Congresso Nacional Brasileiro
Empossa e elege dirigentes das duas casas do parlamento
nacional.
Os 513 deputados eleitos para a 56ª
legislatura da Câmara dos Deputados, já foram empossados na sessão que aconteceu no Plenário Ulysses
Guimarães.
A
legislatura que começa nesta sexta-feira tem o maior percentual de novatos e de
mulheres em mais de 30 anos. O número de partidos com assento na Casa também é
recorde: são 30 diferentes legendas representadas na Câmara a partir de agora.
A sessão de posse dos deputados
foi conduzida pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). À frente da
Câmara desde 2017, o parlamentar do Rio de Janeiro tentará a reeleição na
eleição desta sexta que definirá quem irá presidir a Casa nos próximos dois
anos.
A eleição interna está marcada para
as 18h. Também nesta sexta-feira, os deputados também vão escolher os demais
integrantes da Mesa Diretora, cargos como vice-presidente e secretários.
Roteiro da sessão
Na sessão de posse dos
deputados, Rodrigo Maia fez a leitura do compromisso solene dos parlamentares,
previsto no regimento interno da Câmara: "Prometo manter, defender e
cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo
brasileiro e sustentar a união, a integridade e a independência do
Brasil".
Um a um, os deputados foram
chamados pelo nome para irem até um dos microfones no plenário confirmar o
juramento. Os primeiros serão os da região Norte e os últimos, da região Sul.
Ao serem chamados, respondiam:
"Assim o prometo". O ritual oficializa o início do mandato
parlamentar, que terá duração até 31 de janeiro de 2023.
Os deputados empossados não
poderão fazer discursos. Quem não puder comparecer na cerimônia desta sexta,
terá prazo de até 60 dias para tomar posse durante qualquer outra sessão do
plenário.
O cerimonial da Câmara
autorizou cada deputado a trazer quatro convidados. No plenário, os novos
parlamentares faziam fotos e vídeos acompanhados da família.
Logo no início da sessão, Maia
informou que Jean Wyllys (PSOL-RJ) havia renunciado ao novo mandato e que, no
lugar dele, assumiria David Miranda (PSOL-RJ).
Maia pediu ainda um minuto de
silêncio em homenagem ao deputado eleito Wagner Montes (PRB-RJ), que morreu
poucos dias antes de tomar posse.
Eleições da Câmara Federal
A Câmara dos Deputados decide na noite desta
sexta-feira (1ª) quem será o novo – ou nem tão novo assim – presidente da Casa
pelos próximos dois anos. Quase metade dos 513 parlamentares (47,3%) eleitos
para a 56ª legislatura são novos na Casa, mas a probabilidade de essa renovação
se manifestar na escolha do chefe da mesa diretora é baixa.
Sete deputados registraram candidaturas para
a presidência da Câmara. São eles: Fábio Ramalho (MDB-MG); JHC (PSB-AL);
General Peternelli (PSL-SP); Ricardo Barros (PP-PR); Marcel van Hattem
(Novo-RS) ; Marcelo Freixo (PSOL-RJ) e o atual presidente da Câmara dos
Deputados , Rodrigo Maia (DEM-RJ) , grande favorito a ganhar o pleito.
Todos concorrem como candidatos avulsos, ou
seja, não possuem o apoio formal do partido ou bloco ao qual estão ligados. A
sessão para realizar a eleição foi aberta no plenário Ulysses Guimarães por
volta das 18h15 pelo deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) – que comanda a sessão
por ser, aos 72 anos, o parlamentar mais antigo da Casa. A votação, realizada
por meio do voto secreto em cabines fora do plenário, teve início às 20h04.
Foram dados a cada um dos postulantes à
presidência tempo de dez minutos para discursarem na busca por votos. O
primeiro a falar foi van Hattem, que pregou a ideia de renovação, com discurso
forte contra o fim do foro privilegiado. Depois, falou Freixo, que defendeu o
"resgate do espírito da Constituição de 1988", pregou mensagem de
defesa à democracia e atacou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Maia foi o terceiro, destacando a necessidade
de reformas no País e pregando que a Câmara precisa de alguém com
"experiência, equilíbrio e diálogo".
"Agradeço a cada um dos deputados que me
deram a honra de presidir a Câmara por quase dois anos e meio. Eu disse a todos
que ia presidir de forma democrática, ouvindo a todos, contruindo consensos.
Passamos por momentos muito difíceis. O Braisl foi capturado por corporações
públicas e privadas e hoje o Estado brasileiro perdeu condições de investir na
vida dos brasileiros. Não sei qual é o melhor projeto para a educação, se é
como pensa a esquerda ou como pensa a direita. Mas, se não reformamos, nem a
esquerda e nem a direita conseguirão mudar a educação neste País. Por isso,
volto a essa tribuna com muita honra e muita emoção pedindo o voto de cada
deputado e cada deputada. As reformas não são simples, mas elas são
necessárias", pregou Maia.
"Para renovar este país, nós precisamos
ter muita clareza no que fazer. Mas tem uma palavra que precisa ser um mantra:
modernizar. Modernizar o Poder Legislativo, as nossas leis, o Poder Executivo.
Nós, representantes do povo, precisamos comandar essa pauta de mudanças",
complementou.
Maia foi o terceiro, destacando a necessidade
de reformas no País e pregando que a Câmara precisa de alguém com
"experiência, equilíbrio e diálogo".
"Agradeço a cada um dos deputados que me
deram a honra de presidir a Câmara por quase dois anos e meio. Eu disse a todos
que ia presidir de forma democrática, ouvindo a todos, contruindo consensos.
Passamos por momentos muito difíceis. O Braisl foi capturado por corporações
públicas e privadas e hoje o Estado brasileiro perdeu condições de investir na
vida dos brasileiros. Não sei qual é o melhor projeto para a educação, se é
como pensa a esquerda ou como pensa a direita. Mas, se não reformamos, nem a
esquerda e nem a direita conseguirão mudar a educação neste País. Por isso,
volto a essa tribuna com muita honra e muita emoção pedindo o voto de cada deputado
e cada deputada. As reformas não são simples, mas elas são necessárias",
pregou Maia.
"Para renovar este país, nós precisamos
ter muita clareza no que fazer. Mas tem uma palavra que precisa ser um mantra:
modernizar. Modernizar o Poder Legislativo, as nossas leis, o Poder Executivo.
Nós, representantes do povo, precisamos comandar essa pauta de mudanças",
complementou.

Filho
do ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia, o democrata Rodrigo Maia chegou ao
posto de atual presidente da Câmara após a cassação do mandato de Eduardo Cunha
(MDB-RJ), em 2016.
Tietado por parlamentares que o abordaram no
plenário para tirar 'selfies' desde cedo, Maia conta com o apoio de 11 dos 30
partidos que compõem a nova Câmara, somando 301 parlamentares. Para ser eleito
ainda no primeiro turno, Maia precisa de ao menos 257 votos, ou seja, seu grupo
de apoiadores tem 44 votos de folga para assegurar a vitória do democrata sem a
necessidade de segundo turno.
A aliança em torno de Maia reúne bancadas de
peso, como o MDB (que tem 34 deputados) e o partido do presidente da República,
Jair Bolsonaro, o PSL, que detém a segunda maior bancada da Casa, com 52
parlamentares eleitos.
Mesmo partidos do bloco de oposição ao
governo já manifestaram apoio à candidatura de Maia. É o caso do PCdoB, partido
que cedeu Manuela D'Ávila, a candidata a vice na chapa de Fernando Haddad (PT)
na eleição presidencial de 2018. Também consta no ról de apoiadores de Maia o
PDT, partido que lançou Ciro Gomes à Presidência no ano passado.
Ao oficializar sua candidatura, nessa
quinta-feira (31), Rodrigo Maia pregou
discurso de diálogo. "O Parlamento vai decidir quem vai presidir a Câmara.
Meu perfil é de equilíbrio, capacidade de diálogo, de conversar com todas as
correntes políticas e ideológicas", afirmou.
Nenhum candidato tem rede de apoio declarado
que ameace a provável vitória de Maia. Marcelo Freixo deu início hoje ao seu
primeiro mandato como deputado federal, após anos atuando na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele é o único representante da chamada esquerda
na disputa e conta com apoio do Partido dos Trabalhadores e da Rede
Sustentabilidade.
Fábio Ramalho, General Peternelli e Ricardo Barros figuram como candidatos mesmo
à revelia de seus partidos (MDB, PSL e PP, respectivamente), que oficialmente apoiam
Rodrigo Maia.
Já Marcel van Hattem, um dos fundadores do
Movimento Brasil Livre (MBL) no Rio Grande do Sul), hasteia a bandeira da
renovação para tentar atrair o grande contingente de novos parlamentares. Ele
conta com o apoio de Kim Kataguiri , que abriu mão de candidatura própria após
discussões na Justiça.
A votação para a presidência da Câmara será
realizada por meio do voto secreto . O quórum mínimo para o início da votação é
de 257 deputados no plenário. Esse número é também o total de votos necessário
para que um candidato seja eleito em primeiro turno. Caso isso não ocorra, o
segundo turno terá disputa entre os dois mais votados e, desta vez, vence
aquele que receber mais votos.
Além da presidência da Câmara, estão também
em disputa outros 11 cargos na mesa diretora, que é responsável pelas decisões
administrativas da Casa. São eles: 1ª vice-presidência, 2ª vice-presidência, 1ª
secretaria, 2ª secretaria, 3ª secretaria, 4ª secretaria e suplentes.
Cada um desses postos exerce função diferente
no comando da Câmara. O 1º vice-presidente é responsável por elaborar pareceres
sobre os requerimentos de informações e os projetos de resolução. O 2º
vice-presidente examina os pedidos de ressarcimento de despesa médica dos
deputados e promove a interação institucional com os órgãos legislativos dos estados,
do Distrito Federal e municípios.
Nas secretarias, o 1º secretário é o
superintendente dos serviços administrativos e de pessoal. É ele quem ratifica
as despesas da Câmara. O 2º secretário é o responsável pelas relações
internacionais da Câmara, inclusive a emissão de passaportes dos deputados. Ele
também cuida dos programas de estágio oferecidos pela Câmara.
O 3º secretário controla o fornecimento de
passagens aéreas aos deputados, além de examinar os pedidos de licença e as
justificativas de faltas. E o 4º secretário supervisiona o sistema habitacional
da Câmara dos Deputados , distribuindo os imóveis funcionais para uso dos
deputados e concedendo auxílio-moradia aos parlamentares que não ocuparem esses
imóveis.
Para esses cargos, garantiram a candidatura
os deputados:
Luciano Bivar (PSL-PE), para a 2ª
vice-presidência;
Soraya Santos (PR-RJ) para a 1ª
secretaria;
Giacobo (PR-PR) para a 1ª secretaria;
Fábio Faria (PSD-RN) para a 3ª
secretaria;
André Fufuca (PP-MA) para a 4ª secretaria.
Fufuca foi 2º vice-presidente da Câmara na legislatura anterio
Posse
dos Senadores eleitos e reeleitos para a nova legislatura e eleições da Mesa Diretora do Senado Federal
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O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), pelas regras regimentais, presidiu a
sessão desta sexta-feira de posse dos novos senadores eleitos em outubro do ano
passado. Davi Alcolumbre é o único integrante da Mesa Diretora da legislatura
anterior que continua no mandato, iniciado em 2015. Se ele não estivesse
presente, quem presidiria seria o senador mais idoso, no caso, o senador José
Maranhão (MDB-PB).
Nesta sexta-feira, 54 dos 81 senadores iniciarão seus mandatos. A
cerimônia de posse ocorreu antes das reuniões em que deverão ser eleitos o novo presidente
da Casa e os demais integrantes da Mesa. No total, são três reuniões, chamadas
de preparatórias. A primeira delas, destinada à posse, está marcada para as
15h. Neste ano, a renovação marca o início da nova legislatura.
Dos 54 senadores que tomarão posse (dois por estado), 46 não estavam no
Senado no ano anterior, uma renovação histórica, de cerca de 85%. Apesar do
número de senadores, a sessão de posse deve ser rápida, já que não haverá
discursos dos parlamentares. O único a falar deve ser o senador que presidirá a
cerimônia.
A posse é conjunta, mas o juramento é individual e os senadores são
chamados por ordem de criação dos estados. Apenas o primeiro senador pronuncia
na íntegra o juramento: “Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do
país, desempenhar fiel e lealmente o mandato de senador que o povo me conferiu
e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”. Depois, todos
os outros senadores, quando chamados, dirão “assim o prometo”.
Eleição
Depois da posse dos novos senadores, haverá um intervalo para a segunda
reunião, em que será eleito o novo presidente do Senado. A expectativa é que
ela tenha início por volta das 18h, foi o que aconteceu, porém, durante as
votações e pronunciamentos aconteceu contestação feita por senadores da bancada
emendebistas liderados pelo senadores o alagoano Renan Calheiros (MDB/AL) que
quer um quinto mandato de presidente do Senado Federal e Katia Abreu (PDT)
alegaram ilegais o comando da casa pelo senador amapaense David Alcolumbre
(DEM/AP) em vista de ele ser candidato a
presidência da casa. O eleito vai comandar a Casa por dois anos e também
exercerá a função de presidente do Congresso.
As candidaturas podem ser
registradas até o momento da eleição. Para ser eleito, o candidato precisa
receber no mínimo 41 votos. Caso contrário, será realizado um segundo turno
entre os dois candidatos mais votados. A segunda reunião também deve ser
presidida pelo senador mais idoso presente.
A terceira reunião preparatória é destinada à eleição dos demais cargos
da Mesa: dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes de
secretários. O quórum para a eleição é igual ao de presidente: 41 votos
favoráveis.
A eleição dos demais integrantes da Mesa pode ser feita ainda no dia 1º de
fevereiro, depois da eleição do presidente do Senado, ou pode ser marcada para
outra data se houver acordo entre os parlamentares, como já ocorreu em outros
anos. Serão três votações distintas para os cargos de vice-presidentes,
secretários e suplentes de Secretários. Entretanto, por proposta de um terço
dos senadores ou de líder de bancada que represente este número, é possível que
a eleição desses postos seja feita em apenas uma votação.

Tradicionalmente, as bancadas com o maior número de senadores eleitos
têm direito à maior parte das 11 cargos da Mesa e a eleição é feita por chapa,
embora não haja qualquer restrição à disputa dos cargos individualmente. Não há
impedimento de que um candidato de partido com menor representação proporcional
seja eleito pela maioria.
Debate sobre votação secreta gera bate-boca em sessão para eleger
presidente do Senado
Parlamentares se dividiram sobre a forma da
votação. Também houve divergência sobre o fato de Davi Alcolumbre (DEM-AP),
candidato à presidência da Casa, comandar a sessão.
Com quórum completo de 81 parlamentares no
plenário, vários senadores bateram boca e alguns quase se agrediram fisicamente
no início da noite desta sexta-feira (1º) durante a sessão para eleição do
presidente da Casa pelos próximos dois anos.
No tumulto, parlamentares de vários partidos
discutiram por causa da previsão de votação secreta na eleição interna e pelo
fato de o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) estar na presidência da sessão –
senadores protestaram argumentando que Alcolumbre não poderia presidir porque é
candidato.
Alcolumbre assumiu a sessão desta sexta-feira
em razão de ser o único integrante da última gestão da Mesa Diretora que
permanece com mandato de senador. Os outros dirigentes da antiga gestão – entre
os quais o ex-presidente da Casa Eunício Oliveira (MDB-CE) – não se reelegeram
em outubro. Já Alcolumbre está no meio do mandato de oito anos.
Candidato do MDB, o senador Renan Calheiros
(AL) questionou no microfone se Alcolumbre era candidato, mas o senador do
Amapá não quis confirmar a candidatura. No Senado, qualquer parlamentar pode se
apresentar como candidato à presidência da Casa até iniciar o processo de
votação.
Aliada de Renan, a senadora Kátia Abreu (PDT-TO)
era uma das mais exaltadas no plenário. Em meio à confusão, a parlamentar do
Tocantins subiu à Mesa Diretora, arrancou das mãos de Alcolumbre uma pasta com
os encaminhamentos da sessão e afirmou aos gritos que o senador do Amapá não
iria presidir a sessão na condição de candidato.
Em outro momento, enquanto Kátia Abreu
discutia com Alcolumbre, Renan e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE)
discutiram calorosamente. Adversários políticos, eles bateram boca e quase
partiram para a agressão física.
Depois, o senador Alessandro Vieira (PPS-SE)
declarou no plenário que Renan ameaçou Tasso. O emedebista, entretanto, afirmou
que Vieira estava mentindo.
Votação aberta
Em uma votação, os senadores decidiram, por
50 votos a 2, realizar uma votação aberta e nominal, na qual será divulgado o
voto de cada parlamentar na eleição para escolha da nova Mesa Diretora.
Adversários de Renan Calheiros acreditam que
a votação aberta pode prejudicar a tentativa do emedebista de retornar para
presidência do Senado pela quarta vez.
Na avaliação desses parlamentares, a
divulgação nominal dos votos poderia constranger aliados do senador de Alagoas
a votarem nele por conta de todas as polêmicas e denúncias de corrupção que ele
se envolveu nos últimos anos.
Mesmo com a derrota na escolha do tipo de votação,
aliados de Renan, como o senador Eduardo Braga (MDB-AM), não reconheceram o
resultado, argumentando que o regimento interno da Casa prevê que, para alterar
as regras – e, por exemplo, fazer uma eleição aberta –, deveria ter ocorrido
unanimidade. Porém, dois senadores votaram contra a votação aberta.
Outras divergências
Além da questão da votação secreta e de quem
presidirá a sessão, a reunião começou com outras indefinições:
o mínimo de votos para um candidato ser
eleito
a possibilidade de dois turnos
Polêmica do edital
A sexta-feira começou agitada no Senado. Logo
pela manhã foi publicado um edital, assinado pelo então secretário-geral da
Casa, Luiz Fernando Bandeira, com regras para a eleição.
O edital:
reiterava trecho do regimento que diz que a
votação é secreta;
dizia que o mínimo de votos para um candidato
se eleger seria de 41 votos;
afirmava que, caso nenhum candidato
alcançasse 41 votos, haveria segundo turno entre os dois mais votados;
determinava que candidatos não poderiam
conduzir a sessão e que essa tarefa caberia ao senador mais idoso.
Pelas regras do edital, a presidência da
sessão caberia a José Maranhão (MDB-PB), que tem 85 anos e é aliado de Renan
Calheiros (MDB-AL). Renan é o candidato do MDB à presidência do Senado.
Adversários de Renan criticaram o edital,
argumentando que o documento beneficiaria o parlamentar alagoano na disputa.
Ainda pela manhã, horas depois da publicação
do edital, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente em exercício do
Senado, revogou o documento com as regras e dispensou Luiz Fernando Bandeira do
cargo de secretário-geral. Bandeira havia sido nomeado para a função por Renan
Calheiros.
Alcolumbre também estabeleceu que, no início
da reunião, o presidente da sessão vai propor "os procedimentos a serem
adotados" para os trabalhos.
No entendimento de aliados de Davi Alcolumbre
caberá ao parlamentar do Amapá conduzir a eleição para presidente do Senado.
Davi Alcolumbre também já se lançou como
candidato à presidência do Senado. Apoiadores de Davi defendem votação aberta.
Os outros candidatos, até o momento, são:
Alvaro Dias (Pode-PR), Ângelo Coronel (PSD-BA), Davi Alcolumbre (DEM-AP),
Esperidião Amin (PP-SC), Fernando Collor (PROS-AL), Major Olímpio (PSL-SP) e
Reguffe (sem partido-DF).
Conheça os candidatos a presidente do Senado
O edital que foi revogado por Alcolumbre
também estipulava 17h desta sexta-feira (1º) como prazo final para a inscrição
de candidaturas. Com a revogação, as candidaturas poderão ser apresentadas até
momentos antes da eleição.
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