segunda-feira, 23 de setembro de 2019

PRESIDENTE DO CONSÓRCIO DOS ESTADOS DA AMAZÔNIA LEGAL, WALDEZ GÓES ESTÁ EM NY PARA A CÚPULA DO CLIMA DA ONU




NOVA YORK —  O presidente da França, Emmanuel Macron , convidou representantes dos estados brasileiros que compõem o Consórcio da Amazônia Legal a participar da reunião para discutir a região amazônica nesta segunda-feira, em Nova York, em um evento durante a Cúpula do Clima, da ONU . O encontro é organizado pelo francês, junto com os presidentes Iván Duque, da Colômbia, e Sebastian Piñera, do Chile, e não tem a participação oficial do Brasil.
O governador do Amapá, Waldez Goés (PDT), disse que o consórcio da Amazônia Legal, presidido por ele, participará da reunião como ouvinte e confirmou que havia a expectativa de que os estados amazônicos pudessem discursar, o que não se concretizou.
 
Foto da geleira Pizol tirada em 4 de setembro de 2019, já não é mais possível chamar o local de geleira. A foto foi fornecida por Matthias Huss Foto HANDO
— Recebemos o convite da Embaixada Francesa, que organiza reunião junto com Chile e Colômbia. A Amazônia é debatida no Brasil e fora do Brasil, e achamos legítimo esse debate. Não tiramos o direito de ninguém dar a sua opinião, contribuir, participar. O que não é correto são os atores principais, que moram na região, que acabam sendo os principais responsabilizados pelos problemas, não participarem intensamente de todos esses fóruns. É necessário que agora passe a ser uma. Não há nenhum — disse Waldez.


Além dele, outros três governadores dos estados amazônicos estão na cidade americana para acompanhar a Cúpula do Clima e participar de discussões que acontecem em eventos simultâneos. Estão em Nova York os governadores Mauro Mendes (DEM), do Mato Grosso; Gladson Camelli (PP), do Acre; e Wilson Miranda (PSC), do Amazonas.
O presidente do consórcio tenta construir uma agenda paralela à participação oficial do Brasil e defende que os estados possam sejam ouvidos na discussão sobre o tema.
O grupo de governadores tem buscado reverter decisões do governo brasileiro que levaram à suspensão dos repasses ao Fundo Amazônia por parte da Noruega e Alemanha . O consórcio ainda trabalha com a hipótese de receber diretamente os recursos para investimentos em projetos na floresta.
 — Somos uma autarquia, temos vida jurídica, podemos, sim, estabelecer com organismos nacionais ou internacionais essa relação. Deixamos isso muito claro para o governo federal e para embaixadas. Tanto para aquelas que representam os países doadores do Fundo Amazônia, quanto para a França. Os mais de 100 anos de relação de amizade e cooperação que o Brasil tem com a França estão acima de qualquer entrevero de chefe de Estado — disse Waldez.

O presidente Jair Bolsonaro e Macron se envolveram em uma troca de farpas pública nas últimas semanas devido à política ambiental do governo brasileiro, da qual o líder francês é um crítico.

Em meio à crise provocada pelas queimadas na Amazônia, o presidente francês deixou "em aberto" o debate sobre a internacionalização jurídica da floresta. O brasileiro reagiu dizendo que se trata de uma ameaça à soberania do Brasil.

O governador do Amapá desembarcou neste domingo em Nova York. Na programação, Waldez tem a previsão de encontros com representantes do governo francês e da Califórnia. Está ainda previsto um encontro no Banco Mundial.
— Estamos sendo 100% transparentes no nosso direito de dialogar com autoridades nacionais e internacionais, de ouvir os clamores e preocupações, mas também de colocar o que nós temos feito e qual é a nossa proposta de debelar as iniciativas indevidas na Amazônia e quais os investimentos precisam ser feitos, incluindo atividades de baixo carbono — concluiu o governador.




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