Pioneirismo
Sebastião Oliveira da Silva, Radialista
Franselmo George
Sebastião Oliveira da Silva, nasceu no dia 12 de abril de 1949, na
cidade de Breves, veio ainda bebe (colo da mãe). Seu pai, Caetano Moreira da
Silva, natural de Breves, era engraxate(sapateiro). Mãe, Maria Gonçalves de
Oliveira, doméstica(lavadeira); pessoas humildes, natural da região Das Ilhas,
já falecidos.
Seu pai ao chegar
em Macapá no início da década de 50, montou sua sapataria(engraxataria)
localizada nas imediações da Doca da Fortaleza, de onde conseguiu criar os
filhos, um total de sete. Sebastião Oliveira se criou no bairro do Trem. Como
seus pais eram muitos ligados à igreja católica, foi coroinha. Estudou na
escola Alexandre Vaz Tavares, Paroquial Padre Dário, Ginásio de Macapá, hoje
Escola Integrada e Colégio Amapaense.
A entrada de
Sebastião Oliveira no Rádio teve uma influência da antiga profissão que
exercia, de camelô. Era camelô nos bazares existentes ao redor do Mercado
Central. Ele achava bonito os locutores da época, principalmente da Rádio
Difusora como Edivar Mota, Pedro Silveira e Amazonas Tapajós, e ficava ouvindo
essas feras. Quando foi no início dos anos 70, com seus 20 anos de idade,
influenciado pelo Luis Melo e alguns garotos daquela turma do bairro do Trem,
como era muito ligado à igreja; a Rádio Educadora que também era ligada a
Prelazia naquele tempo, hoje é diocese. Nesse período fazia leituras nas missas
da igreja, o que ajudou muito na carreira. Participou de um teste oferecido
pela Rádio Educadora para locutor, teste esse com 30 participantes, onde conseguiu
ficar em segundo lugar, a vaga foi para o primeiro colocado, mas a direção da
rádio, vendo que se tratava de um grande talento pediu para ficar. A partir daí
começou a fazer parte do elenco da emissora. Seu primeiro programa foi
"Discoteca da Saudade" apresentado por José Moacir Banhos de Araújo,
um dos grandes locutores da época. "Eu tremia todinho ao lado daquele
monstro sagrado do rádio", recorda. Na Rádio Educadora Sebastião Oliveira
exerceu as funções de locutor comercial, redator, repórter, apresentador, até
que um certo dia o Francisco Sales Lima o convidou para integrar a equipe de
esportes, se juntando a Luís Melo, Luís Roberto, João Silva, Zé Araújo e
Sebastião Balieiro.
Da Educadora
Sebastião foi para a TV Amapá. A ida para a TV Amapá em maio de 1975 foi um
convite feito pelo diretor da emissora, Alberto Uchôa, passando a integrar ao
quadro de funcionários da Rede Amazônica de Televisão, onde foi apresentador do
Jornal do Amapá durante 18 anos, até 1993. "Naquela época do início da televisão,
a gente não sabia nada, mas ao mesmo tempo sabíamos tudo, porque fazíamos um
balanço, uma análise de como estava nosso trabalho", lembra. Sebastião
conta que se inspirou no apresentador Zé Paulo de Andrade que apresentava o
Jornal da TV Bandeirantes, que por sinal era um excelente apresentador, até
porque a TV Amapá nos primeiros três anos de vida exibia a programação da
Bandeirantes.
Além de trabalhar
na TV Amapá, Sebastião em 1980 foi para a Rádio Nacional(antes Rádio Difusora),
uma das maiores emissoras da Amazônia Legal. Além de Sebastião Oliveira a
equipe era composta por Humberto Moreira, João Silva, Paulo Silva e Aníbal
Sérgio. Como repórter de campo cobriu vários jogos entre eles a decisão do
campeonato amapaense de 1982, onde o Independente foi campeão. "Nessa
final de 1982, no estádio Glicério Marques, lotado, o Independente tinha um
timaço, onde foi campeão; eu era o repórter, antes do jogo terminar no
intervalo do primeiro tempo chamei o Tiaguinho e disse: - se vocês forem
campeões eu quero sua camisa, Tiaguinho: - com todo prazer. Quando acabou o
jogo, o Independente campeão, Tiaguinho saiu correndo para o meio de campo, sai
correndo atrás dele para entrevistá-lo e pegar a camisa, onde me presenteou com
a camisa 7. Foi muito legal, muito bacana! Tiaguinho, uma grande pessoa; de
caráter; muito honesta, acima de tudo um amigão", conta.
Para Sebastião
Oliveira o melhor atacante que viu jogar foi o craque José Domingos dos Santos
Neto, o Palito. Palito era um atleta perfeito; franzino; detentor de uma
habilidade extraordinária, insubstituível; zagueiro, cita Alceu, logo que
começou no Juventus era atacante, depois se firmou como zagueiro; ainda tinha
Timbó, Zé Elson, saudoso Praxedes, mas o Alceu era clássico, matava a bola no
peito e saia jogando; no meio campo cita Carlos Cochichiba(Cea),
Moacir(conhecido como Mussuim), Biló, Perereca, Joãozinho. Conta que antes de
ingressar no rádio assistia o futebol deles, sabiam jogar uma bola perfeita;
goleiros cita Wanderley(Juventus), Zequinha, um goleiraço(Esporte Clube
Macapá), Barros(Trem). Perguntado qual melhor narrador? Fala que, quando garoto
oiviu/viu Guilherme Pinho, Júlio Sales, Guioberto Alves; já fazendo parte da
equipe cita Humberto Moreira(grande narrador), Vicente Rocha; repórter de Campo
cita Luís Melo, Luís Roberto(dupla implacável nas reportagens); comentaristas
cita Francisco Sales Lima, Moacir Banhos de Araújo e outros que já passaram
como ex-jogadores como Mário Miranda e Aldemir França.
Hoje, com 70 anos de idade, Sebastião Oliveira ainda continua na ativa.
É formado em Técnico em Secretariado, mas como o rádio estava na veia, nunca
exerceu a profissão, faz parte da coordenação da Rádio Difusora de Macapá,
contribuindo com sua vasta experiência vivida no rádio e na televisão para com
os mais novos que chegam a emissora.
https://www.facebook.com/copao.daamazonia.1/videos/467352630730041/
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