quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Facções criminosos congregam furto de gado com tráfico de entorpecentes no interior do Estado


PECUÁRIA AMAPAENSE
Facções criminosos congregam furto de gado com tráfico de entorpecentes no interior do Estado




O furto de gado congregado ao tráfico de drogas mobiliza pecuaristas e segurança pública, através dos serviços de inteligência no combate a esses ilícitos



Reinaldo Coelho


O roubo de gado é um crime que se repete constantemente nas fazendas pecuaristas brasileiras e na Região Norte ela tem se acentuado cada vez mais. No Estado do Amapá, esse crime vem trazendo prejuízos financeiros para os proprietários de gado na região leste amapaense.
Secretário de Segurança Pública do Amapá Cel José Carlos Corrê de Souza, reuniu-se com a Acriap e força de segurança para debater estrategias de combate a furto de gado.

Nessa quarta-feira (11) a Associação dos Criadores do Amapá (Acriap) e as instituições de Segurança Pública do Estado Amapá, realizaram uma reunião na sede da Sejusp para discutir estratégia de combate aos crimes de roubo de gado e com uma nova demanda a associação com o tráfico de drogas.

O delegado Geral da Policia Civil Antônio Uberlândio de Azevedo Gomes , deputado estadual Jesus Pontes (PSC) e o presidente da Acriap, Aguinaldo Silva

Participaram do encontro o deputado estadual Jesus Pontes (PSC), pecuarista e fundador da Acriap, o atual presidente da entidade, Aguinaldo Silva e diversos pecuaristas, juntamente com o titular da Sejusp Cel José Carlos Corrêa de Souza, com delegado geral da Policia Civil do Amapá, delegado Antônio Uberlândio de Azevedo Gomes e membros dos serviços de inteligência da Policia Militar.
A pauta do encontro foi a análise da atual situação dos crimes de roubo e essa novidade que é a participação do tráfico de drogas, principalmente combate as organizações criminosas que já estão se estabelecendo na área rural do estado, disseminando o terror entre as comunidades interioranas.
Ação do Batalhão Ambiental aconteceu em regiões de difícil acesso (Foto Divulgação-Polícia Militar)

Na ocasião foi discutido os recursos humanos e logísticos para facilitar a realização de uma operação ofensiva contra os criminosos, através dos rios, lagos, terra e ar. E deverá ser composta por todas as instituições envolvidas com a pecuária no Amapá, como: Serviço de Vigilância Sanitária, Diagro, justiça estadual, através das comarcas, Ministério Público Estadual, Serviço de Inteligência Militar e Civil.


O delegado Geral da Policia Civil amapaense, destacou o sucesso de outras ações, realizadas pelas delegacias locais dos municípios e que deveriam ser repetidas, além de que os nomes de suspeitos deveriam ser enviados para que fossem investigados.
O titular da Policia Civil do Amapá, também demonstrou que esse combate já vem ocorrendo. Já foram presos quatro criminosos em maio desse ano. De acordo com as informações dos criminosos os animais são furtados de fazendas e mortos em área de mata de difícil acesso, onde são esquartejados para a retirada da carne, que é repassada a frigoríficos, e a cabeça e as vísceras são enterradas.
Para o delegado Antônio Uberlândio de Azevedo Gomes, essa sistemática do abate do gado furtado é garantido pelos compradores dessa carne ilegal, que são distribuídas nos pequenos açougues do interior estadual e muitos na periferia dos municípios de Macapá e Santana.

“Uma ação da Vigilância Sanitária em parceria com as Policias Civil e Militar, junto a esse açougues, que deverão apresentar a documentação que legitima a carne ali vendida. O fechamento desses locais, seria impossível, pois causaria um caos social. Tem que haver uma ação educativa e orientadora. Além de que outro crime está acontecendo, a venda clandestina mais o perigo de contaminação, caso de crime contra a Saúde Pública”.

O Secretário José Carlos Corrêa destacou a reportagem que essa nova demanda do furto de gado congregado aos entorpecentes, apresentada pela Acriap, será analisada pelos setores de inteligência e uma operação de combate deverá ocorrer em breve
“Esse combate ao furto de gado, já vem sendo realizado exitosamente pelas Policiais Civis e Militar, além dos órgãos de inteligências de segurança pública. Agora com essa congregação ao roubo ao tráfico de entorpecentes, as inteligências vão absorver essas informações e vamos fazer um relatoria de inteligência e até o fim desse mês sair com uma operação para combater esse ilícito que está acontecendo no interior do Estado”.

Para o deputado estadual Jesus Pontes (PSC) essas ações já eram diligenciadas há muito tempo, desde o período em que presidia a Acriap. “Esse debate e encontrar estratégias de combate a esses crimes, virá dar segurança ao produtor e aos que atuam nesse segmento no interior do Estado. Agora estou colocando meu mandato a disposição para que o combate ao roubo de gado não pare. Pois esse crime além do prejuízo ao produtor, estar lesando o consumidor que adquiri carne ilegal, sem fiscalização e traz grandes problemas de saúde pública. O Estado não arrecada os impostos. E esta reunião com as forças de segurança, traga respostas positivas para a pecuária do Amapá”.
 
Pecuarista e advogado
 Antônio Cabral de Castro (TA)
Para o pecuarista e advogado Antônio Cabral de Castro, que se considera o mais atingindo pelos roubos cometidos pelo crime organizado na Região do município de Amapá, Zona Leste do Estado, pois já somaram mais de 1000 cabeça de gado que lhe foram roubadas, explicou que desde que a Policia Civil se engajou nesse combate houve uma pequena melhora nas ações criminosos e essa discussão para continuidade das ações de combate dar ao produtor uma alivio de que poderá avançar e prender os lideres dessa facção criminosa.
“Essa parceria que está sendo montada nesse encontro é o caminho correto, pois o secretário da Sejusp, teve o zelo de ouvir todos os envolvidos, tanto das instituições públicas, como os produtores e os da setor primário, no caso a Diagro. Essa estratégia se for consolidada, vamos ter uma vida mais pacifica, mas ordeira”.

O pecuarista Antônio Cabral de Castro destacou que antigamente a falta de segurança e alinhamento da policia civil de Pracuuba, facilitou aos grupos criminosos a se organizarem. Tanto que deixaram de se utilizar dos chamados “gados desgarrados” da Reserva Biológica do Lago de Piratuba, pois era difícil o acesso e eles fizeram de nossa fazenda, uma extensão e transformaram nossa propriedade de local de ‘gado perdido’”.
Esse cenário começou a mudar quando a força de segurança pública do Amapá começou a mudar e ass ações de combate se intensificaram. “Há dois anos atrás a Policia Civil, pela primeira vez, tomou uma decisão corretíssima e prendeu mais de sete bandidos e estão em fase de julgamento e de setença na Comarca de Amapá. Porém, alguns chefes da facção estão presos, mais tem outros soltos e que vem mantendo essas ações criminosas e continuam agindo, roubando e utilizando locais onde eles podem armazenas o gado roubado, até que a polícia afrouxe e eles possam transferidor esse gado para o consumidor. Eles campeiam diuturnamente, sem quem a polícia interferisse, eles se intitulavam os donos do lugar. Agora está ficando diferenciado, com a presença policial”.







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