Relator da proposta na CCJ, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) projeta
que relatório na comissão deva ser finalizado em três semanas
A votação da reforma da Previdência deve ser
concluída no Senado Federal até 2 de outubro. O calendário foi definido em
reunião entre líderes partidários nesta terça-feira (13). O primeiro turno de
votação deve ocorrer já no dia 18 de setembro. Caso as datas se confirmem, a
promulgação da PEC que altera as regras para aposentadoria no Brasil será feita
na segunda semana de outubro.
“Se nós fizermos esse calendário, a gente
está com uma data de 8 a 10 de outubro para promulgarmos essa Emenda
Constitucional, eu não vejo como uma comissão especial que se debruçou 150 dias
querer mais do que 60 dias de prazo para essa matéria tramitar aqui no
Senado", afirmou o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O texto aprovado na Câmara dos Deputados foi
lido no plenário do Senado e encaminhado à Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ) da Casa, na última quinta-feira (8). O relator da proposta na
comissão, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), projeta que o relatório deva ser
finalizado em três semanas.
“Eu tenho condições e pretendo fazer, acelerar
para que, no máximo, no final de três semanas, eu possa entregar o relatório.
Ou seja, depois de atender aqui todas as audiências necessárias, depois de
ouvirmos audiências públicas e depois de discutirmos na CCJ, o meu empenho é
que isso aconteça em três semanas”, ressaltou o relator.
O que muda
A reforma estabelece idade mínima para
aposentadoria, de 65 anos para homens e 62 para mulheres. O tempo de
contribuição previsto é de ao menos 15 anos para as trabalhadoras e de 20 para
os trabalhadores. Em relação ao setor público, esse período será de 25 anos
para ambos os sexos.
Depois que o senador Tasso Jereissati
(PSDB-CE) apresentar o relatório, a CCJ votará o texto. A proposta terá de
passar por cinco sessões deliberativas de discussão, sendo que os parlamentares
poderão apresentar emendas, ou seja, sugestões de mudança.
A proposta, então, será votada no plenário,
em primeiro turno, onde precisa de, no mínimo, 49 votos dos 81 senadores, mesma
exigência prevista para segundo turno. Se a PEC for modificada em relação ao
texto aprovado pela Câmara, deverá voltar para análise dos deputados. Se não
for alterada, a emenda constitucional será promulgada pelo Congresso.
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