quinta-feira, 22 de agosto de 2019

SAÚDE EM FOCO - JARBAS DE ATAÍDE


      O MEIO AMBIENTE, A NATUREZA E A SAÚDE


          O retorno recente das questões sobre o meio ambiente após a posse do Gov. Bolsonaro e o anuncio da suspensão de recursos do Fundo Amazônia pela Noruega e Alemanha, que financiavam ações de preservação no Brasil, reabre a discussão sobre a influencia da natureza na saúde humana e na saúde coletiva.
Os grandes pensadores da cura e da Medicina do passado, como Hipócrates, Galeno, Avicena, Paracelso, Samuel Hanhemann, W.Reick,  já estabeleciam essa conexão e escolheram agentes da natureza ou as próprias defesas naturais para tratar a saúde. Eles chamaram essa força intrínseca de Energia Vital, base da cura homeopática e da Medicina Complementar.   
Mas sabemos que as questões tanto ambientais quanto a saúde extrapolam a politica e envolve outros fatores como legais, sociais, ideológicos, filosóficos, éticos e, até mesmo, religiosos, que não devem ser ignorados.
As Medicinas Naturais milenares, como a Medicina Chinesa-MTC e a Ayurvédica, utilizam esse princípio ou energia vital ( Chi ou Ki, Meridianos, Chacras). Esses conceitos permanecem até hoje. E é da China, Índia e da  Amazônia que vem a matéria prima para os remédios da Homeopatia, Aromaterapia e Fitoterapia.  
Em artigo de Hélio Schwartsman ( “Pé de pato, magalô 3 vezes”), de 03.08.19, fiquei surpreendido com a decisão do sistema de saúde da França, da Alemanha, Reino Unido e até do EUA de deixar de reembolsar tratamentos homeopáticos, pois “não apresentam  eficácia suficiente para permanecer nos seus sistema de reembolso”. Como desacreditar das terapias que utilizam matéria prima oriunda das florestas tropicais que eles querem tanto preservar?
O Fundo Amazônia-FA financia ONGs na Amazônia brasileira. Há suspeita de que essas entidades, instaladas nos confins das matas amazônicas, podem escamotear a biopirataria e o tráfico ilegal de recursos naturais, visando a pesquisa de biofármacos.
A Noruega suspendeu R$ 133 milhões para o FA, mas há anos, “as comunidades no entorno do parque industrial de Barcarena, no Pará, se queixam que uma mineradora norueguesa vem contaminando a água local, causando doenças e o envenenamento de peixes e da produção agrícola”. Há ajuizamento de processo de R$ 154 milhões contra a Hydro Alunorte e a Albras, cuja empresa norueguesa  Norsk Hydro  detém capital nas duas empresas. 
O conhecimento tradicional na Amazônia é uma vocação, com seleção de espécies há séculos. Conhecer isso reduz a pesquisa Etnobotânica. A suspeita é que o FA financie esse tipo ilegal de pesquisa e conhecimento, sem retorno social para as comunidades tradicionais.
Na Amazônida os biofármacos podem ser matéria prima para a indústria cosmética, farmacêutica e de nutrientes. O não investimento em pesquisa básica e a burocracia da ANVISA dificulta o acesso. No Amapá, com vasta potencialidade de espécies, foram liberados na rede SUS apenas 3 fitoterápicos, após décadas de uso.  
         Países europeus e EUA avançaram nas tecnologias de bio-transformação, mas dizimaram seus recursos naturais e até seus povos tradicionais (Indígenas, Incas, Maias, Astecas, Aborígenes). Agora eles tentam  compensar essa degradação através do “turismo ecológico, missões de pesquisa e investimentos em outros países”.
As riquezas naturais potenciais da Amazônia são inúmeras e não estão apenas acima do solo (rios, cachoeiras, matas, florestas, fauna diversificada), mas também no subsolo. O exemplo no Amapá foi a exploração por 50 anos pela ICOMI, favorecendo a indústria bélica estrangeira. Muitos países estão de olho no ouro, ferro, urânio, cassiterita, calcário e nas nossas plantas medicinais amazônicas.  18.08.2019.  


        

 

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