O MEIO AMBIENTE, A
NATUREZA E A SAÚDE
O retorno recente das questões sobre o
meio ambiente após a posse do Gov. Bolsonaro e o anuncio da suspensão de recursos
do Fundo Amazônia pela Noruega e Alemanha, que financiavam ações de preservação
no Brasil, reabre a discussão sobre a influencia da natureza na saúde humana e
na saúde coletiva.
Os grandes pensadores da cura e da Medicina do passado,
como Hipócrates, Galeno, Avicena, Paracelso, Samuel Hanhemann, W.Reick, já estabeleciam essa conexão e escolheram
agentes da natureza ou as próprias defesas naturais para tratar a saúde. Eles
chamaram essa força intrínseca de Energia
Vital, base da cura homeopática
e da Medicina Complementar.
Mas sabemos que as questões tanto ambientais quanto a
saúde extrapolam a politica e envolve outros fatores como legais, sociais,
ideológicos, filosóficos, éticos e, até mesmo, religiosos, que não devem ser
ignorados.
As Medicinas Naturais milenares, como a Medicina Chinesa-MTC
e a Ayurvédica, utilizam esse princípio ou energia vital ( Chi ou Ki,
Meridianos, Chacras). Esses conceitos permanecem até hoje. E é da China, Índia
e da Amazônia que vem a matéria prima
para os remédios da Homeopatia, Aromaterapia e Fitoterapia.
Em artigo de Hélio Schwartsman ( “Pé de pato, magalô 3
vezes”), de 03.08.19, fiquei surpreendido com a decisão do sistema de saúde da
França, da Alemanha, Reino Unido e até do EUA de deixar de reembolsar
tratamentos homeopáticos, pois “não apresentam
eficácia suficiente para permanecer nos seus sistema de reembolso”. Como desacreditar das terapias que utilizam
matéria prima oriunda das florestas tropicais que eles querem tanto preservar?
O Fundo Amazônia-FA financia ONGs na Amazônia brasileira.
Há suspeita de que essas entidades, instaladas nos confins das matas
amazônicas, podem escamotear a biopirataria
e o tráfico ilegal de recursos naturais, visando a pesquisa de biofármacos.
A Noruega suspendeu R$ 133 milhões para o FA, mas há anos, “as comunidades no entorno do parque
industrial de Barcarena, no Pará, se queixam que uma mineradora norueguesa vem
contaminando a água local, causando doenças e o envenenamento de peixes e da
produção agrícola”. Há ajuizamento de processo de R$ 154 milhões contra a Hydro
Alunorte e a Albras, cuja empresa norueguesa
Norsk Hydro detém capital nas duas empresas.
O conhecimento tradicional na Amazônia é uma vocação, com
seleção de espécies há séculos. Conhecer isso reduz a pesquisa Etnobotânica. A
suspeita é que o FA financie esse tipo ilegal de pesquisa e conhecimento, sem
retorno social para as comunidades tradicionais.
Na Amazônida os biofármacos podem ser matéria prima para
a indústria cosmética, farmacêutica e de nutrientes. O não investimento em
pesquisa básica e a burocracia da ANVISA dificulta o acesso. No Amapá, com
vasta potencialidade de espécies, foram
liberados na rede SUS apenas 3 fitoterápicos, após décadas de uso.
Países europeus e EUA avançaram nas
tecnologias de bio-transformação, mas dizimaram seus recursos naturais e até
seus povos tradicionais (Indígenas, Incas, Maias, Astecas, Aborígenes). Agora
eles tentam compensar essa degradação
através do “turismo ecológico, missões
de pesquisa e investimentos em outros países”.
As riquezas naturais potenciais da Amazônia são inúmeras
e não estão apenas acima do solo (rios, cachoeiras, matas, florestas, fauna
diversificada), mas também no subsolo. O exemplo no Amapá foi a exploração por
50 anos pela ICOMI, favorecendo a indústria bélica estrangeira. Muitos países
estão de olho no ouro, ferro, urânio, cassiterita, calcário e nas nossas
plantas medicinais amazônicas. 18.08.2019.
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