Waldez assumiu neste 1º
de janeiro de 2019 seu quarto mandato como mandatário do Estado do Amapá. Seu
vice é o empresário Jaime Nunes (PROS). Uma gestão inovadora que se
concretizará com novos projetos essenciais para o desenvolvimento do Estado e
com energia redobrada para superar os desafios que se apresentarem. Superar é a
meta.
Reinaldo Coelho
Em todo o Brasil
aconteceram nesse primeiro dia de 2019, a posse do presidente da República a
dos governadores eleitos e reeleitos. No Amapá Waldez Goes (PDT) com 191.741 votos
– 52,35% dos votos válidos, foi reeleito e conquistando assim seu quarto
mandato para conduzir o Poder Executivo Amapaense, tendo como vice-governador o
empresário Jaime Nunes (PROS). Góes com a experiência adquirida e os desafios
estruturais e conjunturais que demandaram o seu terceiro mandato superados com o
planejamento e a implementação de uma estratégia de ação no campo da gestão
pública que enfrentou problemas e gargalos que foram superados com a aplicação
de uma gestão inovadora. Apesar das constantes reduções dos investimentos nas
políticas públicas do governo federal em todos os seus setores nos últimos
anos, surpreendentemente, o período foi marcado também por avanços, mesmo que
em pequena escala, no debate e nas práticas de inovação no setor público
amapaense, incluindo as diversas experiências bem sucedidas de transformação
digital, governo aberto, arranjos e parcerias público-privado e com a sociedade
civil e aprimoramento de modelos de compras públicas.
“Quero fazer meu registro a Deus, a minha
gratidão, e ao povo do Amapá pela compreensão desse projeto. A campanha
proporcionou isso. Todos sabem, e perceberam durante o processo eleitoral, o
governo que eu tive que fazer durante o processo de adversidade. Nós contamos
muito pouco com o Governo Federal e também recebi o Estado em condições de
muita dificuldade e nem por isso fiquei reclamando, arregacei as mangas, assumi
publicamente as dificuldades, dialoguei muito com servidores públicos,
empreendedores, líderes políticos, sociais e religiosos”, declarou Waldez na
ocasião.
Caminhando juntos
Vice-Governador
Jaime Nunes, declarou a reportagem que é grande a responsabilidade que agora
assume e desenvolver um grande trabalho em conjunto com o governador Waldez
Góes. “Trabalhar com esse grande líder que tem uma grande experiência no setor
público, pois está no quarto mandato, tenho certeza que teremos um entendimento
uma compreensão, criaremos uma sinergia, para que esse trabalho seja em prol do
nosso povo e traga melhorias sociais na educação, na saúde e na segurança.
Enfim melhorias para a nossa sociedade em todos os sentidos, para os
empreendedores, para os ambulantes, para os informais. Queremos um Estado
desenvolvido, que isso venha gerar, empregos e rendas.
Com referência a uma aceleração nos serviços
burocráticos, para que o empreendedor regularize sua situação e o estimule o
vice governador Jaime Nunes dissertou que. “Esse cenário é nacional, aqui mais
acentuado, mais agudo, a celeridade é mais complexa, na campanha desde o
primeiro turno, no segundo turno e depois da campanha estamos discutindo com o
setor produtivo. Entendendo os gargalos, as morosidades e as complexidades.
Estamos apresentado agora no início de Janeiro, ao governador uma proposta de
unificarmos todos os órgãos estaduais e federais e ao mesmo tempo estarmos
procurando soluções conjuntas. Estaremos permanentemente e fazendo que a sociedade
e o empreendedor entendam que está dentro da legislação e fazendo que as coisa
aconteçam normalmente”
Posse
A cerimônia de
posse ocorreu no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (SEBRAE), que iniciou as 22h30, do dia 31 de dezembro. Mas a posse de
Waldez e Jaime ocorreu nos primeiros minutos de 2019, constituindo um ato da
Mesa Diretora do Poder Legislativo, que contou com o apoio do Executivo para a
realização do evento, e que teve a participação de 500 pessoas. Foram cerca de
70 profissionais mobilizados na organização e segurança da cerimônia.
O cerimonial da ALAP
abriu os serviços com a composição da Mesa Diretora do parlamento estadual sob
a presidência do deputado Kaka Barbosa e pela vice-presidente Roseli Matos, e
pela 1ª Secretária Edna Auzier. Participaram da mesa os governadores Waldez
Góes, vice Jaime Nunes, Presidente do TJAP, Carlos Tork, representante do
MPE/AP promotora Ivana Cei, do TCE/AP Conselheiros Michel Harb e Regildo
Salomão, senador eleito Lucas Barreto. Com a leitura da Ata de Posse e sua
assinatura pelos empossados, o governador recebeu a faixa das mãos do
Presidente Kaka Barbosa que foi trazida pelo neto de Waldez Góes, Gabriel Góes.
Em seu discurso,
além dos cumprimentos de praxe e agradecimentos, Waldez Góes fez um relato de
suas atividades e ações frente ao Poder Executivo, nesses quatro últimos anos e
a luta para superar os problemas recebidos de seu antecessor e a crise nacional
econômica, fiscal e politica que assolou o País.
Waldez disse que
pretende continuar investindo em setores estratégicos, como saúde, segurança e
educação, mas revelou que pretende reduzir a folha de pagamento do Estado. O
Governador antecipou que irá editar um decreto nos primeiros dias de janeiro
reduzindo a quantidade de contratos administrativos e cargos de confiança e
avaliou que houve avanço na área fiscal, especialmente com o pagamento de
débitos, e citou o setor da Educação.
“Quando eu assumi,
em 2015, o Estado devia quase meio bilhão só na Educação. Hoje os pagamentos
estão em dia, como das merendeiras e transporte escolar. Revitalizei 160
escolas e resolvi o problema de gestão da merenda escolar”, frisou.
“Se o Brasil
voltar a crescer em 2019, o Amapá vai junto, e isso não vai atrapalhar as
políticas de gestão fiscal que já estamos fazendo”, acrescentou.
ele reforçou que
essas áreas “seguirão passando por fortes e decididas mudanças, para alcançar
níveis de qualidade e eficiência que a população merece”.
Porem, Waldez
também lembrou que o papel de fomentar a economia continuará a ser aprofundado
pelo governo, lembrando que para garantir essa transformação contará com a
experiência de seu vice-governador, empresário Jaime Nunes.
Ele também
declarou que outro princípio que seguirá norteando é o da transparência nos
atos da administração. “O Amapá já conquistou grandes avanços, mas ainda tem
muito a crescer, para transformar suas potencialidades em uma nova e melhor
realidade de vida para todos”, disse complementando:
“Trabalharei para
ser o governador da modernização da máquina pública, do Estado eficiente, da
consolidação do agronegócio; da industrialização progressiva e consciente; da
inserção do Amapá em um novo patamar no desenvolvimento do comércio, dos
serviços, da infraestrutura, dos programas sociais, com distribuição dos
benefícios coletivos para todos os amapaenses”.
Os três mandatos de Waldez Góes
O político
Waldez Góes iniciou sua carreira política como deputado estadual de 1995 a
1999. Mas seu objetivo sempre foi exercer a administração pública, tanto que concorreu
à prefeitura de Macapá em 1996, mas perdeu para Aníbal Barcelos. Também
concorreu ao governo do Estado em 1998, mas foi derrotado por João Capiberibe (PSB),
no segundo turno. Waldez alcançou o poder executivo amapaense quando foi eleito
em 2002, em disputa no segundo turno com Dalva Figueiredo (PT), e reeleito em
2006, já no primeiro turno disputando de novo contra João Alberto Capiberibe (PSB),
seu adversário nato na política amapaense.
Após as
diversas tentativas frustradas, para ocupar o poder executivo amapaense, Waldez
Góes viajou para o Estado do Rio de Janeiro, onde aproveitou para aprimorar
seus conhecimentos cursando a Escola de Políticas Públicas e estudando por dois
anos no curso superior de Direito na Universidade Estácio de Sá, e ao voltar
para o Amapá preparou novamente a sua candidatura ao governo do Estado, que
seria realizada no ano de 2002, quando finalmente teve sucesso. No primeiro
turno Góes terminou com uma relativa vantagem, pois recebeu 36,82% dos votos,
enquanto a sua principal adversária, Dalva Figueiredo (PT), conseguiu 25,31% na
votação. No segundo turno o candidato do PDT recebeu a maioria dos votos, isto
é, 54,56% da votação no Estado.
Primeiro mandato (2003/2006)
Durante a
sua gestão nesse primeiro mandato Góes promoveu obras em todo o Estado, como a
inauguração do Museu Kuahí dos povos do Oiapoque. Também fez investimentos em
infraestrutura, como a obra de pavimentação da nova rodovia AP 010, ligando a
capital ao município de Mazagão, e a pavimentação da Rodovia BR-156, que corta
o Estado. Na área da educação o governador aderiu ao programa do governo
federal chamado ‘Mais Educação’, que previa a ampliação das atividades
escolares para estimular o desenvolvimento escolar e diminuir a evasão.
Segundo mandato (2007/2010)
Ao tomar
posse em janeiro de 2007, para o seu segundo mandato (2007/2010) frente ao
poder executivo amapaense, Góes afirmou que durante os primeiros quatro anos de
seu primeiro governo o Amapá conseguiu um salto expressivo no volume de
exportações, passando de US$ 16 milhões em 2002 para US$ 140 milhões neste ano.
Segundo o governador reeleito as taxas de desemprego também caíram pela metade
durante o primeiro mandato, de 20% em 2003 para 10% em 2005.
O pedetista
também disse que o desafio era superar os números de seu primeiro mandato.
"Eu passo a me espelhar a partir de agora no meu próprio governo",
frisou.
Waldez se
descompatibilizou do governo do Estado, no dia 4 de abril de 2010, para
concorrer nas eleições ao cargo de senador, deixando no cargo o
vice-governador, Pedro Paulo Dias. Com 106.751 votos ocupou o terceiro lugar e
foi derrotado por Randolfe Rodrigues (PSOL), e por Gilvam Borges (PMDB).
Terceiro mandato (2015/2018)
Waldez
voltou a disputar o governo estadual em 2014 quando enfrentou o então
governador Camilo Capiberibe (PSB), filho de João Capiberibe. Waldez foi eleito
com 60,58% dos votos, contra 39,42% de Capiberibe. Em seu terceiro mandato Waldez
Góes garantiu que recebeu o Estado em crise, após a administração do PSB, mas
conseguiu nesses últimos quatro anos recondicioná-lo para seguir com o seu
desenvolvimento.
O governador prometeu na ocasião dar
condições para instalação de novas indústrias no Amapá, captar mais recursos
públicos, ajudar os mais pobres com pagamento do consumo de energia elétrica e
fortalecer as políticas públicas de segurança e saúde, sem esquecer o acesso de
mais pessoas no programa Amapá Jovem.
Quarto mandato (2018/2021)
Em 2018 mais
uma vez Waldez Góes vai às urnas concorrendo com cinco candidatos, tendo entre
eles o adversário João Aberto Capiberibe (PSB) e Davi Alcolumbre (DEM) que
formava uma grande aliança com os novos adversários políticos, encabeçada pelo
prefeito de Macapá Clécio Luís (REDE) e o senador de primeiro mandato Randolfe
Rodrigues (REDE) que se reelegeu com uma grande votação. Nesse embate Waldez
vai pro segundo turno com o senador João Alberto Cabiberibe (PSB) e conquista o
seu quarto mandato.
O quarto mandato e o apoio parlamentar e político
De acordo
com informações de especialistas políticos o governador Waldez terá amplo apoio
de deputados eleitos para a Assembleia Legislativa do Amapá. Dos 24 parlamentares
eleitos ou reeleitos 20 declararam apoio ao governador do PDT, três declararam
oposição, um ainda não decidiu. Waldez concorreu pela coligação – “Com a força
do povo por mais conquistas”, composta por nove partidos: PDT, PROS, PTB, MDB,
DC, PRB, PRP, PC do B e PMB. Sete candidatos eleitos fazem parte da coligação.
O PR vai
ocupar o maior número de cadeiras do órgão a partir de 2019: 4 vagas. Do total
dos candidatos votados, mais da metade foram reeleitos. Das 24 vagas 10 serão
ocupadas por novos deputados estaduais e 14 por veteranos, que já compõem a
atual legislatura.
Perfil do governador empossado
Antônio Waldez
Góes da Silva, 56 anos, é servidor público, filiado ao PDT desde 1989.Disputou
pela primeira vez um cargo em 1990, tornando-se constituinte estadual sendo o
deputado estadual mais votado naquela disputa. Foi reeleito em 1994. Em 2002, em
sua segunda tentativa, foi eleito governador do Amapá. Após ser reeleito em
2006 deixou o posto para concorrer ao Senado em 2010, e não venceu.
Candidatou-se em 2014 e foi escolhido pela terceira vez para o governo do
Amapá.
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