terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Waldez Góes toma posse para o quarto mandato de governador do Amapá




Waldez assumiu neste 1º de janeiro de 2019 seu quarto mandato como mandatário do Estado do Amapá. Seu vice é o empresário Jaime Nunes (PROS). Uma gestão inovadora que se concretizará com novos projetos essenciais para o desenvolvimento do Estado e com energia redobrada para superar os desafios que se apresentarem. Superar é a meta.

 Reinaldo Coelho



Em todo o Brasil aconteceram nesse primeiro dia de 2019, a posse do presidente da República a dos governadores eleitos e reeleitos. No Amapá Waldez Goes (PDT) com 191.741 votos – 52,35% dos votos válidos, foi reeleito e conquistando assim seu quarto mandato para conduzir o Poder Executivo Amapaense, tendo como vice-governador o empresário Jaime Nunes (PROS). Góes com a experiência adquirida e os desafios estruturais e conjunturais que demandaram o seu terceiro mandato superados com o planejamento e a implementação de uma estratégia de ação no campo da gestão pública que enfrentou problemas e gargalos que foram superados com a aplicação de uma gestão inovadora. Apesar das constantes reduções dos investimentos nas políticas públicas do governo federal em todos os seus setores nos últimos anos, surpreendentemente, o período foi marcado também por avanços, mesmo que em pequena escala, no debate e nas práticas de inovação no setor público amapaense, incluindo as diversas experiências bem sucedidas de transformação digital, governo aberto, arranjos e parcerias público-privado e com a sociedade civil e aprimoramento de modelos de compras públicas.

 “Quero fazer meu registro a Deus, a minha gratidão, e ao povo do Amapá pela compreensão desse projeto. A campanha proporcionou isso. Todos sabem, e perceberam durante o processo eleitoral, o governo que eu tive que fazer durante o processo de adversidade. Nós contamos muito pouco com o Governo Federal e também recebi o Estado em condições de muita dificuldade e nem por isso fiquei reclamando, arregacei as mangas, assumi publicamente as dificuldades, dialoguei muito com servidores públicos, empreendedores, líderes políticos, sociais e religiosos”, declarou Waldez na ocasião.
Caminhando juntos

Vice-Governador Jaime Nunes, declarou a reportagem que é grande a responsabilidade que agora assume e desenvolver um grande trabalho em conjunto com o governador Waldez Góes. “Trabalhar com esse grande líder que tem uma grande experiência no setor público, pois está no quarto mandato, tenho certeza que teremos um entendimento uma compreensão, criaremos uma sinergia, para que esse trabalho seja em prol do nosso povo e traga melhorias sociais na educação, na saúde e na segurança. Enfim melhorias para a nossa sociedade em todos os sentidos, para os empreendedores, para os ambulantes, para os informais. Queremos um Estado desenvolvido, que isso venha gerar, empregos e rendas.

 Com referência a uma aceleração nos serviços burocráticos, para que o empreendedor regularize sua situação e o estimule o vice governador Jaime Nunes dissertou que. “Esse cenário é nacional, aqui mais acentuado, mais agudo, a celeridade é mais complexa, na campanha desde o primeiro turno, no segundo turno e depois da campanha estamos discutindo com o setor produtivo. Entendendo os gargalos, as morosidades e as complexidades. Estamos apresentado agora no início de Janeiro, ao governador uma proposta de unificarmos todos os órgãos estaduais e federais e ao mesmo tempo estarmos procurando soluções conjuntas. Estaremos permanentemente e fazendo que a sociedade e o empreendedor entendam que está dentro da legislação e fazendo que as coisa aconteçam normalmente”


Posse


A cerimônia de posse ocorreu no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), que iniciou as 22h30, do dia 31 de dezembro. Mas a posse de Waldez e Jaime ocorreu nos primeiros minutos de 2019, constituindo um ato da Mesa Diretora do Poder Legislativo, que contou com o apoio do Executivo para a realização do evento, e que teve a participação de 500 pessoas. Foram cerca de 70 profissionais mobilizados na organização e segurança da cerimônia.

O cerimonial da ALAP abriu os serviços com a composição da Mesa Diretora do parlamento estadual sob a presidência do deputado Kaka Barbosa e pela vice-presidente Roseli Matos, e pela 1ª Secretária Edna Auzier. Participaram da mesa os governadores Waldez Góes, vice Jaime Nunes, Presidente do TJAP, Carlos Tork, representante do MPE/AP promotora Ivana Cei, do TCE/AP Conselheiros Michel Harb e Regildo Salomão, senador eleito Lucas Barreto. Com a leitura da Ata de Posse e sua assinatura pelos empossados, o governador recebeu a faixa das mãos do Presidente Kaka Barbosa que foi trazida pelo neto de Waldez Góes, Gabriel Góes.


Em seu discurso, além dos cumprimentos de praxe e agradecimentos, Waldez Góes fez um relato de suas atividades e ações frente ao Poder Executivo, nesses quatro últimos anos e a luta para superar os problemas recebidos de seu antecessor e a crise nacional econômica, fiscal e politica que assolou o País.
Waldez disse que pretende continuar investindo em setores estratégicos, como saúde, segurança e educação, mas revelou que pretende reduzir a folha de pagamento do Estado. O Governador antecipou que irá editar um decreto nos primeiros dias de janeiro reduzindo a quantidade de contratos administrativos e cargos de confiança e avaliou que houve avanço na área fiscal, especialmente com o pagamento de débitos, e citou o setor da Educação.

“Quando eu assumi, em 2015, o Estado devia quase meio bilhão só na Educação. Hoje os pagamentos estão em dia, como das merendeiras e transporte escolar. Revitalizei 160 escolas e resolvi o problema de gestão da merenda escolar”, frisou.
“Se o Brasil voltar a crescer em 2019, o Amapá vai junto, e isso não vai atrapalhar as políticas de gestão fiscal que já estamos fazendo”, acrescentou.
ele reforçou que essas áreas “seguirão passando por fortes e decididas mudanças, para alcançar níveis de qualidade e eficiência que a população merece”.

Porem, Waldez também lembrou que o papel de fomentar a economia continuará a ser aprofundado pelo governo, lembrando que para garantir essa transformação contará com a experiência de seu vice-governador, empresário Jaime Nunes.

Ele também declarou que outro princípio que seguirá norteando é o da transparência nos atos da administração. “O Amapá já conquistou grandes avanços, mas ainda tem muito a crescer, para transformar suas potencialidades em uma nova e melhor realidade de vida para todos”, disse complementando:

“Trabalharei para ser o governador da modernização da máquina pública, do Estado eficiente, da consolidação do agronegócio; da industrialização progressiva e consciente; da inserção do Amapá em um novo patamar no desenvolvimento do comércio, dos serviços, da infraestrutura, dos programas sociais, com distribuição dos benefícios coletivos para todos os amapaenses”.




Os três mandatos de Waldez Góes

O político Waldez Góes iniciou sua carreira política como deputado estadual de 1995 a 1999. Mas seu objetivo sempre foi exercer a administração pública, tanto que concorreu à prefeitura de Macapá em 1996, mas perdeu para Aníbal Barcelos. Também concorreu ao governo do Estado em 1998, mas foi derrotado por João Capiberibe (PSB), no segundo turno. Waldez alcançou o poder executivo amapaense quando foi eleito em 2002, em disputa no segundo turno com Dalva Figueiredo (PT), e reeleito em 2006, já no primeiro turno disputando de novo contra João Alberto Capiberibe (PSB), seu adversário nato na política amapaense.
Após as diversas tentativas frustradas, para ocupar o poder executivo amapaense, Waldez Góes viajou para o Estado do Rio de Janeiro, onde aproveitou para aprimorar seus conhecimentos cursando a Escola de Políticas Públicas e estudando por dois anos no curso superior de Direito na Universidade Estácio de Sá, e ao voltar para o Amapá preparou novamente a sua candidatura ao governo do Estado, que seria realizada no ano de 2002, quando finalmente teve sucesso. No primeiro turno Góes terminou com uma relativa vantagem, pois recebeu 36,82% dos votos, enquanto a sua principal adversária, Dalva Figueiredo (PT), conseguiu 25,31% na votação. No segundo turno o candidato do PDT recebeu a maioria dos votos, isto é, 54,56% da votação no Estado.

Primeiro mandato (2003/2006)

Durante a sua gestão nesse primeiro mandato Góes promoveu obras em todo o Estado, como a inauguração do Museu Kuahí dos povos do Oiapoque. Também fez investimentos em infraestrutura, como a obra de pavimentação da nova rodovia AP 010, ligando a capital ao município de Mazagão, e a pavimentação da Rodovia BR-156, que corta o Estado. Na área da educação o governador aderiu ao programa do governo federal chamado ‘Mais Educação’, que previa a ampliação das atividades escolares para estimular o desenvolvimento escolar e diminuir a evasão.

Segundo mandato (2007/2010)

Ao tomar posse em janeiro de 2007, para o seu segundo mandato (2007/2010) frente ao poder executivo amapaense, Góes afirmou que durante os primeiros quatro anos de seu primeiro governo o Amapá conseguiu um salto expressivo no volume de exportações, passando de US$ 16 milhões em 2002 para US$ 140 milhões neste ano. Segundo o governador reeleito as taxas de desemprego também caíram pela metade durante o primeiro mandato, de 20% em 2003 para 10% em 2005.
O pedetista também disse que o desafio era superar os números de seu primeiro mandato. "Eu passo a me espelhar a partir de agora no meu próprio governo", frisou.
Waldez se descompatibilizou do governo do Estado, no dia 4 de abril de 2010, para concorrer nas eleições ao cargo de senador, deixando no cargo o vice-governador, Pedro Paulo Dias. Com 106.751 votos ocupou o terceiro lugar e foi derrotado por Randolfe Rodrigues (PSOL), e por Gilvam Borges (PMDB).

Terceiro mandato (2015/2018)

Waldez voltou a disputar o governo estadual em 2014 quando enfrentou o então governador Camilo Capiberibe (PSB), filho de João Capiberibe. Waldez foi eleito com 60,58% dos votos, contra 39,42% de Capiberibe. Em seu terceiro mandato Waldez Góes garantiu que recebeu o Estado em crise, após a administração do PSB, mas conseguiu nesses últimos quatro anos recondicioná-lo para seguir com o seu desenvolvimento.
O governador prometeu na ocasião dar condições para instalação de novas indústrias no Amapá, captar mais recursos públicos, ajudar os mais pobres com pagamento do consumo de energia elétrica e fortalecer as políticas públicas de segurança e saúde, sem esquecer o acesso de mais pessoas no programa Amapá Jovem.

Quarto mandato (2018/2021)

Em 2018 mais uma vez Waldez Góes vai às urnas concorrendo com cinco candidatos, tendo entre eles o adversário João Aberto Capiberibe (PSB) e Davi Alcolumbre (DEM) que formava uma grande aliança com os novos adversários políticos, encabeçada pelo prefeito de Macapá Clécio Luís (REDE) e o senador de primeiro mandato Randolfe Rodrigues (REDE) que se reelegeu com uma grande votação. Nesse embate Waldez vai pro segundo turno com o senador João Alberto Cabiberibe (PSB) e conquista o seu quarto mandato.

O quarto mandato e o apoio parlamentar e político

De acordo com informações de especialistas políticos o governador Waldez terá amplo apoio de deputados eleitos para a Assembleia Legislativa do Amapá. Dos 24 parlamentares eleitos ou reeleitos 20 declararam apoio ao governador do PDT, três declararam oposição, um ainda não decidiu. Waldez concorreu pela coligação – “Com a força do povo por mais conquistas”, composta por nove partidos: PDT, PROS, PTB, MDB, DC, PRB, PRP, PC do B e PMB. Sete candidatos eleitos fazem parte da coligação.
O PR vai ocupar o maior número de cadeiras do órgão a partir de 2019: 4 vagas. Do total dos candidatos votados, mais da metade foram reeleitos. Das 24 vagas 10 serão ocupadas por novos deputados estaduais e 14 por veteranos, que já compõem a atual legislatura.

 


Perfil do governador empossado

Antônio Waldez Góes da Silva, 56 anos, é servidor público, filiado ao PDT desde 1989.Disputou pela primeira vez um cargo em 1990, tornando-se constituinte estadual sendo o deputado estadual mais votado naquela disputa. Foi reeleito em 1994. Em 2002, em sua segunda tentativa, foi eleito governador do Amapá. Após ser reeleito em 2006 deixou o posto para concorrer ao Senado em 2010, e não venceu. Candidatou-se em 2014 e foi escolhido pela terceira vez para o governo do Amapá.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

ARTIGO DO GATO - Amapá no protagonismo

 Amapá no protagonismo Por Roberto Gato  Desde sua criação em 1988, o Amapá nunca esteve tão bem colocado no cenário político nacional. Arri...