A
Embrapa/Amapá – 38 anos ajudando o Amapá a desenvolver seu campo
Reinaldo Coelho
A EMBRAPA AMAPÁ é uma empresa estatal que atua no
Amapá há 38 anos em parcerias com todas as unidades de pesquisas federais,
estaduais e municipais, além das empresas privadas, visando o crescimento agrícola
dessa unidade federativa, fomentando junto ao produtor e ao pequeno agricultor
novas técnicas, pesquisando novas sementes, em conjuntos com outras unidades e departamentos espalhados no território nacional
e tem confiabilidade e reconhecimento internacional de entidades com a UNICEF,
ONU e demais órgãos mundiais.
O produtor agro do Estado do Amapá, vem recebendo
orientações dos técnicos da Embrapa, com experimentos em suas plantações,
fornecimentos de equipamentos em parceria com o governo do estado nos diversos
seguimentos, extrativismo, hortifrutigranjeiros e principalmente com novas
cultivares que ajudam a alavancar a renda do homem ribeirinho, além de trazer
novidades para os piscicultores, apicultores que passaram produzir mais e com
qualidade os peixes regionais e o mel das abelhas nativas.
Nesta pauta desenvolvemos uma homenagem a empresa
de pesquisa instalada no Amapá e aos seus cientistas, pesquisadores que
diuturnamente estão produzindo projetos e novas tecnologias para que o Amapá e
seus produtores, avancem com segurança e qualidade na plantação e criação de
suas atividades produtivas.
As descobertas e os sucessos, foram muitos os obstáculos
idem, porem foram superados e deles trouxeram novos avanços e os amapaenses,
devem reconhecer essa instituição pública, que trabalha silenciosamente nos laboratórios
e nos campos, entregando ao ribeirinho e ao produtor da agricultura familiar os
mecanismos que lhes favoreçam uma safra exitosa e não se ausentam, acompanham e
atendem de imediato a chamado e solucionam os problemas. Muitos pesquisadores defenderam suas teses de mestrados e doutorados com base nas pesquisas voltadas para o bioma do Amapá.
Casos dos autores do documento Estabelecimento de colônia do parasitoide Fopius
arisanus Sonan (Hymenoptera: Braconidae) sobre a moscada-carambola em condições
de laboratório.
Uma das pragas que vem trazendo problemas seríssimos para produtor de plantas frutíferas e a perda de produção e financeira, pois não podem vender para outros estados brasileiros devido a proteção bacteriologia e encontrar a ferramenta para o combate vai dar segurança no investimento do grande, médio e pequeno produtor e poderá chegar a outras plantações Brasil afora.
Os autores desse documento 102 publicado dia 05/09/2019 foram Adriana Bariani Cristiane Ramos
de Jesus Adilson Lopes Lima Beatriz Aguiar Jordão Paranhos Ricardo Adaime Jairo
Caldeira Pereira Edirlon Klerveton de Azevedo Cardoso Rildo Pessoa de Almeida,
Estratégias de controle que visem combater a
mosca-da-carambola são fundamentais para a defesa fitossanitária do País, uma
vez que a possível dispersão dessa importante praga quarentenária para outras
regiões do Brasil, poderá implicar em prejuízos expressivos para a economia
brasileira e para a sociedade, já que a produção de frutas é uma das cadeias
produtivas que mais emprega mão de obra no agronegócio brasileiro. Nesse
sentido, a Embrapa vem envidando esforços para contribuir com o Programa
Nacional de Combate às Moscas-das-frutas (PNMF) - Subprograma de Supressão com
vistas à Erradicação de Bactrocera carambolae, do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, no intuito de disponibilizar mais alternativas de
manejo para a praga. O controle biológico se apresenta como uma alternativa
viável e promissora, especialmente em áreas de atuação estratégicas, como a
faixa de fronteira e as áreas protegidas, minimizando, assim, os possíveis impactos
ambientais causados pelo controle químico utilizado para o controle da praga
É assim são milhares as contribuições para o crescimento e o reconhecimento de um trabalho cientifico realizados pela empresa de pesquisa EMBRAPA e pelos seus cientistas e pesquisadores e funcionários. Esses experimentos, além de serem publicados eles são de imediato experimentado no campo e tem o apoio e confiabilidade do agricultor amapaense.
Equipe da Embrapa apresentou Estação de Mecanização |
Os técnicos da Embrapa, reúnem grupoS de agricultores e
estudantes, como parte do Dia de Campo, é nessa ocasião que é repassado ao agricultor novas idéias e ferramentas que lhes ajudarão no cultivo de seus roçados. Um dos maiores e vantajosos foi a “Cultura da Mandioca no Programa de
Produção Integrada (PPI)”, realizado no assentamento Piquiazal, localizado no
município de Mazagão (AP).
Essa capacitação foi promovida pelo Instituto de
Desenvolvimento Rural do Estado do Amapá (Rurap) e Secretaria Estadual de
Desenvolvimento Rural (SDR) em parceria com a Embrapa, Prefeitura de Mazagão,
Escola Família Agroextrativista do Carvão e Universidade Federal do Amapá
(Unifap).
A mandioca está em primeiro lugar entre os produtos agrícolas
produzidos no Amapá. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas
(IBGE) de 2014 apontam uma produção de 160 mil toneladas, colhidas em uma área
de quase 15 mil hectares.
O Dia de Campo contou com um público estimado em 120
participantes, e teve como objetivo atualizar agricultores e estudantes nas
técnicas de mecanização do cultivo da mandioca. Envolveu a participação de
acadêmicos dos cursos Licenciatura em Agronomia e Biologia da Unifap – campus
Mazagão – e produtores familiares deste município e de comunidades vizinhas.
A Embrapa Amapá desenvolve suas atividades de
pesquisa em 03 campos e avançados de pesquisa e transferência e tecnologias,
localizados no estado do Amapá.
·
Campo
Experimental do Cerrado, está localizado na Rodovia BR 156, 4700, km 45,
Zona Norte, Macapá/AP. Possui extensão de 1.345,6 ha.
·
Campo
Experimental e de Produção de Mudas da Fazendinha, está
localizado no Polo HortifrutiGranjeiro da Fazendinha, 3748, Fazendinha/AP.
Possui extensão de 9,2 ha.
·
Campo
Experimental de Mazagão, está localizado na Av. Intendente Alfredo Pinto,
01, União, Mazagão/AP. Possui extensão de 63,7 ha em terra firme e 55,94 ha em
área de várzea.
A Embrapa
Amapá é uma das 42 Unidades Descentralizadas da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA). Foi criada em 1980 como Núcleo de Pesquisa Agropecuária
do Amapá, administrativamente vinculado ao Centro de Pesquisa Agropecuária do
Tópico Úmido (CPATU), atualmente Embrapa Amazônia Oriental. Em 1981, foi
desvinculado do CPATU, passando à Unidade de Execução de Pesquisa de âmbito
Territorial do Amapá (UEPAT), do ainda Território Federal do Amapá. E em 1991,
com identidade definida, passou a ser o Centro de Pesquisa Agroflorestal do
Amapá (CPAFAP), atendendo as necessidades do fortalecimento das ações de pesquisa,
inovação e tecnologias sobre o desenvolvimento do estado do Amapá, incluindo as
relações de fronteiras na bacia Amazônica do País.
História
A
pesquisa agropecuária na região Amazônica foi iniciada em 1939, com a criação
do Instituto Agronômico do Norte (IAN), transformado em 1962, em Instituto de
Pesquisa Agropecuária do Norte (IPEAN).
Registro de cachos de açaí, a partir de uma área do Campo Experimental de Mazagão |
Com o
objetivo de gerar tecnologias agrícolas de baixo custo para o território do
Amapá, visando a autossuficiência na produção de alimentos, em 1980 foi criado
o Núcleo de Pesquisa Agropecuária do Amapá, administrativamente vinculado ao
Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Úmido (CPATU), com sede de Belém/PA.
Em 1981,
a partir da experiência do Núcleo de Pesquisa, com o apoio do Governo do Amapá
foi criada a Unidade de Execução de Pesquisa de Âmbito Territorial de Macapá
(UEPAT de Macapá), com sede na capital do Território. O objetivo era gerar e/ou
adaptar tecnologias adequadas às condições ecológicas regionais. As UEPAT's
dentro do sistema Embrapa, foram criadas e definidas como instituições
transitórias, a fim de permitir aos estados a possibilidade de desenvolverem
sistemas próprios de pesquisa.
Com a
criação do Estado do Amapá, a Unidade passou a assumir uma nova identidade,
Unidade de Execução de Pesquisa de Âmbito Estadual (UEPAE de Macapá), que em 1º
de março de 1991, foi transformada em Centro de Pesquisa Agroflorestal do Amapá
(CPAF Amapá), visando proporcionar o fortalecimento das ações de pesquisa,
voltadas para a geração de conhecimentos básicos e de tecnologias, que
propiciem o desenvolvimento sustentado do Amapá, através de uma política
harmoniosa de utilização e conservação dos recursos naturais. Além de
estabelecer relações para o âmbito da pesquisa e desenvolvimento agropecuário
com os países fronteiriços, localizados na bacia Amazônica.
A
tecnologia “Manejo de mínimo impacto de açaizais de grotas em terras indígenas
no Amapá”, implementada junto com produtores indígenas de comunidades de Oiapoque,
município do estado do Amapá, recebeu da Fundação Banco do Brasil (FBB)
certificação e reconhecimento de Tecnologia Social. Entre as 154 propostas
certificadas, de várias instituições do Brasil, esta é a única do Amapá que
passa a compor o Banco de Tecnologias Sociais (BTS). A iniciativa da Fundação
Banco do Brasil tem o objetivo de promover a inclusão socioprodutiva de
públicos priorizados, utilizando como instrumentos as tecnologias sociais
desenvolvidas a partir dos quatro princípios da sustentabilidade: respeito
cultural, solidariedade econômica, protagonismo social e cuidado ambiental. A
Fundação Banco do Brasil conceitua Tecnologia Social como produtos, técnicas ou
metodologias desenvolvidas em interação com as comunidades e que resultam em soluções
efetivas de transformação social.
Transferência
de Tecnologia
A
Transferência de Tecnologia (TT) atua com ações voltadas ao acesso às tecnologias,
produtos e serviços gerados pelas pesquisa agropecuária, tendo como base a
interação com as instituições de assistência técnica e extensão rural do Estado
do Amapá e com outros segmentos que demandam inovações para o desenvolvimento
do setor produtivo.
Por meio
dos setores de prospecção de demandas e de implementação da agenda de TT, são
realizadas ações de disseminação de tecnologias, e/ou adaptação das mesmas às
condições de determinado segmento produtivo local. Esta atuação gera como
impacto a mobilização e a efetiva participação dos parceiros estratégicos da
Embrapa na implementação do desenvolvimento tecnológico da agropecuária no
estado.
Frutiindo
– ABC da Agricultura Familiar
Desenvolvido
com parceria do Conselho dos Caciques dos Povos Indígenas do Oiapoque (CCPIO),
Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto de Pesquisa e Formação Indígena
(Iepé), Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) e Instituto de
Conservação Ambiental – The Nature Conservancy do Brasil (TNC/Brasil).
O objetivo
principal deste projeto é formar agentes multiplicadores (comunidades indígenas
do município de Oiapoque- AP) em manejo de açaí, banana e citros, facilitando o
acesso à inovações e tecnologias.
O projeto
também é voltado para o incentivo à produção equilibrada e rentável das
frutíferas, contribuindo para o aumento da produtividade e garantia da
segurança alimentar, redução dos ciclos de produção e criação de novos canais
de comercialização nas Terras Indígenas de Oiapoque.
Projeto
InterAgindo
O projeto
atende as demandas da produção, comercialização e informação tecnológica sobre
Agroecologia, incluindo a formação de uma rede relacionada com o tema. Está
fundamentado em três eixos básicos:
Criação
de uma rede agroecológica.
Formação
e informação agroecologia.
Fortalecimento
da comercialização através de mercados justo e solidário para produtos
agroecológicos.
Atualmente,
o projeto conta com cerca de 30 instituições vinculadas, entre elas
associações, cooperativas, instituições públicas municipais, estaduais,
federais e internacionais, sem contar produtores rurais com ações isoladas.
Website: http://www.cpafap.embrapa.br/interagindo
Transferência
de Tecnologias para Escolas Famílias Rurais do Amapá
Este
projeto é direcionado às cinco Escolas Famílias Rurais (Agrícolas e
Agroextrativistas) em atividade atualmente ano estado do Amapá. Estas
instituições de ensino praticam a metodologia de ensino Pedagogia da
Alternância, que é baseada na permanência do aluno na escola em regime de
semi-internato durante duas semanas e mais duas semanas em permanência nas suas
unidades familiares de produção, para aplicação dos conhecimentos adquiridos na
escola.
Entre os
objetivos deste projeto estão a capacitação de agentes multiplicadores (alunos
e pais de alunos, todos agricultores de base familiar) para difusão e
transferência de conhecimentos e tecnologias, o incentivo à produção de mudas
frutíferas para agricultura familiar, a redução da prática de uso do fogo na
agricultura e incentivo ao plantio direto, o estímulo à criação de abelhas e ao
uso de sistema de irrigação para agricultura familiar.
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