo ovacionado quando disse que pretende “tirar a
desconfiança e o peso do governo sobre quem trabalha e produz” e “acabar com a ideologia que defende bandido
e criminaliza policiais”, o que considera um desvirtuamento dos direitos
humanos.
Nunca
se ouviu num discurso politico se invocar e citar tanto a palavra Deus. Tanto no Congresso quanto no
Parlatório, o presidente empossado agradeceu a Deus pela preservação de sua
vida, ameaçada por um atentado. Agradeceu também aos profissionais da saúde que
o assistiram na rede pública de Juiz de Fora- MG, chamando-os de competentes.
Só na ultima frase do discurso à nação, citou o nome de Deus 4 vezes.
É
uma mudança de rumo significativa em resposta ao que chamou de “a voz das ruas e das urnas”, contrário
ao que se viu nos últimos governos, onde os apelos da população, marcados por
passeatas, movimentos e protestos, foram ignorados.
Mas
o ato mais concreto nesse sentido, na área da saúde, já no 2° dia de governo, foi o início do
desmonte do aparelhamento politico do Ministério da Saúde, que foi ocupado por
décadas por cargos comissionados partidarizados. Tivemos a nomeação pelo
Ministro da Saúde, Médico Luiz Henrique Mandetta, do servidor e Doutor em
Epidemiologia, Wanderson Kleber, para a Secretaria de Vigilância em Saúde-SVS, e para a Secretaria de Gestão do
Trabalho e da Educação na Saúde-SEGEST,
da Médica Pediatra e do Trabalho Mayra Isabel Pinheiro.
Wanderson,
na SVS, atuará nas ações de vigilância, prevenção e controle de doenças
transmissíveis, controle de doenças crônicas não transmissíveis, saúde
ambiental e do trabalhador. Mayra Pinheiro, na SEGEST, ficará responsável pelas
politicas públicas de gestão, formação e qualificação dos trabalhadores e regulação
profissional na área da saúde, além de articular e integrar as relações entre
os entes federados do SUS.
Essas
são mudanças que vão além do discurso e que vão impactar na gestão da saúde
publica, para que as ações e serviços sejam realmente voltados para a
população, visando resgatar a segurança e eficiência dos serviços. Nos outros
artigos vamos continuar a reflexão do discurso na esfera estadual. ( Fonte:
G1amapá) JARBAS ATAÍDE, 01.01.2019.
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