Decisão do STF que que autoriza trans em prisões femininas
divide juristas
Encontramos no site
divulgueconosco.com.br notícia sobre a decisão do STF que autorizou
transgêneros em prisões femininas, a qual divide opiniões de juristas por todo
o país.
De acordo com a reportagem,
prisões em todo o país poderão receber transgêneros. O ministro Luís Roberto
Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu que presidiárias
transgêneros identificadas com o sexo feminino poderão cumprir pena em prisões
destinadas a mulheres. Advogados especialistas no assunto consideram que a
decisão ‘é um avanço’. Outros classificam a medida como ‘equívoco gravíssimo’.
“Acertou o ministro Barroso.
Vale lembrar que o Estado brasileiro tem um processo para garantir que as
pessoas mudem civilmente de sexo”, avalia Mônica Sapucaia Machado, professora
da EDB (Escola de Direito do Brasil), coordenadora e autora das obras Women’s
Rights International e especialista em compliance de gênero. “Logo, uma vez que
essa mudança foi autorizada, não é possível que a lei a trate de forma
desigual.”
Para Sapucaia, ser trans não
é uma condição permanente, só tem sentido durante o processo. “Terminado o
processo, a pessoa é civilmente mulher ou homem. Isso até porque o conceito
não-binário ainda não está incorporado na condição civil, e a partir da nova
identidade civil deve a pessoa ter todos os direitos e obrigações do seu sexo”,
ela diz.
A professora da EDB entende
que esse debate é igual ao da adoção. “Não existe filho adotivo. Essa
denominação diz respeito ao caminho até a filiação, que pode ser por adoção ou
gestação. Uma vez finalizado o processo, é filho e pronto, sem adjetivos”,
compara Sapucaia.
Daniel Gerber, advogado
especializado em Direito Penal e Processual Penal, discorda da decisão. Para
ele, é ‘gravíssimo o equívoco’ de se colocar o cidadão transgênero em presídios
femininos: “A superioridade física do transgênero é inequívoca, inclusive sendo
questionada mundialmente na esfera esportiva”, argumenta Gerber.
Para o advogado,
"ignorar tal elemento objetivo em prol de um bem estar psicológico
significa desprezar regras básicas de segurança em relação às mulheres que ali
estarão".
“Sem dúvida, o transgênero,
em presídio masculino, não é o ideal. Mas resolver um problema criando outro
ainda maior e afirmar Direitos de um gênero em claro detrimento de outro que
também demanda proteção especial, em nada auxilia uma solução futura”, pondera.
Para Adib Abdouni,
criminalista e constitucionalista, apesar de parecer polêmica e de complexa
implementação prática, a decisão de Barroso ‘se harmoniza com a recente
jurisprudência do STF que vem se consolidando no tempo, com apoio nos
princípios da dignidade da pessoa humana, da igualdade, da liberdade e da não
discriminação em razão de orientação sexual ou identificação de gênero’.
Abdouni lembra que o STF tem
conferido "especial proteção às minorias historicamente discriminadas pela
condição transexual, cuja vulnerabilidade, no caso em questão, as torna mais
expostas à potencial violência da integridade física, decorrente da segregação
carcerária em ambiente predominantemente masculino", arrematou o site.
Bem, para quem lida com esta
temática, a noção de transgêneros é acessível. Mas, de modo geral, tal
compreensão é abstrata, assim como todos os termos da sigla LGBT que a cada dia
cresce uma letrinha acompanhada com o sinal de mais: LGBTQQICAPF2K+, ou seja,
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Queers, Questionadores, Intersexuais,
Curiosos, Assexuais/agêneros, Pansexuais/polissexuais, Familiares e amigos, 2
"two spirit" (gêneros não-ocidentais), Kink (formas de excitação
não-heterossexual) e outros mais.
Como a matéria acima
comentada citou especificamente a decisão do STF sobre o local adequado da
prisão dos transgêneros, vamos concluir com uma noção geral sobre estes.
Os transgêneros são
diferentes dos transexuais, pois, possuem identidade sexual psicológica
diferente da fisiológica sem, no entanto, se incomodarem com esta. O transexual
migrou fisicamente para o outro sexo, por meio de cirurgias, com mudança de
genitália e buscando a aparência física do outro gênero. O transgênero se sente
num “corpo errado” e conforma-se com a identidade interna e mental que possui
de si mesmo.
Nas próximas oportunidades
pesquisaremos os outros significados da sigla LGBTQQICAPF2K+.
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